– Está bem, você venceu - disse o líder do Refúgio das Aves levando uma pata ao pescoço para tirar a fina corrente que sustentava a joia, para depois estendê-la aos guerreiros - eu confio a segurança da minha herança à vocês. Podem levar a Estrela de Cristal.

- É!! - Comemoraram eles, menos Tigresa, que se manteve séria e sustentou a jóia em uma pata.

A colocou em um saquinho preto e amarrou bem com a fita verde. - A China e o Palácio de Jade agradecem - disse ela curvando-se para ele, sendo imitada pelos outros.

A coruja se levantou espanou as próprias penas e roupas com suas asas para depois virar-se para os guerreiros:

- Gostariam de ficar para o jantar?

- Ainda não está... - Louva-a-Deus nem terminou de falar. O inseto ficou olhando para o céu por entre as copas das árvores na esperança de encontrá-lo claro e iniciar a jornada para casa, porém já havia escurecido naquele meio tempo em que esperaram que Garça vencesse o líder do local.

- Precisamos ir o mais rápido possível - disse Tigresa - é urgente, devemos esconder as joias de Anastásia o quanto antes.

- Mas há muitos ladrões por aqui, especialmente à noite. Superam vocês em quantidade... vocês podem ganhar, mas vão perder horas de viagem só lutando e em um momento de cansaço, a joia pode ser roubada, ou pior... vocês podem ser sequestrados por recompensa ou então, mortos.

- Nossa... - disse Liang.

- Bem, vamos ficar aqui então - respondeu Tigresa - obrigada pelo convite - dirigindo-se aos outros - amanhã cedo começaremos viagem de volta.

"Espero que eles tenham as pedras e tenham escondido muito bem do Shing. Não queria pensar que é ele, mas é difícil que eu erre julgando alguém", pensava ela sem olhar para ninguém. Louva-a-Deus, Víbora, Liang, Garça e Kayla perceberam sua distração, assim como as outras aves. Como elas tem visão aguçada, mesmo de longe notaram a inquietude da mestre do estilo tigre.

Sacudindo a cabeça para se livrar desses pensamentos, agiu como se nada tivesse acontecido. O líder do local os levou para quartos improvisados. Na verdade, alguns eram como cabanas naturalmente formadas por árvores de pequeno porte e arbustos, outros eram entre rochas.

O chão, que serviria como cama, era a grama suave. Cada um escolheu uma e, para aqueles que trouxeram mochila, deixaram seus pertences para jantar.

O jantar foi próximo à árvore do líder, com frutas e verduras cultivadas naquelas terras. Estava delicioso, contando que não comeram quase nada nessa viagem.

Sentados em torno de um tronco caído que servia como mesa, os guerreiros comiam em silêncio, enquanto ao redor deles todas as aves conversavam, cantavam, faziam barulho.

Tigresa se mantinha calada, olhando apenas para o que comia.

- O que foi? Algo errado com você? - Perguntou Víbora chamando a atenção da amiga.

- Não, não foi nada.

- Conheço você. Me diga depois.

- Não dá pra escapar, não é? - Sorriu.

A serpente riu também e quando o jantar deu-se por terminado, foram dar um passeio pelo lugar. Tigresa lhe contou suas suspeitas, pelo modo como Shing agia. Achava que ele era o assassino e ladrão que nunca fora apanhado e que estava á mando de Anastásia.

Víbora não tirou a razão da amiga para desconfiar, mas precisavam de provas antes de acusá-lo.

Voltando com os outros, Kayla estava na porta de seu abrigo e olhava sua amiga felina ainda com desconfiança. Tigresa apenas a encarou da maneira mais natural que conseguiu.

- Ainda não se conforma que eu escolhi alguém?

- Por que essa pergunta?

- Porque não para de me olhar assim, desde aquela nossa conversa.

- Mas é que você...

- Não, não estou com ele por ele ser o maior guerreiro da China. Se fosse assim, teria ido atrás dele desde que ganhou o título, pense nisso.

