Victoriano bufando de ódio de Loreto, com a mão ainda no braço de Inês a levava até o seu carro, que estava parado na calçada.


Ele estava cego, cego de ódio e de dor pelas palavras que Loreto tinha cuspido na cara dele.


Era certo, Loreto tinha tirado Inês por anos da vida dele, e talvez um filho também.

Ainda que a verdade já tivesse vindo atona por Inês, a desgraça que Loreto havia causado na vida dele com sua morenita tinha sido feita. A cicatriz ainda estava lá, mesmo que ao lembrar de tudo, a dor já não fosse a mesma, enquanto o ódio era igual e até maior que ele estava sentido por Loreto Guzman.

E andando pisando duro sem nenhum momento soltar Inês. Victoriano sentiu ela puxar o braço da mão dele, já próximo ao carro.


E então ele parou, e olhou feio para ela. Ele só pôde pensar agora que depois de tudo que Loreto tinha feito com ela, ela ainda assim teve coragem de estar a sós com ele. E o pior que foi tudo pelas costas dele .

E pensando em tudo isso, Victoriano disse bravo .

— Victoriano : Como foi capaz de vim até aqui para se encontrar com Loreto, Inês ? Como!

Inês ergueu a cabeça para olha - ló grande na sua frente . E soltando fogo pelos olhos a olhando.

Mas sem temer ao seu olhar de fúria, ela o respondeu, com a mão no braço que ele tinha segurado.

— Inês : Tinha assunto com ele Victoriano. Meus assuntos!


Victoriano bufou mais, sabendo que assuntos eram, já que tinham conversado sobre Emiliano saber a verdade do pai dele. Esse rapaz sempre seria um 'assunto' na vida de Inês com Loreto que sempre existiria no meio deles, e Victoriano sempre odiaria esse fato.

E assim soltando o ar irritado, ele abriu a porta de sua caminhonete do lado dela . E disse.


— Victoriano : Entre, e na fazenda conversamos!

Inês olhou séria, por não gostar do modo rude que ele estava falando com ela. Então ela disse.

— Inês : Se continuar a falar assim comigo Victoriano, é melhor que eu volte de táxi . Está ainda fora de si, e não quero brigar com você.


E Victoriano sem querer baixar a guarda com ela, pelo que ela fez por suas costas . A respondeu.

— Victoriano : Você vai comigo Inês, e isso não se discute. E que fique claro, que a partir de hoje deixarei que fiquem de olho em você quando eu não estiver na fazenda.

Inês abriu a boca desacreditada no que tinha escutado. E brava ela disse.

— Inês: Você não pode fazer isso Victoriano!

— Victoriano : Posso, e vou fazer Inês. Mas Loreto não vai chegar mais uma vez perto de você. Senão dessa vez eu o mato, o mato!


Inês respirou fundo pedindo paciência aos céus para lidar com Victoriano daquele jeito. Ela já estava acostumada a temperamento dele, mas quando ele se encontrava nervoso como estava, ele era mil vezes pior para se controlado .

Mas ela o entendia, e sabia que ele tinha razão de estar assim. Porque até ela estava com os nervos abalados. Então depois de um profundo suspiro, ela entrou no carro de Victoriano, sem dizer nada mais . Já que também, não era um momento de discutir e ainda mais ali aonde estavam.

E momentos depois, no caminho com os dois seguindo para a fazenda . Victoriano disse em um tom rude sem tirar os olhos da direção, não conseguindo esquecer, a imprudência de Inês .

— Victoriano : Ainda não consigo entender, porque veio até a casa de Loreto. Sabe do que ele é capaz e fez isso e por minhas costas, e nem sequer me disse que ele esteve ontem te procurando Inês ! Estivemos juntos, dormimos juntos e nada me disse.

Inês suspirou outra vez. Victoriano não iria esquecer tão fácil o que ela fez. E voltando a se justificar, ela o respondeu.

— Inês : Tem coisas que preciso resolver sozinha com Loreto, Victoriano você sabe. E essas coisas só cabem a mim resolver junto com ele. Por isso não disse nada, eu e Loreto temos um filho, e ainda que eu deseje deixar de lembrar que Loreto existe, ele sempre será minha sombra porque entre mim e ele a um filho, um filho.

Victoriano respirou com pesar, tudo que ele queria era ter sido pai de um filho com Inês. Mas em troca outro era, e ainda por uma violência.

E assim ele disse o que pensava.

— Victoriano : Um filho! Como esquecer desse fato, um filho que só tem com ele porque esse infeliz abusou de você Inês! E ainda assim esteve com ele sozinha! Agora me diga o que ele te fazia hum? Tenho certeza que aquele infeliz estava tentando te ter a força outra vez! Eu devia ter matado ele!

Victoriano acelerou mais o carro, com raiva. E Inês o observando disse .

— Inês : Não diga besteiras Victoriano. Iria acabar na cadeia ! Não sabe como me desesperou te ver com aquela arma. E não importa o que ele me fazia, você chegou e me salvou. Obrigada meu amor .

Victoriano olhou de lado pra Inês, seguindo com as mãos no volante. E sentindo relaxar com as palavras dela, ele pegou a mão dela que estava em seu colo e a beijou com carinho. E depois disse .


— Victoriano : Não tem que me agradecer meu amor. Te ouvi gritar e sabia que estava em perigo, imaginar que de novo ele poderia ter fazer mal me enlouqueceu. E se eu tivesse encontrado Loreto, como imaginava, eu juro que naquele momento eu o mataria sem medo.

Inês temeu as últimas palavras tão séria de Victoriano . E querendo espanta -las, ela disse.

— Inês : Não pense mais nisso. Se o mata você acaba com sua vida Victoriano, e com a minha que não vai suportar te ver atrás das grades.

Victoriano suspirou, ficando em silêncio alguns segundos, e então ele disse pensativo.


— Victoriano : A uma coisa Inês, que me intrigou .

Inês o olhou e o perguntou calma.

— Inês : O que ?


— Victoriano : Disse que não sabia quem era o pai do filho que teve, era eu ou Loreto. Mas ele gritou para me ferir que me tirou você e o filho homem que tanto desejei. Ele sabia Inês, sabia que o filho que esperava era meu?

Inês sentindo o coração partir novamente com aquele assunto, o respondeu com lágrimas nos olhos.

— Inês : Victoriano, eu não sei. Eu não sabia, e eu não gosto de lembrar. É uma ferida aberta, não sei porque Loreto insiste em mencionar meu anjo, que já não está conosco . Ele só queria me ferir, me atingir, nos atingir falando essas coisas. E me dói, me dói relembrar porque foi tão horrível e.

Inês não concluiu suas palavras, porque havia começado a chorar. E Victoriano triste por vê -lá, assim, tocou na perna dela e disse.


— Victoriano: Não chore Inês , não chore morenita, por favor. Prometo não falar mais disso, não quero te ver assim.

Inês limpou as lágrimas, e o respondeu.

— Inês : Obrigada Victoriano, obrigada por me entender.


Victoriano então se soltou do cinto do carro, só pra dar um selinho em Inês. E depois que ele deu um leve toque nos lábios dela, Inês disse depois de soltar um sorriso.


— Inês : Olhe a direção meu amor. Os beijos vem depois.

Victoriano sorriu voltando ficar atento na estrada, mas ainda assim respondeu.

— Victoriano: Vou cobrar esses beijos ao chegarmos hum.


E minutos depois, chegaram na fazenda.

Quando o carro de Victoriano passou pelo portão, ele estacionou e desceu do carro, e abriu o lado de Inês para ela descer também.


