Um detetive, o jogo e compras

Hiashi acordara mais cedo do que queria. Não tinha tido uma boa noite de sono por estar pensando muito no tal Pain que saíra da cadeia. Em sua cabeça, ele deveria mais do que apodrecer lá por ter matado sua esposa. Algo imperdoável. Mas, por conta disso, estava decidido do que ia fazer.

Enquanto Mitsuo dirigia e o levava para a empresa, o Hyuuga ficava relembrando todos os momentos que passara com a esposa: quando se conheceram, quando começaram a namorar, casamento e coisas assim.

O caminho estava bem tranquilo, afinal, não eram nem seis horas da manhã. O sol mal começara a nascer, na realidade.

Ficaram a frente de três lugares que trouxeram nostalgia à ele. O primeiro deles foi uma das praças de Konoha, onde era acostumado a levar Hinata quando a mesma era criança e quando Hanabi estava prestes a chegar ao mundo. O segundo era a ponte que passava por cima de um lago não muito grande. Lá era onde costumava ir com o irmão quando pequeno. Eles viviam disputando corrida para ver quem era o melhor enquanto os pais aproveitavam a paisagem. E o terceiro era a própria empresa, pois a esposa o acompanhava no mínimo três dias no trabalho para “colocar ordem naquele lugar de homens”, como a mesma dizia.

Adentrou o local, deu bom dia aos funcionários que encontrou pelo caminho enquanto dirigia-se ao seu escritório e pediu para que chamassem sua secretária Shizune, e, por fim, pegou o seu café matinal com duas colheres rasas de açúcar.

Destrancou a porta e ajeitou-se na sua cadeira antes de ligar àquele pelo qual pesquisara dias atrás. Era, basicamente, uma necessidade contratá-lo como detetive.

~

Hinata estava certa de uma coisa nessa manhã: ia comprar o presente do primo após a aula.

Enquanto esquentava o leite e fazia umas torradas, ficou imaginando onde encontraria o presente dele. Não era algo muito fácil de achar. Até que se lembrou que perto da KHS.

– Ohayo – Neji cumprimentou-a ao entrar na cozinha e sentar-se à mesa, fazendo-a livrar-se de seus pensamentos.

– Ohayo, Neji-san – respondeu.

Tomaram café em silêncio da mesma forma de como foram para a escola.

Ao chegarem ao portão de Konoha High School, se separaram, cada um indo para um canto. Neji juntou-se aos que jogavam basquete na quadra e Hinata à Tenten.

– Ohayo! – ela parecia animada.

– Ohayo – disse em resposta – Por que toda essa animação? – a Hyuuga tinha a sensação de que estava esquecendo alguma coisa.

– Hoje é o dia do jogo contra a Spence High School. Como eu não ficaria agitada para vê-los perderem? – ela fez uma cara de satisfação como se a vitória fosse certa.

Elas ficaram conversando até o sinal tocar.

~

Shikamaru achava engraçada a capacidade de todos os professores, quando cismavam em fazer trabalho em dupla, Temari ser escolhida pelos próprios como sua dupla. Aquilo enxia o saco! Principalmente porque ela o obrigava a fazer quando ele queria dormir (ele sempre queria dormir). E o pior: se ele não fizesse, com certeza ela bateria nele, e nada fraco. De certa forma, Shikamaru tinha medo dela.

Temari tinha praticamente a mesma altura dele, era loira, sempre esva com o cabelo preso e roupas exóticas que a deixavam muito bonita, mas é claro que ele não ligava para isso.

Ela era bem amigável, apesar de ser durona. Era inteligente e tinha o nível de estratégia considerável. Como ele sabia disso? Ele não sabia. Na realidade, estava com preguiça de lembrar-se.

– Acorda logo porque você tem que me ajudar – disse ela, fazendo-o “despertar-se” e esfregar o olho.

– Você é muito chata. – falou sem medir consequências. No mesmo momento ela o encarou como se pedisse para ele repetir a fala, o que só o fez deitar novamente.

– Chato é você. Levanta logo! – pronunciou autoritária.

– Eu quero dormir! – reclamou ele.

– Eu não te perguntei. Agora levanta – Shikamaru percebeu que estava a deixando muito irritada e isso não seria muito bom para ele. Então, obedeceu-a.