Dito isso, se retirou para dormir deixando Kayla sem palavras. Os outros a imitaram, até mesmo a felina. Poderia ter ido dormir sem essa.

-

No Palácio de Jade, Po estava na cozinha e já tinha a intenção de sair quando viu passar duas sombras e temendo quem poderia ser, as seguiu, ficando surpreso de poder fazer isso sem ser notado. É, realmente estava evoluindo.

As duas pararam na saída e foi quando o panda percebeu que eram dois felinos. Se tranquilizou quando ouviu as vozes de Carlengo e Vet conversando coisas aleatórias. Ambos subiram no telhado da ala dos estudantes.

Po deu as costas para voltar quando os ouviu falar sobre as lembranças de quando o grupo deles vivia longe dali, de quando eles eram Os Sombras.

- Por que tem coisas que você não quer contar? Poderíamos falar enquanto Tigresa não volta. Ela vai nos matar quando souber, mas mesmo assim... seria divertido contar e seria legal eles conhecerem um pouco mais sobre ela... - argumentava Carlengo.

- Você é maluco. Se fizermos isso, jamais teremos filhotes também poderia irritar ou chatear o panda.

- E o que tem isso? - Carlengo simplesmente respondeu alheio à presença de quem ele falava. Po se sentiu menosprezado, até escutar a outra parte da pergunta - quero dizer... chateação passa, então por que não contar, até mesmo pra ele saber um pouquinho mais sobre ela?

- Ciúmes não é uma coisa fácil de lidar...

- Vamos, o que de tãão forte assim teria pra ele ficar chateado? Po ficou apreensivo, o nervosismos e a curiosidade eram muito fortes, deveria ter cuidado para não fazer ruído enquanto não ouvisse tudo.

- Bem, tem aquela vez que a gente dançou juntos...

FLASHBACK ON

Karina e Carlengo eram os dançarinos principais. Estavam ensaiando mais uma vez para o dueto que fariam. Seria tango, com um solo para cada um no meio da apresentação. A música escolhida era Into The Night.

O ensaio acontecendo, Tigresa cantando, Kayla tocando com os meninos e de repente, os dois dançarinos caem no chão. Por um passo fora de lugar, os dois caíram machucados.

- Vocês estão bem? - Perguntou Vet, que havia deixado de tocar para socorrê-los.

- Estou sim - respondeu Karina tentando esconder a expressão de dor.

- Não, não está... nem eu... - disse Carlengo.

- O que aconteceu? Onde machucou? - Perguntou Liang segurando Karina estilo noiva, fazendo com que ela corasse.

- Meu tornozelo.

- E minha perna - respondeu novamente o felino - acho que ela acabou pisando errado, só enroscou o pé na minha perna e caímos.

- É, foi isso mesmo, eu sinto muito.

- Não tem problema...

- Tá, então quem vai dançar? Eu não vou, já estou avisando... essa dança não é meu estilo e vocês sabem - comentou Kayla.

Todos olharam para Tigresa.

- O quê? Há! Nem pensar.

- Vamos, Tigresa, por favor! - Choramingaram Liang, Carlengo, Shing e Karina ao mesmo tempo.

- Ah, está bem - revirou os olhos - mas quem vai fazer par comigo? - Olhou para Liang e Shing.

- Nem olha pra mim, só sei tocar - se defendeu Liang.

- Eu também... Vet, sobrou pra você - disse Shing com um sorriso no rosto.

- Tá, vamos ensaiar...

-

A grande noite chegou, era a estreia deles naquela vila e então, se fossem realmente bons na música e dança, ganhariam uma boa quantia em dinheiro.

- Prontos? - Perguntou Liang.

- Prontos - responderam Vet e Tigresa em uníssono. Os músicos entraram, alguns carregados. Liang, Carlengo, Karina, Kayla e Shing estariam nos instrumentos. O cantor da noite era Liang.

Depois de posicionados ao fundo do palco, os dois dançarinos entraram. Tigresa com um longo vestido vermelho preso por alças largas aos ombros dela. Era colado à parte superior do corpo, com a saia mais larga e dias aberturas em cima de cada perna. Uma flor vermelha foi colocada em torno de sua orelha direita. E para não perder a característica dos vestidos chineses, uma cinta de cor negra abaixo do busto e mangas não muito largas da mesma cor do vestido. O calçado era uma sandália mais alta do que as que estava acostumada, mas poderia aguentar pelo menos nessa apresentação.

Vet estava com um terno preto pouco largo, apenas para dar liberdade aos movimentos e sapato preto fechado. Levava uma rosa vermelha em se focinho.

Estavam afastados e nervosos, um de costas para o outro, como era a posição inicial. Assim que a música teve início, se viraram se olhando nos olhos, caminhando um em direção ao outro.

Like a gift from the heavens

(Como uma dádiva dos céus)

It was easy to tell

(Era fácil dizer)

It was love from above

(Foi amor vindo de cima)

That could save me from hell

(Que poderia me salvar do inferno)

She had fire in her soul

(Ela tinha fogo em sua alma)

It was easy to see

(Era fácil de ver)

How the devil himself

(Como o próprio diabo)

Could be pulled out of me

(Poderia ser tirado de mim)

There were drums in the air

(Havia tambores no ar)

As she started to dance

(Ela começou a dançar)

Every soul in the room

(Toda a alma no quarto)

Keeping time with their hands

(Mantendo o ritmo com as mãos)

Vet a tomou por uma pata e passou a outra pela cintura da felina para sustentá-la. A pata livre de Tigresa foi apoiada no ombro adjacente dele. O tigre começou a guiá-la pelo espaço destinado a eles, deslizando pelo assoalho com passos decididos e elegantes, como se espera de todo felino.

And we sang a, away, away, away

(E nós cantamos longe)

And the voices rang like the angels sing

(E as vozes soavam como os anjos cantam)

And singing a, away, away, away

(E cantamos longe)

And we danced on into the night

(E dançamos noite adentro)

And we danced on into the night

(E dançamos noite adentro)

Depois de algumas voltas e piruetas executadas juntos, ele a soltou para que ele pudesse fazer seu solo com giros e interpretação.

Logo depois, foi a vez de Tigresa. Ela deu giros, se expressava conforme o tempo da música. Antes de voltar para os braços de seu par, flexionou a perna esquerda e desceu com a outra aberta, mostrando a flexibilidade que se ganha com a dança... ou seria com o kung fu? Era um dos passos que mais odiava porque a saia do vestido tinha aberturas e temia se exibir indevidamente, mas nada disso aconteceu.

Like a piece to the puzzle

(Como uma peça do enigma)

That falls into place

(Que cai no lugar)

You could tell how we felt

(Você poderia dizer como nós sentimos)

From the look on our faces

(Pela expressão dos nossos rostos)

We were spinning in circles

(Nós estávamos girando em círculos)

With the moon in our eyes

(Com a lua em nossos olhos)

No room left to move

(Não há espaço sobrando pra se deslocar)

In between you and I

(Entre você e eu)

And we forgot where we were

(E nós esquecemos onde estávamos)

And we lost track of time

(E nós perdemos a noção do tempo)

And we sang to the wind

(E nós cantamos ao vento)

As we danced through the night

(Como nós dançamos pela noite)

Vet se aproximou e tomou a pata esquerda dela, puxando-a para si. Com os corpos encostados, retomou os passos e num ato antes de terminar a música, a segurou pela cintura com ambas as patas e ela se curvou para trás. Quando voltou, se tomaram por uma pata e levantaram a livre ao ar. O público aplaudiu de pé.

FLASHBACK OFF

- Depois disso, Tigresa nunca mais dançou ha ha - riu Vet com a lembrança - aquilo foi tão vergonhoso. Ela estava linda, não vou mentir, mas que vergonha!

Po estava realmente em choque. Jamais em sua vida havia imaginado Tigresa assim. Sentiu ciúmes sim das últimas palavras de Vet sobre ela e que ambos tiveram um momento desse, mas além de já ser passado, ela estava com ele e teriam momentos mais verdadeiros, carinhosos, espontâneos e íntimos do que o tigre jamais teve com ela antes. Pretendia ficar com ela para toda a vida e tinha certeza de que ela queria o mesmo. Não tinha com o que se preocupar

. Mudou seu rosto de choque para um sorriso bobalhão ao imaginar Tigresa dançando, independente do vestido. "Deve dançar tão bem... ela é demais!", pensava ele de modo sonhador.

Carlengo apenas ria por lembrar, até que tomou um sonoro tapa de Vet.

- Espera ela voltar e saber que você tá fazendo a gente lembrar dessas coisas.

- Não quero nem saber. Vou partir feliz.

- É, pede pro Mestre Oogway te esperar com curativos no outro mundo, vai precisar.

Com isso se mexeu para descer e Po, ao ouvir o ruído daqueles dois descendo do telhado, correu para seu quarto antes que fosse pego espiando. Não foi por mal, a curiosidade foi mais forte, mas da próxima vez ele deveria se lembrar que ela matou o gato... ou seria o panda, nesse seu caso?

-

A viagem de um lugar ao outro foi longa, durando dias. Depois de se despedirem dos pássaros, um pouco antes de amanhecer, os guerreiros partiram.

Estavam terminando de subir as escadas para reencontrar os outros. Era de manhã. Tigresa ia na frente sem olhar para Kayla. A segunda não havia se manifestado contra a guerreira desde a conversa no Refúgio das Aves e estava melhor assim, evitando brigas. Quem sabe ela havia entendido, finalmente, que os dois estavam juntos por amor e não por interesse.

Ao abrir os portões do palácio, passaram pela arena. Chegaram ao pátio e se depararam com os outros treinando de costas para as portas dali. Shifu era o único que estava de frente para ele e sua expressão denunciou sua presença. Os outros se viraram e perceberam que eram os amigos, mas antes que pudessem fazer algo, Shifu já abraçara Tigresa.

- Que saudade, minha filha.

- Também tive saudades, pai.

Os demais e cumprimentaram também. Karina e Liang se olharam carinhosamente para depois compartilhar um abraço apertado e longo, o que enterneceu Víbora.

Tigresa e Po se deram um ligeiro beijo para também se abraçar. Depois de constatarem de que todos estavam ali, Shifu pediu as pedras do grupo que acabara de chegar e eles foram guardá-las com o mestre.

O local de armazenamento agora era dentro da piscina de reflexão, em um jarro de porcelana violeta com o símbolo do Yin e Yang nas cores originais.

- Pronto, está seguro.Seria melhor que vocês fossem descansar da viagem e comessem alguma coisa.

- Pode deixar que eu cozinho, mestre - disse Po fazendo uma reverência.

- Tudo bem, Dragão Guerreiro, ainda falta um tempo para o horário de almoço, então vou meditar, mas me chamem quando estiver pronto - o panda vermelho pediu sorridente.

Todos foram rumo à cozinha.

Lá, o clima era de brincadeira e conversas, exceto para Kayla, ainda emburrada e Shing. O gato montês queria qualquer distração para poder buscar as joias e correr dali. Talvez não tivesse outra chance como essa... todos cansados, famintos, inclusive ele, mas não ligava. Era, talvez, o mais veloz do grupo. Conseguiria correr para longe antes que pudessem notar.

-... então as duas discutiram de novo... - a serpente terminou de contar.

- Mas, por quê? - Perguntou Po mexendo o macarrão, sem entender a briga das duas felinas.

- Ah, desentendimento entre mulheres.

- To quase terminando.

- Vou chamar Shifu - disse Garça e se retirou.

O panda vermelho já estava lá com Garça.

- Ti.

- Fala, Po - respondeu Tigresa.

- Queria saber se quer sair comigo pra dançar algum dia desses, ou hoje mesmo depois que descansar, já que a gente tá de folga - perguntou o panda, ainda de costas para todos para que não notassem seu rosto vermelho.

"Nessa hora não é muito confortável ter a cara branca", pensou ele, nervoso.

