Diário de um Khajiit

Um guia de explorador para Skyrim!


Acordei olhando para a janela, me virei para a cama de Bazzir, ele estava dormindo e roncando alto, me levantei devagar para não incomodar seu sono, me troquei e sai do quarto, estava bem cedo, não sabia ao certo que horas eram, mas o Sol havia acabado de nascer, o salão na entrada do Colégio estava vazio e silencioso, parei um pouco no meio dele e pensei em visitar aquela biblioteca no segundo andar, subi as escadas e abri devagar a grande porta, parecia não haver ninguém lá dentro, entrei e comecei a ler a capa dos livros.

– Procurando por algo? – disse o Orc que eu tinha encontrado na biblioteca a ultima vez que estive lá

– Não, em especial nada. – respondi

– Acho que você vai gostar de um certo livro... – disse ele percebendo que eu estava com um arco preso as costas

Eu o segui pelo meio dos corredores estreitos que passavam pelo meio das estantes de livros, até chegarmos em um certo ponto, em que ele se inclinou para o alto alcançando um livro, ele abaixou deu um sopro sobre a capa e me entregou “Um guia de explorador para Skyrim” era perfeito para um recém chegado a esse país cheio de surpresas.

– Obrigado! – disse pegando o livro animado das mãos dele

– Não tem de que. – respondeu o Orc com sua voz grossa

Eu corri de volta pelos corredores, até chegar a entrada da biblioteca, onde havia alguns banquinhos, me sentei num deles para começar a ler, de repente fui interrompido por um som abafado que incomodou meus ouvidos, olhei em volta só tinha mais 2 pessoas ali lendo, voltei a atenção ao livro, mas o som se repetiu, olhei novamente para minha volta e nada, antes que conseguisse ler a primeira palavra o som se repetiu, dessa vez olhei para uma garota de capuz, que também estava lendo, mas com sua mão no braço da cadeira e batendo a unha contra a madeira.

– Com licença... – falei meio baixo, ela pareceu não ter ouvido – Com licença! – repeti mais alto

Ela olhou para mim puxando o capuz para trás, era Katrin, a aluna nova de Solitude.

– Sim? – disse ela

– Você poderia parar com isso? – perguntei

– Isso oque? – perguntou ela

– De bater a unha... – respondi

– Assim? – perguntou ela repetindo a ação

– Sim. – respondi

– Ah! Desculpe... então você não gosta quando fazem isso? – perguntou ela rindo e repetindo a ação

– Não – respondi rindo

Ela voltou a bater a unha repetidamente.

– Ah! Está bem, pode continuar! – disse rindo

Ela riu.

– Hum... está lendo “Um guia de explorador para Skyrim”? pretende se aventurar pela tundra? – perguntou ela lendo a capa do livro em minhas mãos

– Não, na verdade, talvez, mas no futuro, agora só preciso dele para saber mais sobre Skyrim, afinal sou novo aqui – respondi

– Eu sei, vi sua apresentação lá na sala, Elsweyr né? Já estive lá... – disse ela

– Já? – perguntei interessado

– Sim, já viajei para lá. Terra quente, bem quente. – disse ela

– É bom conhecer alguém que pelo menos sabe como é o lugar de onde eu vim – falei sorrindo

Ela respondeu também com um sorriso

– Então, oque já sabe sobre essa terra do norte? – perguntou ela dando uma espiada no meu livro

– Sei que é frio, que neva, que carne de horker é bom, que Falmers matam, que lobos são os predadores mais fracos e comuns da província... – eu falava os fatos que já havia aprendido

– Você já viu um Falmer? – perguntou ela

– Não. – respondi

– Como sabe que eles matam? – perguntou ela

– Bazzir, meu companheiro de quarto, teve os pais mortos pelos que ele chama de “Falmers” – respondi

