Dreams

Over fall break you're coming down to see me...


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Todos os dias eu saia com a Amy.

E eu percebi as mudanças nela.

Agora que o tratamento não estava fazendo mais efeito.

Ela parecia a cada dia mais frágil, e mais pálida. Mas do que era antes...

Ficava muito tempo quieta e tinha tonturas.

Eu estava ficando preocupado.

-Você quer mais calda? - perguntei e ele me olhou confusa - Pra panqueca - disse rindo.

Ela riu também, mas balançou a cabeça falando não.

O seu apetite mudou.

Antigamente no cinema a pipoca dela costumava ser grande quando a minha era média. E quando eu não aguentava era ela que comia. E nunca engordava.

Não entendia como.

Agora ela não comia quase nada, e a cada dia parecia mais magra.

-Tem que se alimentar! - insisti.

-Eu sei disso. E pode ficar tranquilo. Eu já tinha comigo em casa - ela sorriu.

Apesar de eu estar sabendo de tudo que estava acontecendo agora. E estar extremamente preocupado... o sorriso dela me fazia esquecer tudo.

Era meu porto seguro. Me fazia esquecer ate mesmo meu nome.

Os problemas desapareciam. E o mundo se enchia de Amy, Amy, Amy e Amy.

-Eu te amo.

Ela sorriu novamente, Amy, Amy, Amy.

-Eu também.

-Garotos – meu pai disse se aproximando do nosso ‘‘picnik improvissado’’ – Vou ir pra cidade, querem carrona?

-Claro - disse me levantando.

Meu pai sorriu e saiu indo em direção ao carro.

Amy se levantou rápido mas parou parecendo tonta.

-Amy? - perguntei preocupado indo ate ela.

-Eu... eu... - ela murmurou e caiu. Por sorte estava perto o suficiente para segurar seu corpo antes que ele batesse no chão.

-AMY? - gritei.

Tenho que admitir que entrei em pânico. Mas o que você faria que a pessoa que você ama, a única pessoa que pode mudar o seu dia apenas por um sorriso, que pode mudar a sua vida apenas por existir, caísse no chão desmaiada?

-PAI?! - gritei e ele apareceu correndo. Viu Amy desacordada e gritou para que eu o seguisse.

Tudo aconteceu muito rápido.

O hospital é perto de casa. Amy vou levada por uma maca ate uma das salas com um medico e duas enfermeiras juntas.

Por favor me diga que não vai acontecer nada. Por favor.

Rezava para que desse tudo certo e que aquele sorriso não fosse o ultimo que eu iria ver.

Só de pensar nisso eu senti as lagrimas caindo.

E o pior? Nao tinha nada que eu podia fazer.

A não ser chorar.