Os dias que se seguiram foram tranquilos e com a rotina de sempre, Susana estava radiante com a aproximação do filho o amava e queria ele sempre por perto sua rotina com Refúgio foi a mesma, mas ela percebeu que sua menina estava diferente e mesmo perguntando ela apenas respondia que tinha arrumado um namorado e por isso estava daquele modo feliz e plena.

Ela não gostou muito, mas nada poderia fazer já que refúgio estava decidida a estar com ele. Tudo não passava de um plano deles dois e logo os pais de Dionísio seriam desmascarados e eles assumiriam para o mundo que eles era um do outro como deveria ser desde sempre.

Henrique estava sempre alegre em relação a esposa Suzana. Estava sempre cheio de atenções com ela. Estava sempre trabalhando e ter o filho junto a ele era perfeito. Era o melhor... Henrique sabia que Dionísio tinha algo de novo na vida dele, mas seguia pensando na namorada misteriosa dele.

Era o momento mais feliz da vida deles naqueles meses estavam mais ricos, mais próximos e nada mais importava a eles era o momento deles serem felizes com a família e agora, eles poderia dar a Dionísio todas as ações e o patrimônio que tinham construído.

NAQUELA NOITE...

Dionísio chegou com o coração todo feliz... era o momento do xeque mate. Olhou todos ali, ele tinha pensado em tudo.

— Meu filho, que bom que chegou. - Suzana veio até ele o agarrando em beijos.

Ele agarrou sua mãe e sorriu beijando ela.

— Mamãe... que linda que senhora está... Esse vestido ficou perfeito.

Ela sorriu para ele feliz.

— Está um pouco apertado sua irmã me engorda todo dia. - Beijou ele muito sorrindo por tê-lo ali junto a ela.

— Ela sabe o que é bom da vida, mamãe, comer. - ele sorriu e a beijou mais. - Cadê meu pai?

— Não sei ele estava falando com um empresário, mas sumiu. - Buscou na festa para ver se o encontrava. - Acho que deve estar preso no escritório. - Sorriu mais para ele segurando em sua mão.

— Precisamos aproveitar a festa...

— Cadê a namorada? Você disse que ia trazer. - tocou o rosto dele. - É tão bom te ver assim sorrindo novamente.

— Está tudo tão bonito, ela já vem, mamãe, sabe como são as mulheres... Sabe como as coisas são ficam horas se arrumando e ela é linda. - Os olhos dele brilhavam. Ela sorriu.

— Eu sei sim porque eu demorei quatro horas pra me aprontar. Está com fome? Vem mandei fazer seu bolo preferido para servir.

— Estou morrendo de fome... Preciso comer umas duas vezes, mamãe, umas duas vezes... - ele estava todo feliz com ela ali.

— Então vamos comer que eu já estou com fome. - Segurou a mão dele e caminhou mostrando a algumas pessoas como o filho era lindo. - Eu amo te ter aqui.

— Eu amo estar aqui, mamãe... Eu amo ser seu filho e saber que você não mente para mim e sempre me cuidou. - provocou ela.

Ela o olhou e sorriu sem jeito.

— Tudo que eu fiz foi para te proteger meu filho mesmo que da maneira errada foi sempre pra cuidar de você! - Pegou bolo pra ele.

— Mamãe, você me ama... eu sei... - ele sorriu pegando o bolo.

Henrique veio sorrindo, beijou sua mulher.

— Filho... Boa noite...

— Boa noite...pai, como você está?

— Estou bem... Vamos, meu amor. - ele pegou a esposa pela mão. - Vamos meu amor, dançar um pouco? - ele disse amoroso com ela.

— Meu filho, mamãe já volta sim? - Beijou ele várias vezes é foi com o marido.

Dionísio sorriu e esperou que mais gente chegasse, minutos depois, ele sorriu e caminhou a microfone. Estava nervoso era o momento mais complicado. Sabia que os pais surtariam assim que tudo acontecesse. Suzana sorriu olhando ele lá em cima e com a mão em sua barriguinha ela esperou o discurso que ele disse que tinha treinado muito para fazer. Ele sorriu e olhou todos...

