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Regina há dias vinha se sentindo mal e August, preocupado com a namorada, a contra gosto da mesma, leva - lá até o hospital. Chegando lá o Doutor Whale os recebeu.

—E então o que você vem sentindo Regina?

—Eu só estou vomitando e tendo alguns enjôos, só isso. Não é nada demais.

—Isso que vai avaliar sou eu Srta. Vamos fazer um breve exame, coisa rápida. Para termos uma base.

Então o doutor coletou um pouco de sangue de Regina e pediu que ela e August esperassem.

Tempos mais tarde Dr Whale apareceu, e com um belo sorriso no rosto.

—E então? O que deu o exame? -perguntou Regina.

—Muitas felicidades ao casal! Você está grávida Regina.

August se virou para a moren com um lindo sorriso e os dois se abraçaram.

Oito meses depois.

Regina estava em casa olhando pela janela quando August se aproxima.

—O que está te preocupando meu amor?

—August, nós somos muito novos pra ter essa criança. Como nós vamos cuidar dela? Como nós vamos ser bons pais pra esse bebê?

—Regina, não se preocupe. Nós estaremos juntos sempre e essa criança vai receber o mais importante pra qualquer pessoa: O amor.

—É que... Temos uma vida pela frente e vamos desperdiça - lá.

—Isso aqui - ele diz com a mão na barriga de Regina - Não é um desperdício, mas sim um motivo pra seguir em frente. Eu vou trabalhar e vou manter vocês dois. Regina você não está sozinha, você tem a mim a sua irmã. Não se preocupe tudo vai ficar bem.

Um mês depois.

Regina estava na sala de parto. Ela gritava para que aquele bebê viesse ao mundo. August estava ao seu lado e Zelena estava no hospital na sala de espera.

—Vamos Regina só mais um pouco! –dizia Whale.

—Vamos meu amor você consegue. –falava August.

Regina faz força mais uma vez e pode-se finalmente ouvir o choro do bebê.

—É um lindo menino. Com muito fôlego por sinal. - dizia o Doutor.

O doutor levou o menino até uma sala para que as enfermeiras o vestissem. Ele voltou rapidamente e entregou o menino aos pais.

—Como você é lindo meu filho! - dizia August.

—Ele tem seus olhos. - ela falava.

—Mas vai ser lindo como a mãe.

Em casa.

Era noite e August e o bebê dormiam. Regina estava com suas coisas prontas. Ela havia decidido partir. Ela passou no quarto do bebê, caminhou até o berço e disse para o pequeno que dormia:

—Eu te amo meu filho. Só que comigo você não terá um futuro.

Ela beijou a testa do pequeno recém nascido e saiu, deixando apenas uma carta no berço.

“Querido August,

Eu não tenho a capacidade de criar uma criança. Apesar de ter você e a Zelena não consigo, não iria conseguir criá-lo. Por isso fui embora. Era o melhor a se fazer.

Não pense que isso está sendo fácil, pois não está. Apesar de eu ficar com ele só por um dia eu tive a capacidade de sentir um amor absurdo por aquela coisinha. Tão pequeno, tão frágil, tão lindo...

Me desculpa por estar deixando vocês dois, mas sei que você será um ótimo pai e mãe ao mesmo tempo. Eu te amo August, amo a ambos e acho que estarão melhores sem mim. Se der, por favor, realize meu último pedido. Dê a ele o nome de Killian Jones, dentre aquela lista enorme é, sem dúvida, o mais bonito.

Me perdoe por estar indo em bora e por estar me despedindo através de um carta, mas é mais fácil assim.

Te amo e sempre te amarei, levarei vocês dois comigo... Sempre.

Com amor,

Regina Mills.

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—Depois disso, nunca mais vi seu pai.

—Porque você voltou?

—Um dia eu estava tomando café em uma lanchonete em frente a uma praça. Eu estava olhando através da vitrine quando vi uma mãe e seu filho brincando. Eu fiquei observando os dois e percebi o quanto ela se divertia com o filho, o quanto ela era carinhosa, o quanto ela o amava. E der repente a sua imagem, no dia em que eu te deixei, veio na minha mente. Você dormia tranquilo, sereno... Nem sequer imaginava que eu ia embora. Naquele dia eu cheguei em casa e liguei pro seu pai. Eu ainda tinha o número dele. Quando atenderam o telefone eu notei que não era a voz do August. Perguntei quem estava falando e pra minha surpresa era o doutor Whale. Perguntei por que ele estava com o celular do August e ele me disse o que se passava. Naquele momento meus olhos encheram de lágrimas e instantaneamente eu pensei em você. Foi então que eu decidi que voltaria para Storybrooke e que te encontraria. E aqui estamos nós.

—É muita coisa pra absorver.

—Killian eu só deixei você e o seu pai por que achei que seria o melhor para os dois, eu estava com medo, estava preocupada com o que se tornaria a nossa vida. Eu estava confusa e achei que a melhor opção era fugir.

