– Anita acorda, anda acorda. – Sofia insistiu com Anita a cutucando.

– Ai que isso, o que foi Sofia, nem dormindo você me deixa em paz. – Anita reclamou com ela, tentando despertar-se de seu sono.

– Ai acorda, por favor, é importante. – Sofia argumentou com ela.

–Olha aqui se não for eu te dou um tabefe na cara. – Anita proferiu irritada, sonolenta ainda, erguendo- se na cama para falar com ela. – Aff, eu tenho prova amanhã. – Anita cochichou sem paciência.

– Tá eu vou te contar. – Sofia sussurrou para não acordar Giovana.

– Hãm, fala logo antes que eu me arrependa. – Anita afirmou.

– O papai ela acabou de me ligar. – Sofia comunicou.

– O que, se tem certeza disso. – Anita falou com espanto esfregando os olhos.

– Claro que eu tenho, ele disse que quer ver a gente nesse endereço aqui. – Sofia confirmou entregando um papel a ela.

– Ai então vamos lá, o que a gente tá esperando. – Anita disse puxando a coberta e levantando.

– Ah mais hoje que ele vai ter que dar umas boas explicações. – Sofia afirmou.

– Já tava mais do que não hora não é. – Anita respondeu enquanto pegava uma roupa no armário.

– É mais a mamãe não pode saber. – Sofia disse nervosa.

– Claro que não, melhor a gente pular essa parte. – Anita afirmou.

– Tá, então vamos. – Sofia concordou.

– Vamos. – Anita proferiu abrindo a porta.

– Certo. – A loira concordou pegando a bolsa.

– Ai Anita e se mamãe der pela falta da gente. – Sofia colocou em dúvida.

– Calma, por isso mesmo que é melhor a gente ir rápido. – Anita falou fechando a porta do casarão.

– Nossa tá tudo deserto. – Sofia falou tensa, com as duas andando pela rua.

– A gente já veio até aqui, agora não dá pra desistir. – Anita respondeu a ela, também preocupada.

– Ai Anita, o papai tá atrasado. – Sofia afirmou.

– Tenta ligar pro número que ele te ligou. – Anita sugeriu.

– Ah vou fazer isso. – Sofia disse pegando o telefone. – Ninguém atende. – Ela respondeu.

– Ai não, não acredito que ele fez isso. – Anita respondeu sentando-se em um banco na calçada.

– Anita, e se ele não aparecer. – Sofia falou preocupada.

– Ai eu mato ele, e ele vai morrer de verdade já que pelo visto era isso que ele queria. – Anita taxou já em desespero.

– Droga, eu te ajudo porque isso já tá passando dos limites. – Sofia afirmou raivosa.

– Ridículo isso. – Ela concordou.

– Ai to morrendo de sono, eu odeio o papai. – Sofia afirmou.

– Sofia, é vamos sair daqui. – Anita respondeu com uma cara tensa.

– Porque, que foi. – Ela indagou sem entender o que se passava.

– Não olha agora, mais tem dois caras parados ali, olhando pra gente e falando algo. – Anita falou a ela nervosa.

– Ai não, e quem são, Anita melhor a gente tentar achar um táxi. – Sofia disse preocupada.

– Há essa hora, acho muito difícil, mais vamos sair daqui. – Anita argumentou com ela.

– Vamos. – Ela concordou segurando o braço de Anita.

– Não passa táxi aqui há essa hora, ai maldita hora que eu fui cair na tua conversa sabia. – Anita resmungou.

– Ah tá vai me culpar, eu já me arrependi tá legal. – Sofia respondeu perturbada.

– Foi mal, é que eu não costumo ficar muito calma, com dois estranhos me perseguindo. – Anita justificou.

– Eu não acredito nisso. – Sofia falou pegando o celular.

– O que você vai fazer. – Anita perguntou a ela.

– Vou ligar pra alguém, pra policia não sei. – Sofia explicou.

– Ah vai dizer o que, o maluca. – Anita disse com o tom de voz baixo.

– Não sei, qualquer coisa. – Sofia respondeu.

– Tá, mais é melhor a gente não dar bandeira. – Anita falou pegando o telefone também.

– Não adianta, nem lá em casa o telefone não chama. – Sofia falou em desespero.

