— Eu vou te dar apenas uma chance de me dizer para quem trabalha! - foi direto e pode ouvir o suspiro dele seguido de um gemido. - É a única chance que tem...

Carlos Manuel tirou a mão de seu rosto e o encarou era à hora de dizer tudo para aquele maldito homem não tinha nada a perder já que de qualquer modo estaria morto em pouco tempo e pensando assim ele se levantou para começar a dizer...

— Você deveria estar morto! - não se aproximou demais.

— Pena que meu assassino não é assim tão bom! - o encarava. - Abra a boca antes que eu termine de quebrar seus ossos e não estou blefando e não tenho uma mira tão ruim quanto a sua! - levou as mãos no bolso estava nervoso mais tinha que demonstrar que não.

— Não é tão difícil saber quem foi que mandou te matar, Frederico! - sorriu debochando. - Eu vou morrer mesmo então porque não contar tudo a você... - voltou a sentar sentindo dor. - Diego chegou até mim e me pagou muito dinheiro para te dar um tiro na cabeça e te matar, mas vejo que não foi possível...

— Maldito infeliz! - bufou sentindo o coração acelerado.

— Ele quer sua mulher tornou a vida dela um inferno depois que morreu e ainda me contratou para comer a filhinha dele... - sorriu. - Ela é até gostosinha mais fez a besteira de engravidar, eu não quero um filho com ela e nem com ninguém.

Frederico estava tentando se controlar não podia terminar com tudo estava com a chave da cela e se entrasse ali o mataria sem medo de ser preso. Carlos Manuel o olhava e sabia que ele estava tremendo e se controlando.

— A vida não é justa Frederico e você só foi um cara que passou no meu caminho para matar... Diego é um bosta que acha que consegue as coisas na força mais aquela mulher é sua e se eu fosse você cuidaria melhor dela porque ele está pra sair do hospital e fazer o pior a ela... - tornou a ficar de pé. - Me diz como foi comer outra mulher por um ano achando que era a sua? - sorriu sarcástico. - Eu já dei um jeito nela também é não se preocupe que ela não vai mais estar no meio de vocês dois...

Frederico não pensou em mais nada avançou contra as grades e conseguiu pegá-lo pela camisa e o bateu contra as grades por três vezes.

— O que fez com ela? - gritou. - O que fez? - não era possível que a maldade iria vencer, aquela mulher tinha um filho para cuidar e agora poderia estar morta. - Me diga onde ela está! - bateu ele por mais três vezes e o soltou deixando que caísse no chão.

Frederico estava tão fora de si naquele momento que adentrou a cela e montou sobre ele para socar sua cara até que contasse a verdade.

— Me diz onde ela está? - berrou.

— Eu já a enterrei! - falou sem medo algum.

— Maldito! - socou a cara dele sem pena e só parou porque dois policiais vieram e o tiraram dali.

— Não vale a pena ser preso por um vagabundo qualquer. - O policial falou o soltando do lado de fora. - Vá para casa e deixe que do resto eu me encarrego! - tocou o ombro do amigo. - Volte para casa.

Frederico respirou pesado mais seguiu o conselho de seu amigo e depois de lavar as mãos foi para o hospital e pegou a filha para levar para casa. Ao chegar ele a colocou na cama a ajudou a se trocar e quando ela adormeceu ele foi para seu quarto pensando que Cristina estaria já dormindo, mas não era assim e ela quase voou nele se não fosse sua condição.

— Onde diabos se meteu?

Ele apenas caminhou até ela e a beijou na boca com calma para não machucá-la e ela o recebeu com todo amor que sentia por ele. Frederico sorveu dos lábios dela e quando o ar faltou ele a soltou chorando e ela sentiu o coração se encher de preocupação e tocou em seu rosto se desarmando.

— O que aconteceu com minha filha?

— Me perdoe... - ficou de joelhos na frente dela. - Me perdoe por não estar aqui protegendo você... - a olhou. - Eu deveria proteger vocês, mas não foi assim e deixei nossa filha a mercê daquele homem que se diz o pai dela.

Cristina estava sem entender nada e com muito custo o levantou levando para sentar na cama.

— Meu amor, você foi vítima também, mas precisa me contar o que aconteceu está me deixando ainda mais preocupada! - o olhava nos olhos.

— Cristina, nossa filha está grávida do homem que me deu um tiro...

Cristina arregalou os olhos não poderia ser verdade aquilo a filha não merecia um castigo como aquele, não merecia que seu filho tivesse um pai assassino e os olhos dela choraram como os dele.

— Como descobriu? - queria entender.

— Estávamos na praça e ela me contou do bebê e de repente ele apareceu a jogou no chão e eu o reconheci já tinha reconhecido no hospital quando recuperei a memória, mas eu não sabia que era o pai do bebê e ela me confessou... - estava tão triste. - Mas esse bebê não precisa de um pai como esse e nos seremos tudo para ele. - estava determinado a fazer sua menina sorrir.

— Nós estamos aqui e ela vai ser sim muito feliz. - o abraçou como conseguiu e ele a cheirou estava tão sentido com tudo que tinha ouvido que somente queria esquecer aquele dia. - Vai tomar um banho para descansar foram muitas informações para um dia só.

O olhou nos olhos e beijou seus lábios de leve e ele se levantou indo para o banheiro tomou um banho rápido e logo estava de volta a cama apenas de cueca e deitou ao lado dela a puxando para seu peito ali era sua segurança e o seu ponto de paz.

— Eu amo você! - beijou o peito dele. - Não importa o que aconteceu nesse tempo que ficou fora o que importa é que você está aqui e vivi, foi vítima assim como nos.

— Mas Diego vai pagar por tudo que me fez e a minha filha também!

Cristina o olhou no mesmo momento.

— Maldito! Desgraçado! - falou com ódio. - Ele permitiu que isso acontecesse com a própria filha? - Frederico assentiu com tristeza. - Ele precisa pagar!

— E ele vai ou não me chamo Frederico Rivero! - os olhos vagaram e ele tinha a plena certeza que se faria justiça. - Agora vem aqui e me deixa sentir você só isso que preciso agora!

Cristina voltou a deitar no peito dele e ambos ficaram ali pensando em distintas maneiras de destruir com Diego e nada mais foi dito até que pegaram no sono...

[...]

NO OUTRO DIA...

— Aaaaaahhhh... - ele deu um berro quando sentiu a água gelada bater em seu corpo. - Maldito! - esbravejou.

— Olá bela adormecida! - os olhos de Frederico estavam negros de ódio e Diego se desesperou o olhando nos olhos.

Até o próximo!