No dia seguinte, Prímula acordou atrasada. Irremediavelmente atrasada.
Os números "7:30" fixos na tela do celular eram como um doesto à sua situação. Às sete e meia, Prímula deveria estar abrindo a floricultura, não tropeçando para o banho.
Alguns minutos depois, ela saiu do quarto, embolando-se com os cadarços dos tênis e com o cabelo despenteado.
A mãe, Rosa, não parou por um segundo de mexer na geladeira, separando os itens para preparar os bolos do dia, mas não pôde deixar de alfinetar:
— Dormiu mais que a cama de novo, Pri?
Prímula grunhiu em frustação.
— O pai já saiu?
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