E quando os dois estiveram fora do carro. Victoriano pegou no rosto de Inês, com carinho e a olhou calado. Ele sentia tanto medo de perder Inês outra vez, mas o medo maior que esse era ver ela sofrer o que sofreu sem ele saber.

Inês era valente mas ao mesmo tempo frágil, e o dever dele era protege -lá agora que estavam novamente juntos. E ele faria isso sem medir esforços.

Dessa forma, como estavam ao lado da caminhonete de Victoriano. Em pé um na frente do outro, eles conversavam . E longe da visão deles , mas vendo muito bem o que acontecia, Débora estava no alto da sacada, do quarto dela os observando.

E da onde Inês e Victoriano estava, com as mãos no rosto dela, ele falava ainda conversando com ela ao lembrar do motivo que o fez procurar por ela na fazenda e não achar.

— Victoriano : Com tudo que houve não consegui te contar algo que me fez deixar a empresa Inês, para te procurar. Trago notícias boas morenita.

Inês sorriu com amor para ele, mas ainda assim, ela pegou nas mãos dele e tirou levemente do seu rosto.

Victoriano lembrou desanimado pelo gesto dela, que aquele simples toque aonde estavam não podiam se dar. Então ele disse pegando nos braços dela, ficando impaciente com a situação deles.

— Victoriano : Quero que chegue logo o momento que não precisaremos esconder o que sentimos, Inês.

Inês fechou as mãos nas mãos dele, o entendendo. E disse.

— Inês : Eu também Victoriano.

E então Victoriano a tocou um lado do rosto dela outra vez, e baixou a cabeça, querendo beija -lá. Mas Inês virou rápido o rosto, e o beijo dele parou no canto dos lábios dela.

Victoriano respirou fundo irritado. E com as duas mão novamente no rosto dela, ele o segurou, e por fim plantou o beijo nos lábios dela que ele queria dar.


E Débora e vendo o que Victoriano tinha feito se enfureceu, se Lembrando do que Elias tinha dito a ela antes de ir embora. E que ela se recusou a acreditar .

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Assim que Elias deixou a cozinha com Candela e Jacinta. Ele foi direto ao quarto de Débora, para contar o que tinha escutado .


E enquanto ela estava apenas pensando em o que fazer para não perder Victoriano. Ele disse, ainda na porta um pouco ofegante .

— Elias : Já sei quem é a amante de Victoriano, Débora.

Débora se virou para ele, e o perguntou.


— Débora : Como assim Elias, quem é ?


— Elias: É Inês ! Inês Huerta !


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Débora não tinha acreditado 100% em Elias, a verdade era que ela tinha se negado acreditar que era Inês que tinha atravessado seu caminho para atrapalhar seus planos. Não podia ser ela! Débora não se conformava, em ter sido trocada por uma empregada! Mas era verdade! E porque só agora? Por que só agora Victoriano estava com Inês? Débora não conseguia entender, já que antes mesmo de se casar com ele, Inês já vivia na fazenda. E porque só agora ? O que tinha na história deles, que ela não sabia?

Com essas perguntas, Débora seguia observando os dois, de longe, sentindo todo seu corpo esquentar. Enquanto ela só tentava entender, entender lembrando tudo o que Elias lhe havia dito quando foi que Inês tinha se tornado sua rival. Elias tinha dito, que viram Inês aos beijos com Victoriano, e o recebendo no seu quarto. Mas ela também passava, horas trancada com ele no escritório, Inês sempre era sua confidente, e a protegida de Victoriano. Tudo para ele era Inês , Inês, Inês, Inês! E então Débora concluiu, que sim, Inês era a amante de Victoriano.


E onde Inês e Victoriano estavam.

Depois de se despedirem, e Victoriano prometendo que depois falaria com ela ao chegar da empresa. E ela entrou dentro da casa, mais calma e aliviada do momento que tinha passado na casa de Loreto.

E Débora também saiu da onde estava, quando viu que Inês entrava, pronta para confronta-lá.