— Boa noite a todos vocês, eu sou Dionísio Ferrer... Eu quero a atenção de todos vocês em especial a do meu pai a de minha mãe... - Todos olhavam para ele com atenção e sentiam que ele estava eufórico. - Eu levei muito tempo para escolher...mas aqui estou eu mostrando que eu escolhi. Eu quero mostrar a vocês a minha esposa. A mulher que mudou a minha vida... Vem cá, Refúgio Ferrer...

Suzana no mesmo instante ficou branca não era possível não podia ser possível e ela olhou para todos os lados buscando ela e Refúgio apareceu na porta do jardim com o mais lindo vestido e os cabelos bem arrumado tudo muito simples mas perfeito.

— Essa....é minha esposa. A mulher que eu amo. - Dionísio disse sorrindo e erguendo a mão para ela. - Vem amor...

Refúgio sorriu e caminhou com uma leveza de dar inveja e se aproximou de seu amor.

— Nós dois nos perdemos a muito tempo atrás. mas a vida nos deu a chance de voltar. Agora estamos casados. - Ele exibiu a aliança no dedo dele e e sorriu dando um beijo em seu amor.

Henrique estava fora de si ao ouvir e ele estava casado com aquela mulher ele gritou de onde estava.

— De que demônio de inferno essa porca saiu? Ela estava morta! - Gritou louco estava fora de si... era como se um tiro o tivesse atingido.

Suzana o segurou pelo braço e se tremeu todinha cheia de medo e Refúgio sorriu para ela pegando o microfone e disse.

— Tia, é um prazer estar aqui comemorando a neném com vocês.

— Tia? - Henrique olhou para Suzana naquele momento sem entender nada. - O que essa maldita está dizendo? - segurou o braço dela com força.

Dionísio segurou a mão de seu amor e olhou para ela confiante e Suzana não aguentou a pressão e desfaleceu desmaiando.

Henrique a pegou com medo e saiu dali com ela, não podia acontecer nada com seu amor, estava furioso levou sua esposa até dentro da casa com horror a tudo aquilo. Dionísio olhou Refúgio triste.

— Minha mãe, vamos, eu preciso ver minha mãe...

— Sim, meu amor, eu não queria ela assim. - Falou com coração preocupado.

Os dois desceram diante das pessoas assustadas com aqueles gritos que Henrique tinha dado minutos antes, Dionísio foi com ela e assim que chegou perto do pai Henrique gritou.

— Você vai matar sua mãe e sua irmã por causa dessa porca ai?

Dionísio nem pensou duas vezes, avançou no pai dando socos na cara dele até caírem no chão.

— Pare de ofender a minha mulher! - Henrique revidou com dois socos na cara do filho.

— Não me ofenda porque eu não vou mais permitir isso.

E Dionísio gritou mais e deu mais socos na cara dele.

— Minha mãe mentiu pra salvar a vida dela porque você ia matá-la seu animal

Refúgio entrou no meio dos dois ou iria acontecer uma tragédia.

— Parem com isso, meu amor, não vale a pena!

Ele sentiu o coração tremer e soltou o pai empurrando ele.

— Você não controla mais as nossas vidas!!! Nem a minha, nem a de minha mulher, nem a de minha mãe!!!! Não vai chegar perto de meu filho!!!

Henrique olhou para ele com desespero.

— O que? Ela está grávida? Grávida de você?

— Simmmmmmm!!! Ela está sim!!!!! E você nunca vai chegar perto de nós.

Refúgio respirou pesado com aquela revelação a ele e sentiu medo, mas não deixou que ele percebesse e foi até Suzana que estava desmaiada ainda e tentou acordá-la. Dionísio foi até a mãe e chamou um médico, estava com medo que algo fizesse mal a ela, Henrique estava furioso e quando conseguiu ficar de pé se aproximou da esposa ela tinha que dizer a verdade.

— Titia, titia acorda. - Chamou no automático.

O médico chegou, para felicidade deles tinha um na festa, ele usou um alcool e acordou ela. Suzana gemeu e aos poucos abriu os olhos e ao se deparar com Refúgio ela começou a chorar.

— Fique calma não chore. - Ela falou carinhosa não tinha maldade e nem raiva dela de certo modo até a entendia já que parecia ser apenas cuidado para que o marido não a visse.

