— Harry’s POV –
A Malu já estava bêbada antes que a festa estivesse na metade. Eu tentei tirar todos os copos de perto dela em vão. Parecia que ela tinha determinado que aquele dia seria o dia de encher a cara, e ela realmente foi fiel a isso. Vários homens tentaram aproveitar da situação dela e eu quase matei todos. Chegou uma hora que qualquer um que chegasse a 2 metros de distancia dela, eu já queria dar um soco na cara.
Não entendo o motivo que eu queria tanto proteger ela, mas eu queria. Eu a puxei para perto e peguei sua mão com força. Ela me encarou e deu de ombros me seguindo. Ela andava meio torto, e todos os seus sentidos já estavam zerados.
— Olha, CAIPIRINHA! – Ela berrou e tentou soltar minha mão e correr em direção ao garçom. – Me solta Harry! – Ela começou a balançar minha mão para cima e para baixo.
— Malu, nós vamos para o campus... AGORA! – Eu falei a puxando, mas ela me empurrou.
— Me deixa Harry! – Ela se desequilibrou e caiu de bunda no chão. Ela começou a rir loucamente. – Ai meu bumbum!
— Dai-me paciência! – Eu a levantei e ela sorriu com seu bafo de vodca.
— Obrigada, cavaleiro perdido! – Ela gargalhou com a própria piada e cambaleou um pouco. – Opa! Cuidado!
— Já chega. – Eu já estava cansado demais.
Não perdi tempo e joguei Malu por cima de meu ombro igual fiz na sala de ginástica. Disparei para fora daquela festa o mais rápido possível. Quando já estava no estacionamento foi que pensei... Ela estava com a Paola e a Tayná certo? Eu acabei de decidir que vou embora e vou leva-la. Preciso avisar alguém.
Com Malu em meu ombro, peguei meu celular no bolso, bem devagar. Cheguei no estacionamento e fui em direção ao meu carro, onde eu tinha vindo na festa com Niall e Zayn. Tirei Malu de meu ombro e a coloquei encostada no carro. Seus olhos estavam se fechando e seu corpo estava mole. Encostei um pouco do meu corpo no dela a fazendo ficar em pé e procurei Niall em meus contatos... Niall... Niall... Achei! Cliquei em tal e mandei uma mensagem bem simples:
“Malu bêbada. Homens querendo agarrar ela. Levei ela para o Campus. Volta com a Tayná e com a Paola. Procura o Zayn e trás ele junto.”
Quando terminei, coloquei meu celular novamente eu me bolso e abri a porta traseira do carro.
— ME SOLTA SEU BABACA! – Malu começou a me bater com as palmas da mão. – NÃO VOU DORMIR COM VOCÊ!
— Mas que droga Malu, dá pra você calar a porra da boca?! – Eu berrei com ela e sabe o que ela fez? ELA RIU!
— Ai, o maior galinha da faculdade se importando comigo, nossa, como eu sou sortuda! – Ela disse irônica e se jogou dentro do carro deitando no banco traseiro. – Vê se me trás mais uma caipirinha tá?
Até bêbada ela conseguia ser chata. Puta que pariu. Eu fechei a porta do carro com força. Pude escutar ela berrando um “EI!” mas a ignorei. Fui para o banco da frente e dei partida indo em direção a faculdade. Não era muito longe... Demorava uns 20 minutos de carro. Minha cabeça martelava o motivo pelo qual eu estava fazendo aquilo. Eu me importava com ela... Desde quando eu me importo com alguma garota?
Chegamos no campus e eu a levei até o quarto dela. Ela me xingou o caminho inteiro. Eu cheguei em sua porta. Cadê a porra da chave? Droga Harry! Seu burro! Você nem pensou se ela estava com a chave, legal, agora fodeu. Olhei para sua bunda... Mas calma, eu estava procurando um bolso ok?
— EI, VOCÊ ESTÁ OLHANDO PARA A MINHA BUNDA? – Ela perguntou.
— Não... Você está com a chave, Docinho? – Eu perguntei delicadamente.
— Mas é obvio que eu estou. – Ela puxou a chave de dentro do sutiã dela. Mas que menina mais estranha. – Shiu... Não conte pra ninguém tá? – Ela começou a gargalhar novamente e tentou enfiar a chave na fechadura. – Essa fechadura é um lixo, porque ela não fica parada?!