– Vamos começar. Quanto mais rápido terminarmos mais rápido você poderá dormir. – falou tentando chantageá-lo.

– Eu não quero começar a dormir depois, e sim agora – murmurou. Por sorte a loira não ouviu.

– Alunos vocês podem ir para o intervalo. Depois que voltarem podem continuar.

Shikamaru foi logo se levantando e seguindo para a porta com o pensamento “Vou poder dormir em paz”. Sonho dele.

– Na-na-ni-na-não. – Temari puxou sua orelha. – Eu não vou deixar você dormir. – “Ela por acaso leu meus pensamentos?” pensou. – Está na cara que você vai dormir. – “De novo?” – Eu não vou deixar.

– Mas por que não?

– Porque não. Você vai aprender a parar de ser preguiçoso.

– Mas eu não quero.

– Mas nada. Você não vai dormir e ponto. Já perdemos uma aula para fazer esse trabalho porque você queria dormir, então agora irei te castigar e você não vai dormir até o final do jogo de hoje.

Ela soltou a orelha dele e se juntou ao irmão Gaara. Shikamaru ficou se perguntando como ela pretendia o deixar acordado sem ficar perto dele.

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As meninas conversavam sobre assuntos banais.

– Hina – começou Ino – Nós vamos mesmo à sua casa hoje depois do jogo? – perguntou – Está confirmado? – A Hyuuga anuiu com a cabeça.

– Meu pai quer falar com a gente sobre a festa de aniversário do Neji. – disse depois de certificar-se de que o primo não estava escutando. Por sorte hoje era o dia do jogo e ele não estava prestando atenção em mais nada além do “treino” durante o lanche.

– Quando vai ser? – dessa vez é Sakura quem questiona.

– Acho que no sábado do dia 3 de julho, pois é no mesmo dia do aniversário dele. – ouve uma pausa na conversa – Vocês se importam em ir comprar o presente deles comigo depois do jogo? – Hinata não gostava de sair quando receberia visita em casa, pois sentia que é chato convidar alguém e depois ter algum compromisso por exemplo. Por isso perguntou, para ver se não incomodaria.

– Claro que não! – Tenten responde pelas três – Assim aproveitamos e compramos também. – todas concordaram instantaneamente a alternativa dada pela Mitsashi.

Assim, começaram a discutir opções de presentes para o primo da Hyuuga.

~

Naruto estava muito animado para o jogo. Era como se a vida dele dependesse daquilo. Nada mais passava por sua cabeça além do jogo contra os Spences.

Não só ele, como também todos do time, quem sabe até mais além. Porém, o loiro em especial, estava querendo ganhar mais deles do que tudo, principalmente porque Sasori, um cara que ficava dando em cima da Sakura, estudava lá e era metido a riquinho. Sim, ele odiava o ruivo Spence.

O sinal do final do intervalo já tinha batido e ele já estava na aula fazendo o trabalho que o professor tinha passado em dupla. Mas ele realmente não estava prestando atenção em outra coisa a não o como seria depois da aula.

Aquela era uma das primeiras vezes que a sua dupla era Sasuke. Mesmo que pudessem escolher o amigo, Sasuke nunca fazia com ele. O motivo? O moreno não tinha paciência nem para escutar e muito menos para tirar a dúvida de Naruto. Agora ele não tinha escolha.

Ambos, enquanto fazia o trabalho, estavam sempre a discutir, obviamente por coisas idiotas demais, como quem escreveria as respostas, e, dessa forma, todos estavam sempre a olhá-los com a cara de “Estão atrapalhando, bakas” e, o professor a chamar atenção a maior parte do tempo.

E assim seguiu-se até o final da quarta aula, quando houve a troca de professor e Anko entrou na sala.

“Ixi”, pensou Naruto ao lembrar-se de que hoje seria uma das provas avaliatórias da matéria. Apesar de ter estudado com Hinata por um bom tempo, ficou com medo de não conseguir. Inconscientemente virou para a Hyuuga que sentava algumas cadeiras à frente e uma fileira à direita.

Como se tivesse sentido o olhar do loiro, ela vira e fita Naruto, corando imediatamente, o que, novamente, não foi percebido pelo mesmo.

– O que eu faço? – sussurrou meio inserto de que a Hyuuga o ouviria dali. Por sorte, ela pareceu entender.

