E.V.O a busca pelo eden

Capítulo 1: o mundo antes da terra (parte 3)


Oceano de Pantalasa, mais de 480 milhões de anos atras. 10:43

Escapei por um triz, ainda tinha alguns machucados do ocorrido, mas ainda estava inteiro.
Continuei nadando, até que encontrei uma nova caverna, nela tinha seres de geléca com tentáculos que eu já tinha encontrado lá atrás, e seres sem mandíbula que eu também tinha achado antes. Nesse momento a voz veio novamente.

"Águas Vivas e lampreias, respectivamente"

Me direcionei até as lampreias que estavam em meu caminho e ataquei uma na cabeça, arrancando-a do corpo/cauda dela. A outra fincou seus dentes em meu couro, isso doeu, mas não tardei de revidar cortando ela ao meio com uma única mordida.
Com as lampreias eliminadas, adentrei caverna a dentro.
Ali, me deparei com uma criatura parecida com a que eu tinha salvado, só que adulto. Dei um jeito de me esconder, pois amigável era uma coisa que aquele cara não era. A voz veio de novo, dessa vez com uma única palavra.

"Donkelosteus*"

Tomei coragem e decidi atacar. Dei uma mordida na cauda do Donkelosteus, o que aparentemente o irritou, pois ele direcionou sua mandíbula cheia de dentes para cima de mim, felizmente consegui desviar dele, fazendo com que ele acabasse batendo na parede atrás de mim e comensse pedra. Nesse momento, um tremor começou e pedras caíram encima dele.
Ele claramente morreu, aproveitei para comer um pouco da carne dele, e uma crina começou a crescer nas minhas costas. Quando terminei de comer, notei que minha crina estava com um tamanho considerável.
Fui nadando e notei que eu nadava mais rápido que antes, achei isso vantajoso, pois outro Donkelosteus surgiu e graças a essa vantagem, consegui nadar rápido para um buraco onde ele não conseguia entrar.
Olhei dentro do buraco para ver se eu realmente estava seguro, e não só estava seguro como acabei por encontrar ali um cristal azul. Fiquei ansioso para ver qual parte ele melhoraria. Engoli ele e logo senti que algo estava diferente em mim. Dei uma mordida na água e senti que meus dentes estavam maiores, mais numerosos e mais resistentes.
Sai do buraco e notei que o Donkelosteus ainda estava me esperando sair dali, pois ele veio tentar me morder, mas só tentou mesmo, pois desviei da boca dele e meti uma mordida no olho dele, arrancando-o do buraco. Logo entrei no buraco do olho e comecei a devorar o que estava ali.

Cérebro

Ele não resistiu... e morreu. Comecei a comer a carne dele e minha crina começou a ficar mais maleável e menos ossuda. Quando terminei de comer o Donkelosteus, comecei a nadar e explorar a caverna para encontrar o outro lado.
Cheguei em uma região da caverna onde tinha uns animais com uma pele estranhamente dura e uma boca mais estranha que a das lampreias e que rastejavam nas pedras.

"Trilobitas"

Uma delas se recolheu em uma bola e tomou impulso para pular e bater em mim, me causando dor. A raiva me consumiu e perdi o controle sobre meu corpo. Só voltei a domina-lo quando acabei, de alguma forma, matando todas as Trilobitas.
Como eu fiz isso eu não sei, só sei que quando voltei tinha uma coisa estranha fincada no meu focinho, e que não doía ou se quer saia dali.

Chifre

Depois de ver que aquela coisa não sairia de jeito nenhum, decidi continuar seguindo em frente, tentando ignorar aquele chifre estranho.
Comecei a sentir um tremor e um calor do inferno, (seja lá o que for isso**). Olhei para baixo e agora foi a vez do medo me consumir, pois MAGMA estava ali em baixo. Comecei a nadar como um desesperado, pois já vi o resultado disso e não queria ver de novo.
Consegui chegar ao outro lado, e bem a tempo, pois as pedras que pulavam do magma bloquearam a passagem. Olhei em volta e dessa vez eu não estava tão seguro, pois além de que eu estava muito ferido, tinha um Donkelosteus ali.
Felizmente a saída estava logo ali. Nadei para longe dali, pois não estava em condições de auto-defesa.
Quando consegui sair da caverna, fiquei feliz ao finalmente ver a luz do sol que penetrava na água. Nadei para longe dali, antes que o Donkelosteus viesse me atacar. Cada momento ali pareceu uma eternidade. Bom, de qualquer forma, fiquei feliz em sair vivo de lá, mas ainda tinha MUITO coisa me esperando.