—Você pode ter achado que era o melhor para nós, mas não foi. -ele disse olhando o chão

—Hoje sei disso. Hoje eu percebo que essa foi a pior decisão que eu tomei. Eu perdi o seu crescimento, perdi o primeiro passo, a primeira palavra. Eu perdi o primeiro sorriso, o primeiro dente que nasceu, a primeira apresentação da escola. Eu perdi tudo. Perdi tudo que tem valor pra uma mãe. Eu nem tenho o direito de me chamar de mãe.

—Regina... Eu quero pedir desculpa pelo o que eu falei na faculdade não que não seja verdade, mas... Em fim. Eu não posso reclamar de tudo como fiz. O meu pai estava comigo, ele me deu carinho, amor, me deu uma família...

—De duas pessoas.

—Mas ainda assim foi uma família. E muito boa! Eu sei que você não esteve presente nos primeiros momentos, e sei o quanto isso dói em mim e imagino o quanto doa em você. Só que é passado, e não da pra ir em frente pensando nisso.

—Então...?

—Então que eu sempre reclamei de não ter uma mãe por perto, e agora que você está aqui eu não quero perder a oportunidade.

—Você está me aceitando como sua mãe?

Ele balançou a cabeça em sinal de concordância.

—Killian... - me levantei e o abracei - Meu filho.

—Olha só, essa história de chamar de mãe eu não sei se farei isso muito rápido.

—Tudo bem todo mundo tem o seu tempo. Eu tive o meu pra perceber que estava errada e você terá o seu para me chamar de mãe. Mas só de estar assim eu já fico feliz.

—Aeeeeeeee! A família está, oficialmente, maior! - e quando eu notei, lá estavam elas. Zelena e Aurora descendo as escadas na maior alegria.

—Oi Aurora e Zelena.

—Quanta formalidade. Agora você vai ter que me chamar de tia.

—E eu de prima.

—Vou tentar.

—Então, hoje é dia de comemorar! Vinho ou whisky? - falou Zelena já mexendo nas minhas bebidas. Ô ruiva intrometida!

—Para nós vinho e para eles um refrigerante.

—Qual é tia!

—Aurora! - Zelena a repreendeu.

—Infelizmente eu não posso ficar. Tenho visita lá em casa.

—Posso saber quem é? - era meio cedo para fazer papel de mãe coruja, mas era inevitável.

—Uma pessoa.

Zelena e Aurora se danaram a rir.

—Viu Killian? Essa é a pior parte de ter uma mãe. Sempre querem saber de tudo. Pode ir se acostumando. - disse a minha sobrinha.

—Pra mim que não tive isso por 18 anos acho que vai ser bom demais.

—Tá agora parem, por favor, se não eu vou chorar. –disse minha irmã jogando água nos olhos.

—Ei o circo já estava funcionando pode ir se candidatar.

—Daqui a pouco. Tem outra vaga você quer ir? - fiz língua pra ela e ela retribuiu.

—Esta tudo muito bom, mas eu tenho que ir. A gente se vê amanhã na escola.

—Tchau filho.

—Tchau sobrinho.

—Tchau primo.

—Tchau... Família.

Agora sim, hoje mais do que nunca eu estava feliz, por que eu tinha a pessoa mais importante de volta. O meu filho.

Pov Emma.

Depois da nossa terceira vez, Killian acabou indo até a casa da Regina e eu fiquei na casa dele. Eu estava sem fazer nada e decidi explorar um pouco a vida do meu namorado.

Como eu já estava no quarto começo por ali mesmo. Enquanto eu olhava as coisas do meu namorado, uma caixinha interessante me chamou atenção. Peguei-a e a abri. Percebi que havia várias fotos e deduzir que eram do Killian. Me perdi observando suas fotos de quando era uma criança que nem percebi que ele havia chegado.

—Aham! - ele disse me assuntando.

—Da próxima vez que você quiser me matar do coração me avisa okay?

—Relaxa que essa não é a minha intenção. Vasculhando as minhas coisas?

—Um pouco, se importa?

—Não.

—Como foi a sua conversa com a Regina?

—Foi tranquila. Tudo acabou bem, e agora eu tenho uma família.

—Cono você está se sentindo?

—Meio estranho. Não posso dizer que vai ser normal olhar para a Zelena e para a Aurora e ver as duas como uma tia e uma prima. E olhar a professora de cálculo e ver que ela é minha mãe. Mas apesar disso eu tô feliz! Sei que vai ficar tudo bem.

—Fico feliz por você Kil.

—Eu fico feliz que você esteja feliz. Obrigada Emma.

—Pelo o quê?

—Por me fazer ver as coisas com mais clareza. Foi graças a você que fui conversar com a Regina ao invés de guardar mágoa ou algo do tipo.

—Não precisa agradecer, você pode sempre contar comigo pro que precisar.

—E você comigo. Sempre!

—Que bom que disse isso... - falei o olhando com meus olhos pidões.

—O que você quer Emma Swan? - ele perguntou com o meio sorriso que eu tanto amava.