Mesmo com vergonha, Hinata sabia que deveria passar confiança ao amado, afinal ela sabia o quão nervoso ficava com provas, seja lá qual matéria fosse.

– Você vai conseguir – ela conseguiu murmurar lentamente para que o loiro conseguisse fazer leitura labial, caso não escutasse. Em seguida, sorriu amigavelmente.

Ele olhou aquilo e foi como se ele voltasse a ser autoconfiante num piscar de olhos. Ele confirmou com a cabeça, decidido de que se esforçaria.

Dessa forma, recebeu sua prova.

~

Sakura já havia terminado a prova. Ela estava olhando pela janela quando sentiu um papel acertar sua cabeça e cair à sua frente. Olhou para trás a fim de identificar quem o havia jogado.

Sasuke fez um sinal para que ela abrisse e lesse o que estivesse escrito. Como havia pessoas fazendo prova ainda, foi discreta ao o fazer.

“Rosada, você que me está enchendo o saco a semana inteira pra fazer essa merda de trabalho de História... Dá pra você ir hoje depois da comemoração de vitória do jogo lá pra casa?”

“Mas que rude” pensou ela enquanto lia. Pensou numa resposta e escreveu.

“Primeiro: não posso, vou na casa da Hina depois. Segundo: Vocês ainda não ganharam, então não cante vitória antes. E terceiro: NÃO ME CHAME DE ROSADA”. Jogou o papel de volta na mesa de Sasuke, que não demorou em responder.

“Depois vemos isso então... ROSADA”. “Mas que chato!” reclamou ela mentalmente antes de contar até um milhão para manter a calma.

Rasgou o papel e jogou no lixo.

“Kami-sama, por que me castigar com um Uchiha na minha vida?”, pensou enquanto voltava para sua cadeira.

~

Sasuke e o time estavam se preparando para o jogo. Gai-sensei dava as últimas instruções, que mais pareciam ser dirigidas para Lee do que para o resto do time, o que o irritava.

O moreno não era do tipo de pessoa paciente e muito menos calma. A única coisa que se igualava aos outros no momento era a vontade de fazer os Spences engolirem todas as tirações de sarro já feitas aos Konohas.

Logo já haviam entrado no ginásio. O árbitro dera as regras de sempre, como: sem empurrar, brigar e coisas que sempre aconteciam quando jogavam.

O jogo se inicia.

(...)

Sasuke estava com uma vontade imensa de rir da cara dos adversários. Eles estavam ganhando de cinco pontos à frente e faltavam apensa dois minutos para o juiz apitar de declarar vitória à KHS.

Mas é claro que ele não poderia fazer isso. Apesar de querer, sabia que qualquer bobeada a Spence podia marcar os pontos que lhe faltavam. Por sorte isso não aconteceu.

Todos já estavam a comemorar a vitória.

Sakura, Ino, Hinata, Tenten, Karin e companhia desceram para parabenizar os meninos.

Sasuke já estava enojado só de ver que a ruiva vinha em sua direção com aquela cara de vaca que só ela tinha.

– Parabéns, Sasuke-kun! – aquela voz ecoou em seu ouvido.

– Hum – como era de sua personalidade ser ignorante, foi a única coisa que pronunciou.

A partir desse momento, passou a tentar não ligar para presença daquela ao seu lado.

~

Estavam todos conversando animadamente sobre os melhores lances do jogo, incluindo dribles e sextas quando o ruivo da SHS apareceu para falar com Sakura.

– Parabéns pelo jogo – falou para ela, chamando sua atenção.

Sakura estava cansada de ter de respondê-lo, pois sabia que o garoto tinha segundas intenções. Mas mesmo assim foi amigável.

– Obrigada, no entanto não é a mim que você deve parabenizar, e sim ao time.

– Você faz isso por mim – e deu uma piscadela. – Acho que vou mudar de cidade e é possível que eu venha... – ele não pode terminar o raciocínio, pois logo Sasuke apareceu.

– Hum, ninguém liga. Agora cai fora – a garota achava incrível a capacidade dele de ser uma pessoa tão desagradável.

