Os dias passaram como pétalas amarelas sendo levadas pela brisa.

O gesso do braço esquerdo de Prímula se foi, mas uma atadura no mindinho direito logo veio. A garota atendia os clientes com bonomia e varria o chão da loja com empenho. Tia Hortênsia os recebia no caixa e assim o expediente seguia. À noite, Prímula estudava para o ENEM, determinada a não pular uma linha do gabarito e acabar errando tudo mais uma vez.

A vida seguia como sempre fora. Tranquila. Raras vezes complicada.

Até que em uma tarde amena, com cabelo ainda roxo, Júlia voltou buscando outro buquê.