– Serguei não atende. – Anita disse, com as duas sendo observadas.

– Nem o Fred, o celular da mamãe não chama. – Sofia respondeu aflita.

– Só tem uma pessoa que pode atender um telefonema agora, e você não chia. – Anita disse a ela preocupada.

– Ben, é então eu não posso explicar, mais tem como você encontrar eu e a Sofia aqui naquela rua que dá pro bosque. – Anita proferiu quando ouviu a voz dele.

– O que bosque, que raios vocês estão fazendo ai há essa hora. – Bem disse confuso sentando-se sobre a cama.

– Ai não dá pra explicar agora, só vem pra cá, por favor. – Anita pediu.

– Tá, tá bom. – Bem respondeu desligando.

– Anita, eu não acredito que você ligou pra Ben, e agora o que você vai dizer, você não esta pensando em conta nada pra ele. – Sofia reclamou.

– Não sei, mais você queria o que. – Anita afirmou nervosa.

Minutos depois.

– Eu posso saber o que vocês fazem aqui, piraram as duas. – Ben as repreendeu quando colocou os olhos nelas.

– É uma longa história. – Anita falou somente.

– Ah entendi, vocês são duas malucas mesmo, não é a toa que são irmãs. – Ben esbravejou.

– O importante é que você veio não é. – Sofia afirmou.

–Ah nem vem, não é hora pra isso Sofia. – Anita retrucou.

– O que, tá se achando só porque ligou pra ele, não vem você. – Sofia falou sem se importar.

– Ai meu deus era só o que me faltava mesmo, eu sou muito burra por acreditar na regeneração das pessoas. – Anita resmungou impaciente.

– Ah não, vocês vão brigar agora, sério isso. – Ben se irritou.

– Cala a boca você, e não se mete. – Anita falou a ele, perdendo a paciência.

– É ninguém te chamou no assunto. – Sofia retrucou raivosa.

– Na boa, parei com vocês, vocês se merecem mesmo. – Ben disse com a cara amarrada.

– Oi é vocês são a Sofia e a Anita, não são. – Os homens que a observavam se aproximaram.

– E o que vocês querem com as duas. – Ben perguntou.

– Espera ai, você é o advogado do papai, aquele que tava na abertura do testamento. – Sofia disse se lembrando por um momento.

– E que raios vocês querem com a gente. – Anita indagou arredia.

– O Caetano quer encontrar vocês, ele vinha mais ficou com medo que alguém também viesse. – Ele explicou.

– E você fala isso agora o otário, mais um pouco e eu ia chamar o policia por tua causa, aliás não se encara duas pessoas sozinhas em meio a madrugada, nunca te disseram isso no curso de quinta que você frequentou, porque pra ser advogado do meu pai não é. – Anita esbravejou para os dois.

– Foi mal o mau jeito, você deve ser a Sofia. – Ele falou.

– Sofia é ela. – Anita respondeu apontando para a loira.

– É de família então não é. – O homem proferiu.

– É de família que, tá tirando uma com a nossa cara. – Sofia rebateu.

– Não, enfim o jeito decidido. – Ele respondeu sem graça.

– Desculpa ai o jeito, mas vocês tem que concordar que a situação é estranha. – Anita afirmou.

– Certo, então vamos. – Ele comunicou.

– Não mesmo, primeiro eu quero falar com o papai, eu é que não vou cair nessa história não. – Anita ordenou.

– Certo, eu vou ligar para ele. – Ele concordou.

– Era o meu pai mesmo. – Anita afirmou desligando o telefone.

– Então a gente vai ir falar com ele, não vai. – Sofia perguntou.

– Vamos, antes que eu me arrependa. – Anita acabou concordando.

– Então vamos, o carro esta ali. – Ele disse.

– Certo. – Sofia disse mais aliviada.

– Só vocês duas não é. – Ele questionou referindo-se a Ben.

– Vamos os três, eu não mandei o meu pai armar esse circo todo, sabe como que é família grande um se mete na vida do outro. – Anita taxou.

– Espera ai o Ben já. – Sofia disse.

– Quieta você, eu é que não vou me encontra com o papai sozinha, porque convenhamos que ele não anda muito certo da cabeça, só assim pra justificar. – Anita falou irredutível.

– Tá então, vamos logo. – Sofia acabou concordando.

Continua: