— Não me mate. — Agulha pediu.

O felino a rodeava com passadas lentas e olhar predatório.

— Eu sei o que o seu dono fez. — ela resfolegou.

Antenor parou abruptamente, os pelos eriçados.

Diante à reação, Agulha encheu-se de estranha coragem e prosseguiu:

— Nós conhecemos as histórias de todos vocês. Omar não merece sua piedade.

— Quem você pensa que é? — Antenor ronronou, as garras à mostra.

— Nós, ratos, somos livres. Você pode dizer o mesmo, Antenor?

O felino saltou em sua direção.

Agulha, sem tempo para gatimonhas, lançou-se do prédio antes que as garras do felino se fincassem em seu corpo frágil.