— Eu te amo! - ele disse quando o beijo terminou e ela chorou no mesmo momento.

— Você lembrou? - tocou o rosto dele sem acreditar. - Lembro da gente?

Frederico sorriu beijando mais e mais ela com calma para não machucá-la ainda mais.

— Você está em meu coração, meu amor! - e nada mais precisou ser dito só o amor foi trocado em forma de beijo.

Cristina chorou emocionada ele estava ali junto a ela se lembrando de tudo ou aparentemente era isso que ele queria demonstrar a ela.

— Meu amor... - tocou ele com a mão boa queria sempre aquele olhar de amor aquele sorriso que somente ele sabia dedicar a ela.

— Me perdoe por sempre te fazer sofrer, meu amor!

Aquelas palavras já não eram mais importantes, ele estava ali se lembrando de tudo e ela sorriu com os olhos em lágrimas.

— Eu te amo! - ela disse com a voz embargada. - Eu queria você assim desde o começo.

Ele sorriu.

— Estarei aqui para sempre assim! - beijou mais os lábios dela e sem querer apertou e ela gemeu de dor o fazendo se afastar. - Me perdoe!

Ela sorriu e acarinhou o rosto dele estava tão feliz que nem sabia o que dizer e apenas admirou sua beleza e ele a dela mesmo com a carinha tão abatida.

[...]

MAIS TARDE...

Frederico entrou em casa com Cristina em seus braços andava com cuidado enquanto ela reclamava mesmo no colo estava toda dolorida e não andaria de cavalo por um longo tempo. Quando os filhos a viram daquele modo avançaram neles preocupados e Frederico pediu calma.

— O que aconteceu? - Maria falou toda preocupada.

— Ela saiu de cavalo como doida e caiu! - ele zombou e ela o olhou. - Estou brincando amor.

— Me leve pra cama! - pediu manhosa aquela posição estava acabando com ela.

— Mamãe, eu e meu amiguinho que um papazinho. - Carlos falou querendo atenção.

— De cenola. - Tony completou os fazendo rir.

— Pai, eu preciso falar com o senhor! - Felipe solicitou também seu tempo.

— Fiquem calmo todos que eu já venho cuidar de vocês! - Frederico subiu acomodou seu amor na cama ajudou a colocar a camisola enquanto ela o olhava. - Não me olhe assim que eu não saio mais daqui.

— Eu quero aquela mulher fora da minha casa! - foi direta. - Não me importa como vai fazer, mas eu quero acordar sem ela aqui!

Frederico suspirou sabia que era mais um problema, mas ele não iria ficar com duas mulheres em sua casa.

— Não se preocupe que eu vou falar com ela! - beijou seus lábios e foi atender os filhos enquanto ela se acomodava um pouco melhor na cama e logo uma sopa veio para ela.

Frederico desceu atendeu do menor ao maior dando amor e carinho a todos se perguntou onde estaria "Cristina", mas ninguém a via desde tarde e naquele momento ele não tinha como ir atrás dela os filhos solicitavam sua presença, mas ele não contou que já tinha recuperado a memória ou não conseguiria mais sair dali e ele queria estar perto de Cristina o maior tempo possível já que estava cheio de saudades do seu amor era como se tivesse passado uma vida sem ela, mas agora estava ali e queria recuperar o tempo perdido com todos.

Maria o ajudou a colocar os menores na cama depois de mais ou menos duas horas em que eles falavam, brincavam querendo a atenção do pai, Felipe estava ansioso por falar com o pai e mesmo Maria querendo conversar deixou para o outro dia, mas o encheu de beijos e ele sorriu amando sua menina com todo seu coração. Quando por fim adentrou o quarto do filho o viu sentado na cama usando o celular enquanto sorria era tão lindo e tão parecido a ele que o observou por alguns minutos até que ele o viu e o chamou para perto.

— Qual a urgência, meu filho? - sentou na cama depois de beijá-lo.

— Pai... - arrumou-se melhor na cama. - Como é estar com uma mulher?