E assim que Inês entrou Débora já descia a escada . E então ela disse provocando.


— Débora : Da onde vem Inês? acho que deve ter muito o que fazer, para estar por aí.

Inês suspirou erguendo a cabeça para Débora. Dar cara com ela e suas provocações, era o que menos Inês queria naquele momento.

Então para corta-lá de uma só vez, ela a respondeu.

— Inês : Me desculpe senhora, mas não é da sua conta, o que faço ou o que deixo de fazer fora da fazenda. Com licença.

Inês passou a andar, louca para estar no seu quarto a sós. Mas Debora já no meio da sala, passou a frente de Inês, para impedir que ela seguisse.

E de braços cruzados, ela disse para provocar mais .

— Débora : Sim, me chame de senhora Inês. Porque sou a senhora, a dona dessa casa e a esposa de Victoriano Santos.


Inês analisou as palavras de Débora, certamente era pra provoca – lá . Mas então ela já sabia o porquê, e naquele momento.

E ouvi -lá dar ênfase ao esposa de Victoriano, Inês só conseguia pensar que dias os dias dela como esposa de Victoriano estavam contados. E ela morria de vontade de gritar o que estava pensando.

Mas não conseguindo se conter, Inês apenas cruzou os braços e disse.

— Inês : Todos já sabem que vão se divorciar. Então Débora, um dia deixará de ser a dona dessa casa e a esposa de Victoriano!

Débora encheu o peito nervosa, por saber que esse fato agradava Inês, e atingia em cheio. Mas então ela disse andando, incomoda até o sofá .

— Débora : É isso que acha querida Inês, mas ainda estou casada com ele. E seguirei.

Inês soltou um leve riso, e se virou para olhar agora onde Débora estava. E lembrando do que sabia, ela a respondeu.

— Inês : Eu não entendo porque faz questão de dizer essas coisas para mim Débora, porque sei que você não ama Victoriano!

Débora tocou um lado dos seus cabelos nervosa. E então respondeu Inês para atingi-lá.

— Débora : Não sei do que está falando empregada !

Inês riu outra vez, era sempre assim. Débora sempre tentava de algum modo rebaixa-lá ao chama -lá assim. Mas Inês, era superior a qualquer insultos vindo de Débora. E então não baixando a guarda, Inês a respondeu insistindo no que sabia.

— Inês : Oras Débora você que começou, então vamos conversar como duas mulheres que somos. Porque se casou com Victoriano? Porque se casou com ele, senão o ama?

Débora fixou os olhos em Inês, odiando a forma que ela falava. E então ela a respondeu, negando a verdade.


— Débora : Mas é claro que eu o amo .

Inês como valentia que a tanto tempo guardava dentro de si . Disse.

— Inês : Mente Débora! Porquê eu sim sei que não, a ouvi falar no telefone que não amava Victoriano! Então eu vou descobrir quais foram seus interesses além do que ele pode te dar, que o fez casar com ele!


Débora se enfureceu diante das ameaças de Inês. E assim ela disse aumentando a voz dando passos, até estar de frente pra Inês.

— Débora : Não se atreva a se meter comigo, você não me conhece Inês.

Inês não se moveu do lugar, e no mesmo tom que Débora falou com ela, ela a respondeu soltando verdades em suas palavras.

— Inês : Não tenho medo de você Débora , e para defender quem eu amo sou capaz de tudo!

Débora deu um passo para trás com a verdade que ela ouviu de Inês, que ela já sabia. Mas a ouvindo, havia lhe enchido de ódio.

E depois de um suspiro, Débora disse voltando provocar Inês, desejando que ela sofresse.

— Débora : Então você o ama ? Interessante, Inês. Acredita que sempre desconfiei dessa lealdade sua e de Victoriano te encher de regalias diferente dos outros empregados da casa.

Inês sentia o coração acelerado, ela tinha dito para um bom entendor como Débora era que amava Victoriano. E já era tarde pra negar, e ela nem queria fazer isso.