— Isso é porque você está bêbada, Malu. – Eu respondi dando uma risada. Não aguentava ela daquele jeito. Eu peguei a chave de sua mão e abri a porta.
— Mas olha que cara inteligente! – Ela levantou os braços como se estivesse comemorando.
Eu gargalhei na porta e entrei no quarto. A ultima vez que eu estive lá, Paola me jogou dentro da mala dela. Enfim, lembranças a parte, eu fechei a porta devagar e a tranquei. Quando me virei, Malu estava jogada na cama. Seu vestido estava quase na testa. Não me contive em olhar suas pernas. E que pernas. Elas eram grossas e longas. Droga, eu preciso abaixar isso! Fui até ela e abaixei seu vestido o arrumando.
— Harry, acho que você foi brasileiro em outra vida viu... – Ela abriu os olhos e me encarou.
— Ah é, por quê? – Eu perguntei sem dar muita importância. Eu sentei na cama e tirei um de seus saltos e depois o outro.
— Você dançou muito bem! – Ela respondeu animada e bateu seus pés. – Massagem, já! – Ela disse e deitou bruscamente na cama.
— Você quer massagem no pé? – EU perguntei confuso.
— Claro! – Ela disse rindo. – Ou... Você pode... Massagear meus lábios com os seus... – Ela falou baixo e eu dei um pulo. Calma, foi isso que eu escutei?
— Malu, você está bêbada. – Eu respondi revirando os olhos.
— Harry, eu PEDI PRA VOCÊ ME BEIJAR! – Ela protestou e bateu as mãos na cama irritada. – Me beija!
— Não vou te beijar. – Eu respondi e me levantei. Ela estava bêbada, por mais que eu quisesse beija-la, eu não queria DAQUELE jeito... Não sei o porque... Na realidade, se fosse com outra, eu provavelmente aproveitaria isso, mas como é ela...
— Ah, muito obrigada viu! – Ela disse irritada se levantando. – Estou me sentindo ÓTIMA AGORA! – Ela berrou e começou a bater os pés no chão indo de um lado para o outro. – Um brinde a Malu Rampazzo a única menina na faculdade que o GALINHA do Harry Styles não quer beijar! – Opa... oi?
— Malu, não é isso, eu quero te beijar, mas não assim! – Eu respondi, ainda não acreditando que EU, EU! Eu ia ter que me explicar por não beijar alguém.
— Vê se cala a sua... – Ela parou de falar e arregalou os olhos. Sua mão foi até a boca e depois a barriga.
— Malu... – Eu sabia o que ia acontecer em seguida... Ela estava enjoada de tanta bebida que ela tinha ingerido. – Vai pro banheiro, AGORA! – Ela correu para o banheiro e eu a segui.
Quando eu estava na porta de tal, ela já estava na frente da privada começando a se curvar. Normalmente eu teria rido e ignorado a menina, mas eu fui até ela em disparada. Ela escorregou e sentou no chão. Quando sua mão saiu da boca, meu primeiro reflexo foi puxar todo seu cabelo para trás e o segurar bem alto para que nada o atingisse.
Malu se curvou e colocou a cabeça em direção a privada. E foi. Lá se foram os quase vinte copos que ela tinha bebido a noite toda. Ela vomitou tudo e um pouco mais. Eu segurei o tempo todo seu cabelo e passei a mão em suas costas dando meu apoio moral... Eu queria poder fazer mais alguma coisa, mas seria em vão. Quando finalmente ela parou de vomitar todo o álcool que tinha em seu corpo, ela se sentou ao lado da privada exausta. Dei descarga e peguei um prendedor de cabelo que tinha em cima da pia.
— Ótimo, eu vomitei. – Malu disse quase fechando seus olhos. – Eu quero dormir!
— Não, você vai tomar um banho! – Eu respondi enquanto prendia seu cabelo em um coque alto. Ok ficou um lixo, sobraram fios e blabla, mas eu tenho o direito de não saber fazer isso.
— Cala a boca, Harry! Eu quero dormir e vou fazer isso agora! – Ela tentou se levantar. Seu corpo estava mole demais e ela caiu. – Droga.
— Eu vou te dar um banho... Juro que não olho. – Eu a encarei esperando sua reação e ela não fez nada. – Algum problema?
— Tanto faz. – Ela respondeu levantando os braços. Ela queria que eu tirasse seu vestido.
