Antenor estava perseguindo uma rata.

Veloz e ágil, pulava os obstáculos sem grandes dificuldades: as patas eram silenciosas contra o asfalto. O roedor, alguns passos à frente, não teria chance contra a monstruosidade.

Talvez ele fosse marau por conta daquilo, mas o gato amou cada segundo da perseguição: o vento contra o rosto, seus instintos rugindo sob a pele, as garras prontas para darem o bote.

A rata jogou-se para a esquerda com ímpeto, escalando uma parede rapidamente até o telhado.

Antenor sentiu-se ofendido por uma estratégia tão ridícula. Com apenas alguns pulos, colocou-se sobre as telhas da residência.