E então Inês sentindo que aquela " conversa" das duas não iria acabar bem . Ela propôs.

— Inês : É melhor terminar essa nossa conversa aqui Débora.

Débora desejosa de conhecer aquela Inês, e encontrar seu ponto fraco disse.

— Débora : Não antes de me responder querida Inês, como conseguiu todos esses anos trabalhar ao lado de um homem que dormia com outras mulheres debaixo do mesmo teto que você ? Estou curiosa para saber . Isso é tão sadomasoquista, não acha ?

Débora riu com maldade . E Inês se abalou. Assim como Victoriano sofria pelas consequências de tudo que houve na separação dele com Inês, ela também sofria. E doía assim como doeu em Victoriano as palavras de Loreto, doía em Inês as últimas palavras de Débora.

Mas não entregando sua dor . Inês respondeu, mantendo a cabeça alta.

— Inês : Eu não tenho que expor meus sentimentos a você Débora . Não conhece e nem entenderia, porque duvido que você já tenha amado alguém!


E furiosa , Débora gritou.

— Débora : Está mais do que claro que ama Victoriano, Inês! Mas não vai ficar com ele!

Inês arqueou uma sobrancelha, e sorriu para Débora. Um riso irônico, um riso por saber que já tinha Victoriano . E não estava disputando ele e nem iria disputar, porque ele já era dela.

E sem conseguir outra vez se controlar em sua resposta. Inês respondeu, outra vez no mesmo tom que Débora.

— Inês : Talvez Débora eu possa te surpreender. Que quando vê, você nem ninguém poderá fazer nada pra impedir que Victoriano fique comigo.

Débora fechou a cara louca da vida. Até que disse.

— Débora : Então é assim, joga na minha cara que é amante do meu marido. Aplausos para a honrada Inês Huerta.


Débora bateu palma no meio da sala. E Inês sentiu que seu sangue ferver. Até que Débora disse.

— Débora : Quero só ver quando todos souberam que a honrada Inês, que todos idolatram nessa casa, não passa de uma..

Inês não deixou nem Débora terminar sua frase, porque ela deu um tapa tão forte, tão inesperado por nela que a fez se calar e cair no sofá .

De tudo que Inês ouviu e aguentou aquele momento com Débora, aquilo foi a gota d'água. Ser ofendida por Débora da forma que ia ser, fez Inês perder a razão e mostrar a força que ela tinha de mulher, mostrar a mulher que Débora não conhecia.

E com a mão no rosto e os cabelos jogados na cara, Débora olhava Inês sem acreditar no que ela tinha feito.

E então Inês, para terminar aquele espetáculo das duas . Ela disse fora de si.

— Inês : Aqui começa nossa guerra entre mulheres Débora, não sou mais a Inês boba que nada fazia para ser feliz. Agora estou disposta a lutar por minha felicidade e ela está do lado do homem que amo, que a contrário de você mente esse amor por ele. Então sim, eu a enfrentarei como mulher que sou, e que vença a melhor.

Inês saiu, da presença de Débora, sem pressa alguma ela subiu ao quarto.

E de olhos arregalados Débora se levantou do sofá a olhando . Ela não reconhecia a Inês que estava vendo e nem a que tinha falado com ela. Mas Débora tinha apenas uma certeza, que aquele tapa que Inês lhe tinha dado, ela iria pagar.

Inês entrou no seu quarto nervosa. E quando ela encostou a porta. Ela botou a mão na boca dizendo .

— Inês : O que eu fiz?

Ela passou as mãos no cabelo olhando a cama que esteve a noite toda com Victoriano . E novamente ela se perguntou.


— Inês : O que está fazendo comigo Victoriano?

E assim as horas passou.

Inês voltou a seu trabalho pensativa. Ela trabalhava com as meninas na cozinha passando ordens pra elas, para o preparo do jantar.

