O que Victoriano tinha planejado para sua filha maior que era sua festa de noivado surpresa . Tinha sido um fracasso seus planos de casa -la já com Elias ao que parecia não se realizaria . Mais uma jogada que Victoriano jogava e perdia . Netos eram netos que ele queria . Netos homens, homens que levariam seu sangue que seria de sua geração era isso que ele almejava além de querer muito um filho varão que ele desejava que um dia futuramente tomasse conta de sua empresa e seus bens que por direito ele receberia seu legado . E para realizar seu desejo foi que Victoriano casou -se com Débora Pinheiros, uma mulher mais jovem do que ele que poderia dar o herdeiro varão que ele tanto queria . Mas tudo estava dando errado, tudo estava errado. Ele era casado com uma mulher que não amava que o que a ligava a ele, ela era apenas o desejo carnal que Victoriano como um homem insaciável e veril que ele era sentia por qualquer mulher . Mas amor o mesmo amor que ele sentia pela Nana de suas filhas ele não sentia por Débora .

Ele amava Inês só sua querida e bela morenita.

Quanto tempo havia passado que ele havia tocado nela ? A havia beijado e feito amor com ela ? Victoriano muitas vezes se fazia essas perguntas quando estava no estado que se encontrava ansiando toca -la e ama -la como um dia fez. E se perguntava para sí mesmo, se ela lembrava do momento que se tornaram um só da mesma forma que ele lembrava tão nítido como se não houvesse passado tanto tempo. O momento que ela foi mulher nos braços dele em um simples estábulo ele nunca poderia esquecer sua pele sempre recordaria a dela, o dia em que fizeram amor pela primeira e única vez , foi o dia onde ele foi o homem mais feliz do mundo .

Depois do fingindo sim de Diana para Elias a festa de noivado se arruinou . Não havia convidados mais . Quem estava bebendo e ouvindo os Mariachis enquanto chorava e cantava a musica que no fundo eles cantava era apenas ele, o Don Victoriano enquanto sofria com as recordações de sua morenita .

Ele bêbado lembrava de Inês fazendo as tantas perguntas sem resposta para ele mesmo. Victoriano lembrava do corpo de Inês naquela noite de amor deles, dos beijos trocados dos toques e das caricias . Ele não podia esquecer se negava esquecer mesmo achando que para ela aquela noite não tinha sido tão importante quanto foi para ele.

E assim com uma garrafa na mão Victoriano cantava com sua voz quebrada pela embriaguez

— Victoriano : Olvidate de todo... menos de mi... y vete a donde quieras... pero llevame en ti...

Victoriano chorou tomando mais de um gole de sua garrafa de bebida e olhando para o céu estrelado ele voltou a cantar com todo seus sentimentos pensando em Inês.

— Victoriano : Olvidate de todo menos de mi... porque ni tu ni nadie... arrancaran de tu alma los besos que te di...

Ele olhou para frente e avistou Inês chegando . Ainda vestida toda de preto com um colar branco destacando na roupa dela que ela usou para a festa de noivado de Diana que ela em vão o avisou que não era certo realizar a ele, ela ia de encontro com ele por Jacinta ter avisado que ele estava alto demais e se negava entrar e preocupada Inês ia tentar convence -lo de entrar para dentro e deixar de beber. Já que Débora já dormia não tinha se importado nem um pouco de deixa -lo sozinho .

E a olhando caminhar ele começou falar .

— Victoriano : Eu te amava ! Te amava mais do que tudo . Daria minha vida por você mi morenita, mas você me abandonou, me deixou e se foi ... Se foi .

Inês já na frente de Victoriano o olhando preocupada pois ela sabia que ele odiava que seus planos não dessem certo e sem ter ouvido o que ele dizia enquanto ela ainda se aproximava. Ela o olhou de frente erguendo a cabeça para encara -lo e depois disse.

— Inês: Já é tarde Victoriano, a festa já se acabou tem que liberar os Mariachis para irem .

Victoriano sem se importar com que Inês falava a respondeu.


— Victoriano : Eu te amei Ines, te amei tanto que seria capaz de dar minha vida por você. Por que me deixou Inês, porque ?

Inês suspirou nervosa pelo assunto que ele começou a falar e respondeu .

— Inês . Patrão esta bêbado . Vou pedir que entre para seu bem .

Victoriano irritado respondeu .

—Victoriano : Patrão Inês, não estou falando como patrão nesse momento . Porque me deixou, porque partiu meu coração daquela maneira ?

Inês não querendo lhe dar atenção se mantendo firme mesmo que por fora disse convencida que desse assunto que ele queria tratar com ela, ela seguira fugindo para não causar mais dor nela em nem a ele .

— Inês : Vou chamar algumas de suas filhas ou até sua esposa para que façam que entre Victoriano .

Inês foi dar as costa para ele para caminhar porém Victoriano a impediu de seguir pegando no braço dela com uma mão . E assim ele a beijou sem que ela esperasse.

A garrafa que ele segurava na outra mão ele deixou cair ao chão que quebrou ao toca -lo próximo a eles . E com as duas mãos livres ele abraçou o corpo dela aproximando ela mais a ele . Os lábios de Victoriano estavam firme e exigente na boca de Inês . Ela tinha o coração acelerado que sentia que ele sairia do seu peito a qualquer momento. Victoriano tinha agarrado ela de uma forma que ela não estava conseguindo se soltar e que deixava seu corpo vulnerável a ele.

Mas mesmo assim ela não correspondia o beijo se negava corresponder. Os olho de Inês estavam abertos vendo como Victoriano lutava para ela ceder ao seu beijo. De olhos fechados ele a beijava sem se importar que ela não o correspondia, ele mantinha seus lábios pregados ao dela desesperadamente com a esperança que ela cederia ao seu beijo e deixaria que suas línguas se encontrasse sem se importar com nada .