Frederico quis rir pela pergunta era tão novo e já queria estar com uma mulher? O analisou como homem e o percebia aflito.

— Meu filho, a muitos modos de estar com uma mulher! - falou com calma. - Qual você quer? Aquele que anda de mãos dada ou aquele em que você a monta na cama, no pasto, na água... - riu da cara dele. - Você é muito jovem para montar uma éguinha.

— Pai, eu fiquei duro... Eu fiquei umas duas horas no chuveiro para que voltasse ao normal e Carlos ainda me zoou dizendo que eu sou peludo! - falou com desespero.

Frederico não se aguentou e soltou uma gargalhada tão alta que poderia ser ouvida pela casa toda.

— Paiiiiiii. - ele ficou roxo de vergonha.

Frederico não conseguia parar de rir imaginando a cena dos filhos e quando não aguentou mais se recompôs.

— Eu, não quero mais conversar! - deitou se escondendo nas cobertas.

Frederico queria rir muito, mas sabia que o filho precisava dele e o descobriu.

— Meu filho, olha pro papai. - ele negou. - Me desculpe, eu não vou mais rir de você! - ficou serio. - Me conta como foi e eu te ajudo.

Felipe o olhou e suspirou voltando a sentar.

— Eu estava beijando ela quando eu fiquei duro... - esperou a reação do pai e Frederico se manteve firme. - Eu me assustei não quero que ela me veja assim e sai correndo, quando cheguei aqui não baixava e eu fiquei lá no banheiro por muito tempo e quanto mais eu pensava mais eu ficava duro... - tirou a coberta. - Só de pensar eu já estou de novo! - ofegou.

— Fique calmo! - segurou a mão dele. - Eu vou te ensinar como aliviar, precisa se conhecer para se controlar quando estiver com ela. - sorriu. - Você está crescendo e quando gostamos de verdade de uma mulher é assim que nosso corpo demonstra!

— É assim com minha mãe?

— Sim! Todo tempo, mas para que não a deixe constrangido você pode se tocar até que alivie assim você vai conhecer seu corpo e saber como controlar!

— E como eu faço isso?

Frederico começou a narrar para ele como fazer no banho e em outros lugares onde ninguém o visse e o fizesse ficar constrangido, o alertou sobre Luisa e de como ele tinha que cuidar dela eram duas crianças ainda e só poderiam trocar beijinhos e ele concordou com tudo que o pai disse e depois de mais de uma hora conversando sobre coisas de "homens”. Frederico se despediu dele com muitos beijos e foi até o quarto de "Cristina".

Entrou e buscou por algo que dissesse a ele onde ela poderia estar e na porta do guarda roupa tinha um bilhete pregado para que ele visse Frederico o pegou e leu.

"Cuide de Antonio volto em alguns dias não se preocupe.

Antonia"

Frederico suspirou e se perguntou quem seria aquela mulher e com base em suas lembranças buscou algo que pudesse desvendar aquele mistério e quem mais estaria por trás de seu sofrimento e a primeira pessoa que veio em sua cabeça foi Diego... Ameaçou o papel e saiu do quarto queria ir atrás dele naquele maldito hospital e terminar de vez com a masculinidade dele, mas não podia e foi para o quarto deixando que aqueles pensamentos ruins fossem embora.

Cristina dormia e ele aproveitou para tomar um largo banho e quando voltou apenas colocou uma cueca e deitou junto a ela a abraçando com cuidado e ela se ajustou a seus braços e suspirou rendida era seu porto seguro e ele a cheirou sorrindo era tão bom estar de volta ao lar, mas sem se esquecer de que no dia seguinte muita respostas ele procuraria principalmente o maldito que tinha atirado em sua cabeça sem pena alguma apenas dando a ele a chance de ver seu rosto como uma ultima "recordação".

Frederico deu um largo suspiro e fechou os olhos dando alas ao sono ali grudado em seu amor... E assim a noite se foi.

Até o próximo!