Do you remember us?

Capítulo 32 - Studies and more studies.


O restante da semana se passou normalmente, Nick e eu mal nos falamos e eu pensei muito em deixar para lá a ajuda dele, mas quando estávamos saindo da sala ontem ele me puxou pelo cotovelo, com um sorrisinho nos lábios.

— Tudo certo para amanhã?

— É... Hã, sim claro – forcei um sorriso – Pode ser as 10h?

— Pode, nos encontramos aqui?

— Claro.

— Então até amanhã 10h – me lançou um sorriso desses estilo cafajeste e saiu andando.

Espero que ele não tenha entendido errado, eu realmente só quero estudar.

*

Acordei aproximadamente oito da manhã, Dani estava zanzando pela casa com uma xícara de café nas mãos.

— Bom dia – disse me jogando no sofá.

— Bom dia Lena – ela sorriu.

— Por que está tão inquieta? – perguntei ao perceber sua agitação.

— Um antigo colega de colégio me chamou para sair, estamos conversando desde quinta, e eu não sei se é uma boa idéia.

— Por que não? Vai se divertir.

— Mas e você?

— Eu tenho muito o que estudar, e de todo jeito não estou nem um pouco afim de bares, baladas, boates.

— Tudo bem então se você não se importa, eu vou – ela fez uma carinha meiga e pegou o celular.

Após tomar meu café da manhã fui tomar um banho, demorei um pouco mais do que o normal. Vesti uma calça jeans preta de cintura alta, e um suéter rosa escuro, e um Vans todo preto, prendi meu cabelo num coque mal feito, peguei minha bolsa com os cadernos, e anotações, estava procurando meu celular quando senti a presença de Dani na porta.

— Pois não? – disse encarando-a

— Onde você vai a essa hora?

— Vou na biblioteca estudar com o Nick, eu já havia te dito.

— Esqueci – um sorriso malicioso brotou em seus lábios – Só vai estudar mesmo?

— Dani não comece com isso de novo, por favor – esse assunto já havia me cansado.

Ela ergueu as mãos em sinal de rendição e saiu dali. Achei meu celular, peguei uma jaqueta de couro preta e um lenço também preto.

— Volto mais tarde – disse já saindo pela porta, para que não pudesse ouvir sua resposta.

Chamei Johny para me levar até a universidade, e após vinte minutos já estávamos lá, o paguei e sai. Caminhei até a biblioteca, que estava quase vazia, olhei no relógio que marca dez para as dez da manhã, me sentei em uma das cadeiras que estava atrás de uma mesa com computador.

— Chegou mais cedo? – disse Nick me assustando.

— E pelo visto você também – sorri.

— Um pouco – ele também riu, me cumprimentou com um beijo rápido na bochecha e puxou uma cadeira para se sentar ao meu lado. – Então vamos lá? – ele estralou os dedos das mãos.

Nick pegou vários livros nas estantes e os colocou todos na nossa mesa, enquanto ele ia me explicando eu procurava imagens á respeito na internet, fotos, vídeos, textos e explicações. Ficamos horas ali sentados, ele tinha muita paciência, preciso admitir, explicava tudo nos mínimos detalhes.

— Como se lembra de tanta coisa se você não anota? – perguntei.

— Eu não preciso anotar para me lembrar – ele sorriu com orgulho.

Continuamos a fazer nossas pesquisas, e mal vi a hora passar, meu estomago roncou.

— Acho que por hoje é suficiente – sorri – obrigada pela ajuda Nick, eu realmente precisava.

— Magina – ele me lançou um sorriso – Acho que deveríamos comer algo não acha? Após tantas horas estudando. – olhei no relógio que marcava 15:20, eu com certeza não vi o tempo passar.

— Seria ótimo.

O ajudei a guardar todos os livros em seus devidos lugares, e fomos saindo em silêncio.

— Onde quer ir?

— Podemos só tomar um café? – perguntei.

— Claro, conheço um aqui perto que é muito bom. – ele sorriu e pegou a minha mão.

Fomos até o estacionamento e ele apertou o alarme e parou em frente a um carro todo preto, com os vidros escuros.

— Que carro é esse? – perguntei o admirando, abria porta e me sentando no banco do passageiro.

— Um Audi A4 – ele disse dando de ombros – Não vejo a hora de troca-lo.

Não disse mais nada, com certeza carros não é um assunto que eu goste muito. Após quinze minutos Nick parou o carro em frente á uma cafeteria bem grande, desci do carro e nós entramos pelas enormes portas de vidro.

— O que vai querer? – ele perguntou.

