Dreams

Everything can change. Everything will change...


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O relógio fazia um irritante tic toc que parecia me deixar mais estressado ainda. Como se fosse possível.

O local era tão branco que me deixava confuso.

Médicos e enfermeiras passavam do meu lado com expressões preocupadas. Eles não eram os únicos preocupados.

Provavelmente eu era a pessoa que estava mais preocupado em todo o prédio.

Algumas pessoas choravam perto de mim. Provavelmente algum parente ou amigo, ou namorada estava perto da morte.

Por favor que aquela cena não se repita comigo.

Um medico veio em nossa direção e tudo pareceu ficar em câmera lenta.

Sua expressão era indecifrável, não tinha como adivinhar se veria dele uma noticia boa ou ruim. Vi seus lábios começarem a mexer, ele dizia alguma coisa, mas eu não conseguia ouvir. Estava nervoso demais.

Tudo estava estranho.

Mas quando vi a expressão de alegria se formando nos rostos dos pais da Amy e na do meu pai soltei um suspiro aliviado e comecei a sorrir também.

Os sons voltaram. -...então quem vai primeiro? - ouvi apenas o final da frase que o doutor disse.

-Acho que Stephen pode ir primeiro - o Sr. Moster disse. Pai da Amy.

-Vamos rapaz - disse o medico e eu o segui.

Ainda meio abalado, e sem entender nada. Mas se aquele cara ia me levar ate a Amy eu o seguiria pra onde ele fosse. Andamos por um longo corredor ate pararmos na frente de uma porta. Ele disse:

-Não a agite muito, ainda esta se recuperando.

Concordei com a cabeça e entrei no quarto.

Amy estava deitava com alguns fios que ligavam o soro a suas veias.Ela estava pálida.

-Amy? - perguntei baixinho.

Ela abriu os olhos devagar e sorriu pra mim.Corri a cama onde ela estava deitada, e fiquei de joelhos a encarando encantado.

-Você esta bem! Amy você esta bem! - dizia sem parar.Ela sorriu novamente.

-Sim, estou bem se acalme.

-Eu... Eu pensei que você não ia ficar bem - disse ficando com a voz tremula - Amy! Não pode me deixar! Tentei segurar as lagrimas ao máximo. Me sentia fraco chorando.

Mas era impossível não chorar quando o assunto era a Amy, ficava fraco por ela.

-Fica calmo - ela disse passando sua mãe fria e pálida pelo meu rosto.

-Como ficar calmo, Amy? - perguntei baixinho - Eu quase te perdi.

-Não vai me perder. Pelo menos não agora.

-O que? - perguntei confuso.

-Eu tenho que fazer uma coisa antes, te mostrar algo.

-Do que está falando.-Bom... Tem algumas coisas que eu tenho que fazer antes - ela disse sorrindo.

-E eu posso te ajudar? Quero te ajudar em tudo que for possível.

-Pode sim... -ela não tirava o sorriso do rosto.

Se tinha algo que eu pudesse fazer para ver esse sorriso no seu rosto para sempre, ou... atê quando for possível, eu iria fazer.