~

Naruto, ao ver Sasori se aproximar da amada, logo pôs-se a caminhar em sua direção para intervir aquela situação, porém, o Uchiha foi mais rápido. O Uzumaki ficou observando aquela cena curiosamente, mas, ao mesmo tempo, com raiva do melhor amigo que sabia da sua paixonite por Sakura.

A conversa deles foi rápida, pois o ruivo foi embora em poucos minutos e os dois Konohas vieram em direção à ele um ao lado do outro discutindo como sempre.

– Você é muito ignorante.

– E você chata.

– Metido.

– Irritante.

– Baka.

– Rosada.

– Não me chame assim!

– Me obrigue.

Naruto queria falar com Sakura, mas mediante a guerra dos dois, preferiu não intervir, pois quando o fazia era ele quem saia com um galo na cabeça.

Então deu as costas e foi procurar pela Hyuuga.

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Hinata estava com o primo e Kiba (que havia assistido ao jogo com ela).

– Vocês vão sair para comemorar? – questionou a mesma à Neji.

– Acho que sim. Talvez acabemos por ir no Ichiraku Ramen.

– Oh – pronunciou feliz por poder ir comprar o presente sem que ele desconfiasse.

– Quer ir com a gente Kiba? – convidou. Neji, assim como Hinata, tinha uma boa amizade com ele, apesar se não ser tão forte quanto a com prima.

– Se permitirem – brincou.

Eles começaram a conversar e nem perceberam Naruto se aproximar.

Como a Hyuuga escutava com atenção, assustou-se ao ser puxada pelo braço.

– Naruto-kun! – falou baixinho. Suas bochechas tomaram uma cor avermelhada. – O que foi?

– Hina-chan, semana que vem já vão começar as provas oficiais e tem muita coisa que eu ainda não entendi... queria saber se você pode ir lá em casa amanhã. – a garota virou um pimentão.

– Ahn... er... eu... – ela não sabia o que responder. Antes que conseguisse achar algo a dizer, o porteiro da escola chamou as amigas e ela, informando que Mitsuo havia chegado.

Ela, como precisava encontrar-se com as meninas, apenas pegou uma caneta na mochila.

– Eu não sei se vai dar – ela respondeu ainda tímida. – Mas me liga mais tarde que eu vou ter a resposta. – disse isso ao terminar de escrever seu número de telefone no braço de Naruto e ir atrás de Sakura, Ino e Tenten.

~

O Uzumaki demorou um tempo para processar o que a Hyuuga havia dito e marcado em seu braço direito.

Seu número de telefone. Era a última coisa que Naruto imaginara receber da garota, principalmente por estar a “forçando” a ajuda-lo a estudar em troca do silencio. Quem diria.

Ficou a olhando ir embora com uma cara de bobo que ninguém percebeu.

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Ino, Sakura, Tenten e Hinata estavam em uma loja de roupas. Todas já haviam comprado os presentes de Neji e agora estavam escolhendo a roupa que usariam no dia, exceto a Hyuuga, que só observava.

– Então, Hina – começou a Yamanaka – Por que comprou um livro para seu primo? Não sabia que ele gostava de ler.

– Ele gosta sim – disse entre risinhos – Apesar de ser bem restrito ao tipo de literatura que lhe agrada.

– Acho que o seu presente vai ser o segundo melhor que ele vai receber – continuou a loira.

– Por quê? – pergunta a Hyuuga.

– Porque o primeiro será o jogo que a Tenten comprou – provocou. Ino adorava o assunto meninos, tanto quando se tratava dela quanto quando se tratava de outras pessoas.

A Mitsashi apenas deu de ombros.

A loira começou a rir e foi acompanhada das amigas.

Voltaram a falar de coisas banais quando Hina escuta seu celular vibrar, informando que tinha uma nova mensagem de texto.

Seu celular nunca dava sinal de vida, apenas quando a operadora mandava aquelas promoções toscas, por isso, ela ignorou e voltou a participar da conversa.

~

Naruto era de natureza uma pessoa agitada. Mas quando alguém não o respondia ou atendia ligações ou qualquer outra coisa que o tivesse que fazer esperar, o deixava ansioso. E era o que estava acontecendo.

Apesar de fazer apenas 5 minutos e 37 segundos, segundo suas contas, que ele enviara a mensagem à Hinata perguntando se ela poderia estudar com ele no dia seguinte, ele já estava ansioso por uma resposta e não parava de verificar o celular.