Em outra ocasião, o que ela tinha feito a patroa da casa em qual trabalhava, ela já podia se considerar demitida . Mas além de ter o amor verdadeiro do dono da de tudo que ela pisava, Inês tinha certeza que Débora na posição que estava não diria nada sobre a briga que tiveram. E se dissesse, Inês depois de tanto tempo tinha certeza no amor que Victoriano ainda sentia por ela que o faria ficar do seu lado.

E trabalhando, Inês só percebia que duas das meninas que a auxiliava na cozinha, que era Candela e Jacinta, estavam estranhas. As duas havia passado o resto do dia estranhas. E Inês tinha sentido os olhos delas o tempo todo em cima de dela. E ela já se perguntava se ambas tinha escutado sua discussão com Débora.

Até que enxugando a mão em um guardanapo inês por trás se aproximou das duas que estava, picando legumes. E perguntou.

— Inês : O que está acontecendo?

Candela deu um pulo, quando ouviu a voz de Inês .

— Candela : Nada, não está acontecendo nada, Dona Inês .

Jacinta então também disse.

— Jacinta : É, e porque a pergunta dona Inês ?

Inês sorriu para as duas e disse.


— Inês : Me olharam o dia todo de um modo curioso, mas se não tem nenhum problema . Então não precisarei me preocupar, não é mesmo?

— Candela : É claro que não dona Inês.

Inês então saiu rindo de perto das duas. E Candela cutucando Jacinta com o ombro, disse cochichando.

— Candela : Entre dona Inês e Débora quem prefere, como nossa Patroa ?


Jacinta olhou Inês de costa para ela, na beira do fogão experimentando o que cozinhava e então ela disse, sem dúvidas.


— Jacinta : Oras mas é claro que prefiro Dona Inês . Além do mais imagina se eu caso com Emiliano, meu casamento poderia ser na capela da fazenda, ela é tão bonita.


— Candela : Bom se é assim, também prefiro a dona Inês como nossa nova patroa.

Inês se virou pra elas outra vez, e disse rindo.


— Inês : Vocês estão cochichando de novo?


Victoriano já a noite chegava na fazenda .

Mas ele não conseguia entrar, porque tinha um carro parado logo a frente do portão da fazenda dele.


E então irritado, ele desceu do seu carro por lembrar de Alejandro na casa de Loreto, ao imaginar que era ele com Diana no carro.

E bufando ele foi até o veículo preto de a pé pronto para acabar com aquele relacionamento. Mas quando Victoriano viu quem era que estava no carro, ele se surpreendeu.

Do lado do carona Victoriano viu Cassandra, sua amazona do meio, mas o que o enfureceu mais, foi ver quem estava no lado do motorista.

E assim ele gritou constatando que sua filha estava com Eduardo Mendonça, mais um de seus inimigos.


— Victoriano : Cassandra, o que faz com esse infeliz?!

Cassandra se virou para o lado de Victoriano, e o vendo ela disse assustada.

— Cassandra : Papai!

Victoriano abriu a porta do lado de Cassandra com pressa, e a puxou para fora do carro sem esperar alguma reação dela.

E Eduardo desceu do carro para defender Cassandra, ele deu a volta para estar de frente ao seu inimigo. E quando esteve ele disse bravo.

— Eduardo : Solte ela Victoriano .

Victoriano bufou, olhando com raiva Eduardo. E ainda sem soltar Cassandra que já chorava, ele disse alto.

— Victoriano : Quem é você para me dar ordens ? Vamos para dentro Cassandra! E você fique longe dela!


Victoriano andou com Cassandra pra ir até o portão . Não dando a mínima para Eduardo, até que ele disse passando a frente deles.


— Eduardo : Não tem pra que trata – lá assim! Cassandra estava trabalhando em minha construtora e como estava tarde ofereci carona!

