Quando chegaram em casa todos se prepararam para dormir e Cristina ficou preocupada com ele, mas Frederico pediu que ela fosse deitar que ele ia esperar o filho e ele esperou por Felipe por duas horas e quando ele não aguentou mais voltou para casa e subiu para seu quarto no "sapatinho" e quando entrou em seu quarto todo se tremendo ascendeu a luz e quando se virou deu um berro ao dar de cara com o pai.

— Aaaaaaaaaa...

— Agora é nós dois! - e ele se levantou indo em direção ao filho...

Felipe nem pensou apenas ajoelhou diante do pai que já estava quentinho e ele tremeu de frio.

— Não me bata pelo amor de Deus. - juntou às mãos a frente do corpo. - Se for me bater ao menos me deixe tomar um banho eu nem consigo me mexer pai! - falou todo sofrido e naquele momento Cristina entrou por conta do grito dele.

— Meu Deus, meu filho... - ela se abaixou e o segurou em seus braços e o fez levantar já levando para o banheiro. - Precisa de um banho quente esta tremendo.

Frederico suspirou o filho era uma peste, mas também estava preocupado com ele molhado daquele modo mais não iria deixar de castigá-lo, sentou na poltrona e esperou que ele tomasse seu banho. Cristina saiu de dentro do banheiro quando o filho pediu privacidade era todo um homem e não queria que a mãe visse seu piu piu.

Cristina olhou o marido sentado e foi até ele e sentou em seu colo o beijando nos lábios com carinho sabia que ele estava nervoso pela "brincadeira" do filho e tentou amenizar para que ele não tomasse uma atitude que depois iria se arrepender. Frederico sorveu dos lábios dela e apertou sua cintura não tinha se esquecido de Diego, mas não era momento para aquele assunto primeiro iria resolver o assunto com o filho e depois com ela.

— Não seja muito duro com ele! - pediu e beijou mais os lábios dele e depois se levantou.

— Ele vai aprender que o pai sou eu nessa casa! - foi firme. - Vá se deitar que não te quero aqui!

Cristina suspirou não ia brigar e apenas saiu do quarto, mas ficou no corredor para se caso o marido se excedesse no castigo. Felipe demorou o tempo preciso para esquentar seu corpo e quando saiu seu pijama já estava ali e ele vestiu temendo o que o pai iria fazer com ele demorou cerca de mais dez minutos ali dentro parado olhando para a porta até que ouviu a voz do pai.

— Eu tenho a noite toda, Felipe!

Então ele suspirou e cheio de medo saiu e quando ia começar a falar Frederico o puxou pela mão e o deitou em suas pernas e sentou chinelada na bunda dele que gritou pedindo ajuda sentindo a bunda arder e depois de dez chineladas ele o soltou e os dois se encararam e mesmo com vontade de chorar ele não chorou ali frente a seu pai.

— Você acabou com a minha bunda! - alisou sentindo dor.

— Eu poderia dar mais porque você merece e sabe disso! - estava falando com calma. - Porque não conversa comigo ao invés de me atacar?

Felipe sentou na cama sentindo a bunda latejar e fez cara feia.

— Isso é uma conversa de homem pra homem? - o olhava bem serio.

— Só estamos nós dois aqui, meu filho, você pode falar comigo eu não quero ter que te bater por você querer tomar um lugar que não te pertence ainda. - suspirou e levantou sentando ao lado do filho. - O que tem de errado comigo e que você não gosta?

— Eu posso dizer que você não vai me bater de novo?

Frederico sentiu que tinha mesmo algo errado e ele suspirou precisava entender seu filho não podia mais ficar só em função de Cristina e seus ciúmes por ela.

— Pai, eu sou seu filho também e quero que me trate igual trata Carlos e até Maria. - suspirou. - não é porque eu posso me cuidar que não mereça a sua atenção, você estragou nosso passeio hoje por ciúmes da minha mãe, eu não vou mais sair com você se continuar estragando tudo por causa dela o momento é nosso não dela! - se levantou e mancou sentindo a bunda. - Eu sou um homem e preciso do meu pai pra mim!

Frederico sentiu aquilo como um tiro no peito seu menino estava ali reclamando sua atenção pedindo que ele fosse o pai que ele precisava e Frederico buscou em sua mente em que momento deixou-se perder como pai para ele e abaixou o olhar se recriminando.

— Pai, eu quero que brinque comigo, não quero ter que mudar essa fazenda toda para que você venha brigar comigo, porque agora eu tenho que chamar sua atenção para que me note! - estava mesmo sentido. - Quero que me de a mesma atenção que da a Carlos ou eu vou por pimenta em todos os lugares que você nem imagina!

Frederico o olhou.

— Me desculpe meu filho, eu prometo que vou cuidar mais de você para que não precise me atacar e quero também que sempre me diga quando sentir que as coisas estão erradas, eu sou seu pai e posso resolver assim conversando com você! - estendeu a mão a ele o chamando.

Felipe foi até o pai e eles se abraçaram com todo amor que um sentia pelo outro selando aquele pacto de que primeiro conversariam pra depois se atracarem como sempre eram búfalos enraivados querendo um duelo. Frederico ficou ali agarrado a seu filho e depois de minutos ele o deitou na cama checando mais uma vez se não tinha febre pelo tempo no frio e o cobriu.

— Boa noite, meu filho! - o beijou na testa.

— Boa noite, pai, eu te amo! - falou todo carinhoso se arrumando na cama melhor.

Frederico sorriu e o viu fechar os olhos era tempo de mudar pelo menos ali no que se dizia respeito a seus filhos percebeu que a reclamação de Felipe era valida já que ele sempre estava com Carlos, mas quando estavam todos juntos ele sempre estragava e o filho gritava com ele brigada e chegou ate a tocar fogo em uma bananeira de tanta raiva que estava dele, mas Felipe não disse nada apenas fez e agora Frederico se arrependia das chineladas que tinha sentado em seu traseiro.

Ser pai, marido e dono de uma grande fazenda não era fácil, mas Frederico não reclamava era a sua maior paixão viver daquele modo, mas entendia que era hora de deixar algumas coisas de lado e priorizar outras, pois amor com amor se paga e se não é visto ou sentido a primeira coisa a se fazer é atacar o outro. O medo cega e nos deixa capaz de fazer coisas que até nos mesmo desacreditamos depois de feito.

Frederico ficou ali olhando seu menino e depois que Felipe pegou no sono ele saiu e foi para seu quarto, encontrou Cristina já adormecida e suspirou se deitando ao lado dela que como instinto de amor, virou e deitou no peito dele o esquentando já que estava um pouco gelado, Frederico meditou algumas coisas e depois de muito tempo ali pegou no sono agarrado a seu amor...

Até o próximo...