– Falmers são elfos do gelo – disse ela, ufa que bom que ela resolveu me explicar, esse negócio de saber o nome de algo e não saber oque é estava me causando uma duvida terrível! – antigamente eles viviam aqui, em terra, em Skyrim, mas dai chegaram os Dwemers, uma outra raça élfica antiga que escravizou os Falmers, os Dwemers tinham a magia e a tecnologia muito avançada, oque ajudou eles nesse serviço, depois de certas crises em Skyrim, os Dwemers, para se salvar, deixaram os locais onde viviam e começaram a viver no subsolo, e levaram os Falmers com eles, anos fazendo os Falmers viver embaixo da terra e comer apenas cogumelos venenosos fez essa raça de elfos do gelo e suas próximas gerações ficarem eternamente cegas, quando as crises de Skyrim chegaram ao subsolo, no esconderijo dos Dwemers, eles fugiram com sua tecnologia, mas deixaram os Falmers, mesmo assim, essa raça já estava tão acostumada com a vida nas cavernas que soube se esconder, e até hoje vivem lá, abaixo de nossos pés, querendo vingança de todos que vivem na superfície, e os Dwemers nunca mais foram vistos...

– Nossa! Como sabe de tudo isso? – perguntei maravilhado

– Li alguns livros a respeito – disse ela dando uma leve olhada em seu livro – você também disse que carne de horker é boa não é? Você já viu um horker?

– Não... – respondi abaixando a cabeça

– Gostaria de ver? – perguntou ela se levantando do banco

– Claro! – respondi animado

– Bem, podemos ir a uma das praias congeladas que tem aqui perto! Aposto que lá deve ter muitos deles! – disse ela

– Podemos ir agora? – perguntei

– Podemos, só preciso deixar esse livro no meu quarto... – respondeu ela

– Está bem. – falei

– Me acompanhe. – nós seguimos pelo corredor passamos em frente ao meu dormitório e fomos ao outro lado do Colégio

Ela abriu a porta e entrou, eu a segui, lá dentro estava uma Nórdica baixa de olhos azuis escuros e roxeados que tinha cabelos dourados, ela estava usando um vestido verde amarelado com joias penduradas ao pescoço e uma diadema de prata na cabeça, parecia ser bem rica, e era realmente baixa para uma nórdica.

– Ah! Tinnaff, essa é minha companheira de quarto, Bonery. – disse Katrin me apresentando a nórdica

– Oi, como Katrin já disse me chamo Bonery, que significa humildade... – disse ela, não sei se humildade era exatamente oque combinava com ela

– Olá, sou Tinnaff, significa honra! Falando em significa dos nomes, ainda não sei o seu Katrin – falei olhando para Katrin

– Ah! O meu significa pureza... – disse ela sorrindo

Olhei em volta do quarto, no lado da Bonery estava cheio de roupas jogadas sobre a cama algumas bolsas em cima da cômoda, o guarda roupa estava aberto e vazio, no lado de Katrin, haviam 3 livros em cima da cômoda, a cama estava arrumada tão bem que parecia que uma servente havia feito, e o guarda roupa também estava aberto tinham algumas flores e roupas lá dentro.

– Desculpe a bagunça, eu estava arrumando as coisas, se Katrin tivesse me avisado que íamos ter visitas! – disse Bonery olhando para Katrin com um sorriso irônico

Katrin riu.

– Desculpa, eu não sabia que íamos ter visita, eu só vou mostrar a ele oque é um horker, lá na praia congelada, dai vim guardar o livro... – disse ela colocando todos os livros que estavam em cima da cômoda dentro do guarda roupa

– Ah! Vocês vão para a praia congelada? Vão morrer de frio se forem desse jeito! – Bonery foi até sua cama e começou a revirar as suas roupas tirou de lá uma blusa roxa e jogou em Katrin pegou um pano que parecia bem grosso e entregou a mim

– Obrigado... – falei olhando para o pano, que parecia que não ia ter grande utilidade

– Volta cedo hein Katrin! Tenho muitas novidades para te contar! – disse Bonery animada – a sós! – completou ela colocando a mão tapando um dos lados da boca

Katrin riu.

– Eu voltarei. – disse ela saindo do quarto

– Tchau! – falei a Bonery e sai do quarto