— Pode deixar eu faço meu pedido.

— O que vai querer Elena? – ele me encarava agora sério.

— Quero um chá de camomila por favor.

— E para comer?

— Não quero comer nada, obrigada.

Ele me encarou, enquanto fazia o pedido me sentei em uma das mesas, após alguns minutos ele veio também, ficamos conversando sobre a universidade, e os trabalhos que logo começariam a nos sobrecarregar, e então uma garçonete trouxe nossos pedidos, ela colocou a xícara de chá na minha frente e uma xícara de café puro na frente de Nick, e no meio uma cesta com mini-croissants.

DAMON

Tinha marcado de encontrar Rachel hoje a tarde, marcamos em uma cafeteria, eu cheguei um pouco mais cedo que o combinado, pois já estava por perto, pedi um café e fui para uma das mesas ao fundo, peguei um dos jornais que estavam no balão, fiquei lendo e tomando meu café que estava quente, alguns minutos depois uma garota parou na minha frente, ela era bonita, seu cabelo era bem comprido e num tom de ruivo.

— Oi Damon – ela sorriu fraco – sou a Rachel.

— Oi – forcei um sorriso e indiquei que ela se sentasse – o que vai querer?

— Só quero um chá de camomila, obrigada – chá de camomila, o favorito da Elena, automaticamente meu coração se apertou, desviei o pensamento e chamei a garçonete, pedi o chá e um cupcake para ela.

— Então – ela disse nervosa, passando a mão pelo pescoço – Por onde começamos? - riu sem graça.

— Também não sei, nunca tive uma conversa dessas – a encarei.

— Você voltou com a garota? - ela deu inicio ao assunto, que honestamente não queria falar com ela.

— Nós voltamos, mas quando contei á ela que eu havia engravidado você, nós terminamos – fui seco, não quero falar sobre Elena.

— Eu sinto muito – disse ela abaixando a cabeça.

— Já foi, um dia quem sabe eu consiga superar – forcei um sorriso, e ao encara-la novamente meu olhos se direcionaram para a enorme porta de vidro.

Minha garganta se apertou, e a respiração falhou, passando pela porta vi Elena, e atrás dela havia um homem, que sorria para ela com a mão em suas costas, e senti como uma facada no meu peito, passei a mãos no rosto para ter certeza que isso não era outro joguinho doentio da minha mente, e infelizmente não era, lá estavam os dois. Elena se sentou de costas para mim, e então o rapaz se juntou á ela.

— Damon? – Rachel passou a mão em frente ao meu rosto chamando minha atenção, e se virou para a porta procurando o que eu estava olhando.

— Desculpe – disse e me voltei a ela. – Eu estava pensando .

— Tudo bem. – ela sorriu – bom, você vai querer o teste de DNA certo?

— Não me leve a mal, mas eu preciso dele, eu ainda tenho esperança de salvar meu casamento, de ter ela de volta, me desculpe – sei que eu não deveria dizer isso, mas não pude controlar.

— Eu entendo – ela suspirou triste.

— Mas se for meu mesmo, eu vou estar ao seu lado, te dar todo o apoio que precisar, você e o bebê.

— Só isso que eu preciso – ela me lançou um sorriso tímido.

Ela era bem bonita, mas durante a conversa minha cabeça viajava, e meus olhos ficavam vidrados naquela cabeça, naquele cabelo, e naquele babaca.

Rachel ia falando sobre ela, sobre o que queria da vida, sobre o bebê que seria muito amado mesmo vindo de uma situação como essa, e eu mal pude prestar atenção, apenas concordava em alguns momentos, e ela não percebeu, foi falando sem parar.

Elena se levantou, ela sorria e foi caminhando até a porta, o homem que estava com ela a seguiu, e segurou sua mão e nesse momento foi como se levasse um chute bem dado no estomago, cerrei o punho e estremeci.

— Está tudo bem? – Rachel perguntou, eu apenas assenti, enquanto via Elena entrar no carro com aquele cara.

*

O restante da tarde foi como uma tortura mental, eu só conseguia me lembrar da minha pequena com aquele babaca, sua mão nas costas dele, na mão dela, e por um segundo imaginei os dois se beijando na cama dela, balancei a cabeça tentando desesperadamente fazer aquele pensamento sumir, e assim ele foi.

Não consegui me concentrar em nada do que eu devia, Enzo veio até aqui para discutirmos sobre o segundo bar, que estava de novo sem barman, e eu me ofereci para ficar, eu preciso de distrações, preciso afastar minha cabeça daquelas cenas, e preciso controlar minha imaginação.