— Mamãe, se acalme, olha o bebê...

— Eu quero todos fora daqui! - o médico disse. - A senhora vai ser medicada e eu chamo quem ela quiser que fale.

Suzana tremia ali deitada e sentia tanto medo que nem soube explicar naquele momento e Refúgio levantou pegando na mão do marido para saírem dali. Henrique bufou e saiu com eles quando estava do lado de fora ele disse com ódio deles.

— Está mesmo grávida? Vai me dar um neto? - estava louco de ódio, mas queria saber...

Ela o olhou e não tinha a obrigação de responder, mas o fez.

— Sim, seu sangue está misturado com o da pobre aqui. - Tocou a barriga.

— Dionísio, você arrastou nossa nome na lama e agora isso? Não pode ser verdade que sua mãe ajudou você com isso!!!!

— Ela cuidou de mim... cuidou para que você não me fizesse mais mal. - Se aproximou dele e com a coragem que tinha sentou o tapa em sua cara. - Isso é por todos os anos que me tratou mal e ainda é pouco perto do que me fez.

Henrique ia avançar nela mas o filho segurou ele e disse com ódio.

— Nunca se atreva a levantar a mão pra minha mulher e nem para minha mãe!!! Te mato!!!! Seja homem e vá cuidar de minha mãe, velho! Seja homem!!! - gritou e empurrou ele para bem longe com ódio.

Henrique queria socar a cara dele ali na frente de todos aqueles convidados mais apenas lançou para eles dois um olhar de maldade e entrou para dentro da casa encontrando Suzana sentada tomando um copo com água. Quando o viu sentiu o desespero, mas nada falou apenas esperou pelo que viria dele, o medico terminou a medicação e avisou que ela estava em repouso e saiu deixando os dois sozinhos. Henrique se aproximou e disse com os olhos negros.

— Mentiu? Você me mentiu...

Ela soluçou girando o copo na mão.

— Eu precisei...

— Precisou mentir para mim? O que pensou, Suzana? Que eu ia matar essa porca? - ele estava em chamas com ela, estava com ódio...

— Você quase fez... - Deixou o copo sobre a mesinha. - Eu apenas a protegi e não pensei que ele iria encontrá-la!

— Eu não faria... - ele disse sentando ao lado dela. - Você me mentiu todos esses anos? Mentiu!

— Menti e mentiria de novo... Ela não é má só porque é pobre. - Falou com calma. - Eu iria deixar ela longe dele, mas não consegui... uma mentira sempre vem atona!

Ele estava em choque e sentiu um frio terrível em sua coluna, ela era o amor de sua vida...

— Você me odeia, me odeia desde sempre, eu não sou o que você quer!

— Eu te amo sempre te amei, mas você não aceita quem eu sou... você não aceita nada que venha de mim. - O olhava nos olhos. - Eu vivo do modo como quer longe de tudo e de todos. Sempre aqui nessa casa sozinha. - Era uma queixa naquele momento.

Ele sentiu a dor dela, mas o coração estava cheio de ódio.

— É isso que quer? Me deixar para viver com eles e sem mim? Para ser apenas parte deles? - estava rasgado de dor amava ela e não queria perdê-la. mas era um animal e ficava nervoso e não pensava.

— Eu quero estar com quem amo e isso inclua você e meus filhos!

Henrique queria morrer, estava com ódio de si mesmo, com raiva com tudo, chegou perto dela e a puxou para um beijo enquanto dizia com ódio.

— Cuide bem do meu filho... - e se levantou como se fosse embora.

— Henrique, o que vai fazer? Por favor... - Falou toda cheia de medo.

— Vou resolver de uma vez por todas!!!! - ele disse com ódio saindo dali.

Ela saiu atrás dele gritando para que ele parasse, mas ele não o fez a deixando gritar por seu nome. Henrique entrou no carro e dirigiu por vinte minutos. Parou em frente a uma casa onde abriu a porta com raiva e gritou!

— Eu não quero mais essa porra desse seu dinheiro!!!! - chutou as coisas da sala, estava insano e esperou que o velho na cadeira de rodas viesse até ele. - Eu não quero mais nada seu, nem ser exemplo. Eu odeio o que eu sou e a culpa é sua...