Victoriano olhou para Cassandra surpreso pela novidade que ela estava trabalhando com seu inimigo . E então ele disse entre os dentes.

— Victoriano : Está trabalhando com um dos meus inimigos Cassandra!

Cassandra olhou o pai constrangida. E então o respondeu.


— Cassandra : Não papai, vai embora Eduardo. Depois conversamos!

Victoriano não gostando do que ouviu disse.

— Victoriano : Não irá voltar a ver esse homem. E você vá embora antes que eu faça com que te coloquem a força fora da minha propriedade Eduardo Mendonça !


— Eduardo : Eu irei , mas irei por Cassandra, mas não porque tenho medo de você Victoriano Santos !

Eduardo deu a volta e entrou no carro dele , e logo ele deu ré observando Victoriano levar Cassandra para dentro pelo braço.

No caminho Victoriano possuído gritava com Cassandra que tentava se defender.


— Cassandra: Papai eu sempre quis trabalhar depois de me formar ! E foi na construtora dos Mendonça que consegui emprego.

— Victoriano : Eu não quero saber Cassandra! Amanhã mesmo irá se demitir, porque filha minha não trabalha com inimigo meu !

Gritando dessa forma e Cassandra chorando foi que eles entraram.

Inês ouviu logo a voz grossa de Victoriano e foi até a sala.

E quando ela entrou na sala, viu ele soltar Cassandra com raiva no meio dela e gritar.

— Victoriano : Não irá mais ver esse homem! Eu te proíbo Cassandra!


Inês se aproximou de sua menina que amava como filha, dizendo.


— Inês : Mas o que houve? O que esta acontecendo? Porque grita dessa forma Victoriano!

Ela abraçou Cassandra que deitou a cabeça no ombro dela que disse .

— Cassandra : Aí Nana, ele descobriu que estou trabalhando para os Mendonças!

Inês tocou os cabelos de Cassandra a olhando com pena, porque ela tinha prometido tentar falar com Victoriano mas não se lembrou. E assim Victoriano disse agora gritando com ela.
.

— Victoriano : Você sabia Inês ? Sabia desse disparate de Cassandra ?

Inês ergueu a cabeça e disse o enfrentando.

— Inês : Sim eu sabia, sabia ! E não tem porque agir assim, Cassandra já é uma mulher, que pode tomar suas decisões sozinha como aonde ela quiser trabalhar Victoriano.

Victoriano gritou mais bravo recordando Inês, do passado que ela e ele sabia.


— Victoriano : Não a defenda Inês ! Você mais que ninguém sabe o porque não quero ela com os Mendonças!

— Inês : Sim eu sei, mas ela não tem culpa do passado!

— Cassandra : De que passado vocês estão falando?

Inês e Victoriano se olharam, lembrando do passado que envolvia a morte de Vicente que Cassandra não sabia. Mas sem responder a pergunta dela , ouviram Diana dizer que acabava de chegar entrando na porta.

— Diana : O que esta acontecendo? Acabo de chegar e dava pra escutar a gritaria lá fora!


Victoriano andou, vendo outra de suas amazonas que resolveu trair ele. E então ele disse.

— Victoriano : Chegou a outra traidora !

Diana sem entender nada, disse se aproximando de Inês, enquanto via Victoriano cuspir fogo.

— Diana : Que, como assim ? Nana o que meu pai está falando ?

Inês olhando séria Victoriano, respondeu Diana.

— Inês : Nada Diana, ele esta nervoso só isso.

Victoriano se voltou olhando para suas filhas , cheio de raiva. Ele só pensava que o fim daquele dia estava cada vez piorando.

E assim ele disse olhando de uma vez só , Diana e Cassandra.

— Victoriano : Vocês duas estão me traindo! E não te quero mais com Alejandro, Diana !


Diana tocou os cabelos nervosa. E disse.

— Diana : Agora que não entendo mesmo! O que tem haver Alejandro com tudo isso, papai?

