— Papai? - ela tomou a frente. - O que faz aqui?

Ele sorriu a olhando.

— Vim te buscar pra jantar! - beijou o rosto dela á abraçando.

— Perdeu viagem cavalo velho. - Felipe começou a falar. - Vamos jantar em família já!

Diego olhou a filha e esperou uma resposta dela.

— me desculpe, mas eu não sabia que vinha... - falou toda sem jeito.

— Tudo bem, minha filha, eu volto outro dia! - beijou os cabelos dela e se despediu dos demais.

— Pai, ele pode ir com a gente? - Felipe o olhou estava com pena da cara de Diego.

Frederico olhou o filho e olhou sua mulher enquanto o filho esperava uma resposta.

— Não se preocupe comigo eu volto amanhã! - Diego suspirou.

— Não se preocupe vamos todos! - por fim Frederico falou e todos foram para o carro e seguiram para a cidade.

[...]

Todos estavam a mesa com um clima um tanto "pesado", Frederico cuidava de Carlos que não desgrudava dele enquanto Maria falava com o pai e ria de algumas coisas que ele contava e Cristina observava e as vezes sorria. Felipe pediu seu suco e uma tequila para o pai enquanto ele estava distraído.

— Pai, eu posso pedir o seu prato? - Felipe pediu e Frederico o olhou.

— Sim, mas se fizer graça já sabe! - Felipe sorriu e beijou o pai.

O papo seguiu enquanto todos pediam seus pratos e quando todos chegaram e eles começaram a comer Diego riu e olhou para Cristina.

— Você se lembra quando caiu da cachoeira? - Cristina olhou para Diego e riu.

— Não Diego pelo amor de Deus não conta! - Maria no mesmo momento se interessou, mas não era momento para isso o marido ia ficar com raiva e cheio de ciúmes.

— Conta vai! - Felipe incentivou curioso.

— É mãe deixa ele contar! - Maria riu comendo.

— Sua mãe sempre teve alma aventureira e um dia ela subiu lá no alto da cachoeira, mas num deslize dela ela rolou lá de cima até em baixo e quando achamos que teríamos que pular para salva-la ela submergiu já dizendo: - "Eu estou bem, eu estou bem!" - ele riu e Felipe também, mas só para não deixar ele sem graça e colocou a comida na boca do pai que estava dando a Carlos e esperou a reação dele.

Frederico na primeira mastigada percebeu que ali estava cheio de pimenta e olhou o filho que sorriu induzindo ele a comer mais com um sorriso no rosto.

— Ta uma delicia essa comida né pai? - estava se vingando pelo pai ter estragado o passeio da cachoeira.

Frederico esqueceu a todos ao redor e a conversa e engoliu sentindo a garganta arder e depois de tomar um gole de água ele falou quase cuspindo fogo.

— Está uma delicia meu filho e por isso você vai comer junto com papai! - sorriu e ele arregalou os olhos, mas sabia que ele ia fazer isso e sorriu.

— Eu como! - Frederico desacreditou e Felipe colocou na boca e mastigou com calma. - Nossa esta muito boa! - comeu mais uma colherada e deu uma para o pai.

Frederico respirou fundo e comeu mais uma colherada achando que somente a primeira estaria cheia de pimenta mais quando voltou a mastigar quase morreu com a pimenta e cuspiu tudo fazendo assim Felipe e Carlos rirem nas gargalhadas e ele se levantou furioso.

— Vamos embora Cristina! - deu quase um berro e olhou o filho. - Você vai apanhar! - ele caminhou com Carlos em seu colo que reclamou.

— Papai, meu papa! - estava com fome.

— Em casa você come! - ele deixou cinco notas de cem sobre o balcão e saiu cuspindo fogo para o carro.

— O que fez, Felipe? - Cristina perguntou com vergonha.

— Eu só dei comida a ele! - falou e começou a chorar se fazendo de vitima e saiu atras do pai sabendo que iria apanhar feio quando chegasse em casa.

Cristina olhou Maria e Diego e se levantou.

— Filha, janta com seu pai depois ele te leva pra casa! - beijou os cabelos da filha e saiu atrás do marido.

Quando todos estavam dentro do carro Frederico dirigiu rápido até em casa e quando minutos depois chegou ele desligou o carro e Felipe já desceu do carro correndo para o meio do pasto e Frederico desceu junto, Cristina nada entendeu e ela gritou com ele tentando segura-lo.

— O que foi Frederico? - ele se soltou dela.

— Eu vou macetar esse moleque e você não vai me impedir! - ele saiu correndo atrás do filho que corria rápido e o máximo que podia mais sabia que o pai iria pegá-lo. - Pode correr, Felipe, mas hoje você não escapa!

— Sai pai, você é um bode velho e nunca vai me pegar! - correu tanto que quando se viu preso pulou na cachoeira e nadou até o olhou lado subindo na pedra bem ofegante.

Frederico parou não ia se molhar para pega-lo, mas daria um bom corretivo nele.

— Venha aqui e seja macho e me enfrente! - falou num berro no meio do escuro. - Colocou pimenta na minha comida pra que seu peste! - esbravejou com muito ódio enquanto respirava fundo.

— Eu não coloquei nada! - gritou no meio do escuro. - Não vai me cacetar que não permito, eu sou um homem! - enfrentava o pai porque estava longe.

— Se é um homem venha me enfrentar! Vem que vamos duelar seu moleque desgramento! - Cristina chegou com Carlos nos braços e olhou para eles parecendo duas crianças de fato uma era.

— Pare com isso, Frederico, ele vai ficar doente de estar nessa água gelada! - foi mãe. - venha meu filho que seu pai não vai te pegar!

— Não, mãe, ele vai sim! - se tremeu todo.

— Papai, bamo toma bainho! - Carlos puxou a camisa para querer ir na água.

— não, meu filho, seu pai não vai tomar banho nenhum!

— Felipe Álvarez Rivero saia dai agora! - Frederico gritou assustando Carlos.

— Eita modeus que isso, papai? - Cristina segurou a risada para não rir do jeito do filho.

— Eu morro aqui mais não vou! - falou determinado a passar a noite ali para não apanhar.

— Uma hora se vai pra casa e nos vamos conversar! - Frederico pegou o filho nos braços e abraçou Cristina que relutou em ir mais foi com ele, mas com medo de deixar o filho ali.

Quando chegaram em casa todos se prepararam para dormir e Cristina ficou preocupada com ele, mas Frederico pediu que ela fosse deitar que ele ia esperar o filho e ele esperou por Felipe por duas horas e quando ele não aguentou mais voltou para casa e subiu para seu quarto no "sapatinho" e quando entrou em seu quarto todo se tremendo ascendeu a luz e quando se virou deu um berro ao dar de cara com o pai.

— Aaaaaaaaaa...

— Agora é nós dois! - e ele se levantou indo em direção ao filho...

Até o próximo!!