Antenor lembrava-se de perceber a própria existência. Sentiu a vida percorrer seu corpo minúsculo e indefeso, o vento tocando pele desprotegida.

Ele viera ao mundo em um rancho, sob o manto escuro da noite.

Depois, veio percepção de outros. Ele tinha irmãos, afinal. Havia também uma gata maior que parecia cansada e, ainda assim, feliz. Dera a ela o papel de Mãe. Parecia condizente.

No entanto, as memórias seguintes eram um roçagar confuso em sua mente: peças de um quebra-cabeça incompleto em que havia Antenor, a Mãe e o irmãos.

E amou a sensação até não a sentir mais.