Victoriano não se importando a dar muitos detalhes, apenas querendo que suas ordens fossem cumpridas . Ele disse, respondendo Diana .


— Victoriano : Ele é afilhado de Loreto Guzman! Meu inimigo, e por isso te quero longe dele, assim como te quero longe de Eduardo Mendonça, Cassandra!


— Diana : Mas quem é Loreto!?

— Victoriano : Se você nem o conhece é porque esse Alejandro não é de confiança, Diana! por tanto eu espero que tenha ficado claro para as duas, minhas ordens!

Débora que descia as escadas tão mansa como uma cobra, disse olhando tudo.

— Débora : Será que posso saber o que está acontecendo?


Todos olharam para ela. Até que Victoriano disse a ela ainda nervoso mas lembrando das cláusulas do divórcio.

— Victoriano : Débora temos que conversar! Em 10 minutos te quero no meu escritório!


Débora olhou Inês que a olhava séria pelo o acontecido mais cedo. E então ela o respondeu.

— Débora : Como quiser querido.

Inês sentiu seu peito saltar , com o querido e a ideia que eles estariam a sós no escritório. Mas nada disse, apenas escondeu o ciúme que estava sentido cada vez mais.

E depois do aviso, Victoriano saiu para fora de novo para buscar o documento onde estava as cláusulas do divórcio deixado no carro dele.


E quando ele saiu, Cassandra correu para seu quarto chorando, Diana botou a mãos nos cabelos indo sentar no sofá achando que seu pai tinha ficado louco. E Débora , de cabeça erguida passou por Inês para ir até o escritório de Victoriano a enfrentando no olhar, que Inês não desviou em nenhum momento o seu olhar também, a enfrentando igual, de cabeça erguida .

E assim minutos passou.

Inês subiu para o quarto dela e tomou um banho, tentando não pensar o que Débora e Victoriano estavam falando no escritório naquele momento.

No quarto de Cassandra, Diana consolava a irmã junto com Conny que tinha chegado do passeio que tinha dado com Robby sem saber o que tinha acontecido.

Cassandra chorava por querer trabalhar com os Mendonças, pois só estava no seu primeiro dia, nada de mais ela estava fazendo. E Diana tentava entender também se queixando da proibição que Victoriano tinha deixado claro dela estar com Alejandro.


E no escritório de Victoriano .

Débora tinha rasgado todas as cláusulas do divórcio com todos os direitos dela, que Victoriano com seu advogado tinha dado a ela.
O chão ficou cheio de folhas rasgada ao meio, deixando Victoriano mais possesso do que estava.


Enquanto Débora gritava com ele.

— Débora : Não vou te dar o divórcio nunca Victoriano! Ouviu bem ! Nunca !

E assim ele também gritou com ela dizendo.

— Victoriano: Claro que vai! Não quero mais estar casado com você Débora !

— Débora : Não quer para ser ver livre para estar com sua amante! Mas não irá se livrar fácil de mim Victoriano!

— Víctoriano: Eu não tenho nenhuma amante Débora, não seja louca!

— Débora : Claro que tem Victoriano, e é Inês! Mas você não vai ficar com ela, não vai!

Victoriano rapidamente perdeu a cor ao ouvir o nome de Inês .E nervoso para não expor Inês para todos antes do momento, ele disse como o combinado negando.

— Victoriano : Está louca, louca Débora ! Inês tem nada a ver com isso, não meta ela nessa história que só cabe a mim e a você resolver.

Débora cruzou os braços e andou tocando com seus saltos finos no chão . E então ela disse depois de um riso maléfico. Por saber de tudo, mas ainda querendo saber dos dois.

— Débora : Nem com ela, nem com ninguém irá me trocar Victoriano porque ninguém troca de Débora Pinheiros!

Debóra então saiu do escritório, agora declarando guerra a Victoriano.

E ele dentro do escritório, bateu na mesa nervoso .