– MENMA! – gritou sua mãe do quarto da caçula. – VEM ME AJUDAR AQUI!

– JÁ TO’ INDO, KAA-SAN! – e a menina entrou em casa correndo.

– NARUTO! – sua mãe o chamou dessa vez. – VAI ARRUMAR SEU QUARTO!

– DEPOIS EU VOU! – respondeu e olhou o celular novamente. Eram 18h00 em ponto e faziam 7 minutos depois de enviada a mensagem.

– VAI FICAR SEM RÁMEN! – gritou a ruiva. Aquele era o suborno perfeito para chantagear o menino e fazer ele se mover.

– JÁ VOU! – e saiu na disparada.

Claro que ele não percebeu, mas a mãe o ajudou muito, pois o fez esquecer que esperava a resposta da Hyuuga, pois acabou por deixar o celular na sala.

~

(...)

Hinata passara um dia muito bom com as amigas.

Ino, Tenten e Sakura, após as compras, passaram na casa dela para que o pai pudesse conversar com elas sobre a festa de Neji em duas semanas aproximadamente. Ele havia dado os detalhes de como seria, quando começaria e disse que era uma surpresa que Hizashi estava querendo fazer.

Depois que as mesmas foram embora, Hinata foi tomar um bom banho relaxante e colocar o seu pijama, pois iria assistir um filme com o primo e a irmã até a noite acabar.

Antes de convoca-los, foi checar a mensagem que recebera uma hora atrás. O número era desconhecido, mas mesmo assim leu.

“Eu me esqueci do Naruto!” pensou. Não lembrara que ele ficara de ligar e por isso não lhe veio a cabeça que poderia ser dele o SMS.

Desceu as escadas e foi até ao escritório do pai na casa.

– Otou-san? – chamou. Ele pediu para que ela adentrasse o cômodo. – Quero te fazer uma pergunta.

– Pode fazer – respondeu sério. Mas sério do que Hinata estava acostumada.

– Amanhã eu posso ir à casa de um amigo ajuda-lo a estudar para as provas? – foi bem delicada na fala.

Ele pausou um pouco, mas pareceu não ver problema nisso.

– Hai. – confirmou – Porém quero você em casa até as 17h00.

– Tudo bem – fez uma reverência ao pai e se retirou.

“Ainda bem” pensou, pois havia imaginado o quanto de perguntas o pai faria antes de conceder, se concedesse, aliás.

Antes que pudesse começar a ver o filme, subiu ao quarto para fazer a anotação diária à sua mãe.

~

Hiashi relaxou após a filha mais velha se retirar do escritório. Por sorte ela batia antes de entrar. Estava tendo uma conversa importante.

Ele pegou o telefone que a pouco havia deixado na mesa.

– Pronto. – disse como forma de informar que estava de volta.

– Então, eu não cobrarei nada para investigar pois já estamos juntos nos negócios, mas não posso prometer muitas informações, pois não se pode brincar com o Pain.

– Não tem importância, desde que fique de olho nele e possa me informar o que ele anda fazendo.

– Entendo perfeitamente sua posição, Hiashi. Espero poder ajudar.

– Já está ajudando, Itachi.

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“Mamãe,

O jogo de basquete hoje contra a Spence High School foi muito emocionante. Ver nossa escola intera torcendo pela vitória e comemorando junto é muito bom. A parte que me deixa mais contente é ver que Naruto ficou empolgado e feliz por ter ganhado.

Falando nele, amanhã irei ajudá-lo a estudar na casa dele, e isso me deixa nervosa, pois estarei em um ambiente que não estou acostumada a ir, sem conhecer ninguém além dele... Já fico envergonhada perto dele, agora sozinha com ele!? Ah meu Kami, que eu não desmaie.

Kaa-san, o aniversário do Neji está chegando e espero mesmo que a festa que o otou-san* e meu tio estão preparando agrade-o. Queria muito ver a nossa família unida como antes e essa festa seria um bom dia para isso acontecer... Quem sabe.

Mais uma coisa: Não sei o que está acontecendo, mas o papai estava mais sério que os outros dias. Espero que não seja nada grave na empresa... E se for, peço-lhe que o ajude como antes.

Beijos com muito amor e carinho.

Hinata Hyuuga.”