A segunda vida

Desta, Antenor recordava-se com mais clareza: havia muito barulho.

Buzinas e gritaria e multidões.

Quando sua humana decidira deixar o rancho, Antenor teve que deixar para trás seus irmãos. Ao menos ele tinha a Mãe consigo, fazendo companhia para ele naquele apartamento abafado, minúsculo.

Também fora quando ele viu Omar pela primeira vez. Era uma versão mais altiva e corada, cheia de juventude. Sabia-se duas coisas sobre o homem: ele tinha um filho e ambos não gostavam de gatos.

A Mãe o protegia com vigor do garotinho que o importunava com certo sestro. Para Omar, soou como um afronte.