Tigresa ficou sem entender a pergunta, até que... olhou para Vet e Carlengo, cujos olhos estavam mais abertos do que a boca do panda quando enche de bolinhos. Certamente tinham dito algo a ele e iriam se ver com ela.

A felina só podia ler os lábios dos dois. Os de Carlengo diziam "não dissemos nada" e os de Vet "depois eu te conto", e fazia um gesto apontando o amigo. Ela assentiu com um olhar assassino para o bocudo. Depois do que pareceu uma eternidade para Po, mas foram só alguns segundos, ela respondeu:

- Sim, vamos sim.

Ele se virou e sorriram um para o outro. Shifu apenas ignorou o momento meloso entre os dois.

- AH, que fofos! Que lindos os pombinhos... - brincou Macaco.

- Duvido que Tigresa dance algum dia... corto minhas antenas - apostou Louva-a-Deus.

- É melhor você não apostar isso - respondeu Carlengo.

- Por quê? Ela dança?! Não, de jeito nenhum! Não acredito! - Dizia ele com um grau elevadíssimo de certeza e agitando as pinças.

- Gente - a voz de Shing chamou a atenção de todos - vou me deitar, estou muito cansado.

- Ah, cara, não vai comer? - Perguntou Po.

- Talvez depois. Se retirou no momento em que Po começou a servir. Tigresa estava faminta e querendo ir atrás de Shing. Resolveu comer para estar mais forte. Certamente haveria briga, ela podia sentir. Foi a primeira a terminar, surpreendendo à todos.

- Terminou antes do Po! - Exclamaram Macaco, Louva-a-Deus e Garça.

- Onde vai? - Perguntou Víbora.

Tigresa apenas agitou as orelhas, estava ouvindo alguma coisa.

- Algo errado? - Perguntou Po.

- Sim - respondeu e saiu correndo rumo ao Salão dos Heróis.

Os outros a seguiram preocupados. Se ela estava agitada, não era bom sinal.

Tigresa, por sua vez, já sabia perfeitamente do que se tratava. A certeza absoluta a atingiu quando chegaram ao salão. Estava molhado. Ela correu até a piscina de reflexão e o jarro de porcelana havia desaparecido.

- Quem poderia fazer isso? - Perguntou Po.

- Deve estar no palácio ainda... - disse Shifu.

- Só um segundo! Eu sei exatamente quem foi... - ela correu novamente, mas dessa vez de volta à ala dos estudantes. Chegando à frente dos quartos abriu com um golpe a porta de Shing e... ele não estava lá.

- Eu sabia - rosnou ela parada na porta com os outros atrás de si.

- Sabia o que? - Perguntou Karina.

- Que era ele.

- Como pode ter certeza? E se ele foi sequestrado... - argumentava Kayla. Tigresa fez sinal para que se calasse enquanto seu pai e mestre mancou até uma mesinha. Ali havia uma nota, fora a primeira coisa que notou quando chegou e só depois, a falta dos pertencer do gato montês. Leu a nota para todos:

- "Caros amigos, obrigado por poupar meu tempo e facilitar meu trabalho. Quando conquistarmos o mundo, não esquecerei de vocês, e como minha identidade não importa mais, espero que tenham aproveitado o tempo comigo sendo Shing. Até logo, com carinho, Hu"... Hu? Mas, o quê? Como ele pode ser Hu? Ele era amigo de vocês? Não sabiam nada sobre isso?!

- Eu desconfiei, pai, mas precisava de provas.

Shifu espalmou a própria testa. Os outros estavam chocados e decepcionados com a ação do gato montês. Como ele pôde fazer isso? E a amizade deles, não valia nada? Bem, parecia que não

. - Temos que ir atrás dele, sabe-se lá o que fará com as joias - disse Vet.

- Vamos nessa! - Exclamou Po correndo para fora seguido pelos outros.

- Ele deve estar por perto ainda, vamos procurá-lo! - Ordenou Tigresa tomando a dianteira. Não iria permitir que todo aquele trabalho para proteger a China fosse em vão.