Antenor aproveitou-se da distração de Omar com o fogo e correu para pegar Agulha com a boca. Com a porta bloqueada pelas chamas incessantes, Antenor atravessou o manto escuro de fumaça e lançou-se para o andar superior.
No quarto, calmamente, deitou a rata no assoalho. Ele tocou-a com a pata e o focinho, miando baixinho. Era tarde: Agulha estava morta.
— Hora de ir. — disse Omar com certa sobranceria.
Antenor olhou-o fixamente, ronronando. E saltou uma última vez.
O homem, trôpego, tropeçou na garrafa de bebida. Acabou por atravessar a janela de vidro, que estilhaçou-se com o impacto, levando Omar de encontro ao chão.
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