—Já está meio tarde e eu não gostaria de voltar para casa sozinha sabe.

—Mas já?

—Já? Eu estou contigo a mais de duas horas.

—Ainda é pouco.

—Amanhã a gente fica junto.

—É melhor você honrar com essas palavras.

—Farei o possível! - disse cruzando os dedos em sinal de juramento.

Na minha casa.

Quando nós chegamos minha família já estava jantando.

—Poxa! Nem me esperaram. - eu disse fingindo estar chateada.

—Boa noite gente.

—Boa noite Killian. - comprimentou o meu pai.

—Boa noite. Minha filha nós pensamos que você ficaria na casa do seu namorado. - falou minha mãe.

—Por falta de insistência minha não foi. - falou Killian enquanto me cutucava.

—Em fim, eu tenho novidades.

—O que foi? - questionou minha mãe.

—É, o que foi? - fresa vez foi o Killian.

—O kil encontrou a mãe dele!

—Emma! –ele chamou minha atenção.

—O que foi?

—Killian meus parabéns. –mãe.

—Nós conhecemos? –falou meu pai.

—Acredito que sim. - ele respondeu meio tímido- É a professora de cálculo do nosso curso.

—Regina Mills? - disse minha mãe.

—Ela mesma. - falei.

—Que bom rapaz, estamos muito felizes por você.

—Obrigada David. E quanto a você Srta - ele se virou para mim - acho que já cumpri minha missão.

—Você já vai?

—Ah não! Da primeira vez você saiu, mas hoje você vai jantar conosco.

Dona Mary em ação.

—É isso ai mãe.

—Sra. Mary...

—Nem vem com essa história de Sra. Mary ok? Você fica e pronto.

—Quer uma dica Killian? - disse meu pai.

—Sempre.

—Não a contrarie.

E, aceitando o conselho do meu pai, o Kil acabou jantando lá em casa. Foi divertido. Conversamos bastante e até o Neal resolveu participar. Foi só ele bater com a mão na colher e a bagunça tava feita. Bem na camisa do Killian.

Depois que o problema foi resolvido o Killian acabou virando amigo do Neal e até ficou com ele no colo.

—Serio, tô horrorizada. Com você ele fica quietinho comigo é um Deus nos acuda. Como?

—Acho que a minha beleza ajuda.

—Você por acaso está me chamando de feia?

—Jamais.

—Me dá ele aqui.

Assim que o peguei Neal abriu um berreiro que só Jesus na causa.

—Viu? O que eu fiz pra você Neal? - eu disse triste.

—Emma o balance devagar.

—Assim.

De repente a casa ficou em total silêncio.

—Consegui!

—Ótimo! Já tenho uma babá pro meu filho. –disse minha mãe.

—Chora de novo Neal! - eu disse rindo junto com a mamãe e o Killian.

—Ei loira, está dando a minha hora.

—Certo, eu te levo até a porta.

Te amo (Zé neto e Cristiano)

Kil se despediu dos meus pais e eu o acompanhei até a saída.

—A gente se vê amanhã Emms.

—Claro.

Nós ficamos nos olhando por alguns segundos.

—Sabe Emma, às vezes eu penso na sorte em que eu tive em esbarrar em você.

—Eu penso na mesma coisa. Se nós não estivéssemos com tanta pressa acho que “nós dois” nunca teria existido.

—Concordo. No início do ano eu queria que tudo ocorre-se bem e de uma forma tranquila. Na verdade foi tudo ao contrário. A minha quase suspensão, a confusão com a Aurora, as brigas com o Graham, o Graham, mas no meio de tudo isso esse ano está sendo melhor do que eu desejava. Eu encontrei minha mãe, ganhei uma nova família, ganhei amigos, um emprego, uma sogra, um sogro, um cunhado, mas acima de tudo eu ganhei a pessoa que hoje tem um total espaço na minha vida. Eu ganhei você Emma. A pessoa que eu mais preciso. Eu não imagino mais a minha vida sem você, por que você é a minha vida. Eu te amo Emma. Te amo.

Eu comecei a chorar instantaneamente.

—O meu desejo pro ano foi ter um ano calmo e que fosse muito bom pra mim. A parte do calmo nem de longe foi do jeito que eu desejei, mas já a parte de dar tudo certo pra mim foi muito melhor. Eu me livrei do idiota do Graham, eu fiz novas amizades, eu fui em um baile de verdade e eu conheci o amor da minha vida. A pessoa com que eu pretendo passar a eternidade sem reclamar, a pessoa que eu sei que faria tudo por mim e que eu faria tudo por ele. O garoto que me faz viajar pra outros lugares com apenas um beijo. A pessoa que hoje se tornou a mais importante pra mim. Eu encontrei você, Killian Jones, o meu Kil o meu brigão. Eu amo você. Mais do que consigo imaginar.

Botei meus braços ao redor de seu pescoço, nos olhamos por mais um tempo e simplesmente, o beijo surgiu.