Quanto tempo que ele queria voltar a fazer isso ? Quanto tempo havia desejado sentir os lábios de Inês no dele? Inês precisou de ar quis sair dos braços do único amor de sua vida . Pois estava errado, isso não poderia estar acontecendo . A Vida deles já era outra, se eram unidos era por qualquer coisa menos por aquele amor que um dia viveram, pois assim Inês acreditava .

E assim com dificuldade ela disse.

— Inês : Me solt...

Inês não concluiu seu pedido para Victoriano pois assim que ela abriu a boca ele enfiou a língua dele na boca dela, com as mãos na cabeça dela ele segurou explorando agora todo canto de sua boca macia e gostosa com sua língua, sentindo o sabor dela a esquentando por completa nos seus braços. Inês por fim se rendeu a ele e fechou os olhos encontrando a língua de Victoriano em sua boca com a dela .

Já era tarde ela voltava a sentir que assim como ele ansiou sentir outra vez, os beijos o gosto do único homem que ela amava .


Jacinta deixou cair no chão a xícaria que trazia de porcelana na mão quando os viu de longe que se beijavam no meio da fazenda . Não acreditando no que via ela pois as mãos na boca enquanto dizia .

— Jacinta : Dona Inês e o Patrão se beijando .

Nervosa ela sacudiu as mãos, não queria ser vista por eles. Não queria também que os vissem assim . Jacinta se abaixou com pressa para pegar os caquinhos da xícara do chão . E pois no seu avental dobrando uma parte para não cair no chão e se foi apressada dali para voltar para cozinha . O chá que Inês havia pedido para ela levar para Victoriano ela levaria depois ou outro dia .

Assim que Jacinta apareceu na cozinha Candela foi até ela dizendo .

— Candela : E então Jacinta a Dona Inês conseguiu fazer com que o patrão entrasse ? Já é tarde e já faz frio .

Jacinta ainda nervosa respondeu tirando os caquinhos da xícara e colocando na mesa.

— Jacinta : Ay , ay Candela não sabe o que eu vi .

Candela colocou a mão na cintura e perguntou.

— Candela : Ai o que você viu Jacinta e porque quebrou a xícara.

— Jacinta: Eu te digo que se eu não tivesse visto o que eu vi com os meus olhos que um dia a terra a de comer eu não acreditaria que falassem .

— Candela : Esta me deixando assustada, o que você viu?

— Jacinta : Eu não sei se eu devo contar, mas se alguém ver ou saber las dianas ficará de cabeça para baixo .

Lá fora

Depois de largos minutos se beijando Inês sem folego assim como Victoriano que estava ofegante, com a mão no peito dele ela o afastou . E disse

— Inês : Não devia ter feito isso Victoriano . Não devíamos ter nos beijado .

Inês deixou Victoriano sozinho enquanto a olhava se afastar . Ela tinha certeza que não podia permanecer nem mais um minuto em sua frente. Sua pernas tremiam, seus lábios pulsavam pelos beijos dado por ele .

Inês sentia que sair de perto de Victoriano naquele momento enquanto tinha sua razão era o certo a se faze . Pois ter se rendido ao beijo dele, ela sabia que tinha sido seu pior erro .

E quando ela voltava para dentro da fazenda ela se encontrou com Cassandra no meio da sala que a perguntou .

— Cassandra : Nana onde esta meu pai ? Diana disse que eles discutiram .

Inês tirou os dedos dos lábios que sentiam ainda a força dos beijos de Victoriano nele como que ainda seus lábios estivessem colado aos deles . E olhando Cassandra ela respondeu aparentemente nervosa tendo a certeza que se ela ficasse mais um pouco com Victoriano, Cassandra poderia ter visto o que faziam.

E assim Inês a respondeu .


—Inês :Não consegui fazer com que ele entrasse e dispensasse os Mariachis . Talvez você consiga Cassandra .

— Cassandra : Esta bem Nana eu vou tentar . Mas a senhora esta bem ?

— Inês : Sim eu estou, só estou muito cansada.

— Cassandra : Vai descansar Nana, eu vou ver meu pai .

— Inês : Esta bem minha menina . Boa noite .

— Cassandra : Boa noite Nana .

Inês o mais rápido que pôde chegou ao seu quarto e se sentando em sua cama voltando a tocar seus lábios ela disse.

— Inês : Meu Deus e agora ? Qual será a consequência desse beijo entre mim e Victoriano ?

Na sala da fazenda Cassandra tinha conseguido que Victoriano entrasse com ela .

Mas chorando ele não deixava de falar de Inês usando sue termo carinhoso que ninguém ainda sabia de como ele a chamava .

— Victoriano : Mi morenita . Mi morenita sempre fugindo de mim. Sempre... sempre.

Ele se segurou no objeto decorativo que ficava no meio da sala. Cassandra pegou no ombro dele e disse com pena do seu estado mais também confusa.

— Cassandra : Ai papai porque chora assim ? Quem é essa que chama de morenita ?

Victoriano se soltou do objeto e caminhou cambaleando querendo r até o sofá para se sentar.

E assim ele dizia .

— Victoriano : Mi morenita filha, é a mulher que mais amei na vida e sigo amando e sofrendo . Eu era capaz de tudo por ela e ainda assim ela me abandonou me trocou por outro .

Victoriano se sentou no sofá jogando a cabeça para trás e Cassandra indo até ele insistiu perguntando outra vez .

— Cassandra : Essa mulher não pode ser minha Mãe ela não era morena, quem é papai? Que é ela, como ela chama ?