Fui até a banheira que estava ao nosso lado e abri a torneira de água gelada. Ela precisava daquilo para conseguir ficar melhor. Enquanto a banheira enchia, eu prometi a mim mesmo que não iria olhá-la e nem tocá-la. E eu iria cumprir minha promessa. Eu fui até ela, que continuava sentada, e comecei a levantá-la um pouco. A coloquei encostada na parede e juntei meu corpo ao dela para que ela não escorregasse.
Puxei seu vestido começando das pernas, passando por sua cintura fina e o tirando pela cabeça. Joguei o vestido no chão e a encarei um pouco. Respira. Nada de espiar. Ela estava com os olhos meio fechados e respirava regularmente, ignorando qualquer coisa que eu fizesse. Me abaixei um pouco até que minha mão encontrasse sua calcinha. Passei meus dedos pela lateral da mesma e comecei a descê-la rapidamente. Quando a calcinha chegou em seus joelhos, Malu mexeu suas pernas facilitando a descida e tirou-a sem que eu tivesse que terminar o serviço. Seus lábios formaram um sorriso de gratidão e eu respondi fazendo o mesmo. Puxei seu corpo para perto do meu fazendo com que ela caísse em cima de mim. Não pude impedir minha cabeça de ter imaginações com aquele momento, meu corpo junto ao dela. Percorri minhas mãos para suas costas e encontrei o fecho de seu sutiã. Abri o mesmo e passei-o pelos seus braços libertando seus seios.
Corri meus olhos rapidamente para o local onde o sutiã escondia a alguns minutos atrás e me perdi por uns segundos. Meu corpo pedia para que eu esquecesse aquela promessa idiota, mas eu resisti. Olhei para a banheira que estava cheia e fechei a torneira. Malu continuava caída em mim, então aproveitei e a coloquei na banheira. Primeiro a coloquei de pé. Admirei seu corpo inteiro. Seios firmes, cintura fina, barriga reta, pernas grossas e longas e... Uma tatuagem... Mas que porra é essa? Eu comecei a rir sozinho quando a vi. Na altura de sua bacia só que um pouco mais para baixo, quase chegando em sua virilha, havia o desenho de um golfinho. Prensei meus lábios tentando não rir e a coloquei na banheira. Ela se deitou e fechou os olhos. Peguei uma toalha que havia pelo banheiro e joguei em cima da água fazendo com que seu corpo fosse escondido.
— Você está melhor? – Eu perguntei.
— Sim, Obrigada – Ela respondeu devagar. – Mas você olhou.
— Desculpa, não resisti. – respondi sinceramente. – Mas eu coloquei essa toalha para...
— Não tem problema, Harry. Pode apostar que você me ver nua é o menor dos meus problemas. – Ela já estava começando a recuperar os sentidos.
— Desculpe por rir da sua tatuagem.
— Sem problemas. Essa porcaria é ridícula. – Ela abriu os olhos e me olhou. – Espero que eu não tenha feito muita merda.
— Para a sua sorte... Não fez tanta. – Eu fui obrigada a dar uma risada.
— Que bom. – Ela disse por fim.
Ficamos em silêncio por mais ou menos 10 minutos até que ela se levantou do nada sem pegar a toalha. Lá estava Malu, nua e molhada em minha frente. Não bastava NUA tinha que estar MOLHADA? Cadê a justiça produção?
— Para de me olhar e pega uma toalha pra mim, por favor. – Ela tinha uma de suas mãos na cabeça.
Eu fiz o que ela pediu. Pequei uma toalha e dei para ela. Ela saiu da banheira e começou a se secar em minha frente. Seu corpo continuava mole, então não conseguiu fazer isso muito bem. Fui até ela e peguei a toalha de sua mão. Ela me encarou um pouco e depois a soltou dando um sorriso. Sequei suas costas, cintura e fui até a linha da bunda e voltei. Ela se virou de frente para mim e eu a enrolei na toalha.
— Vamos para o quarto. – Eu a peguei no colo, fazendo-a deitar em meus braços e se segurar em meu pescoço.
— Eu consigo andar. – Ela disse em meu ouvido apertando de leve minha nuca.
— Não, você não consegue. – Eu respondi e ela deu de ombros, relaxando. Eu a coloquei na cama. – Aquele ali. – Ela disse apontando para um guarda-roupa.
— Gaveta?
— Primeira. Pega qualquer calcinha. Durmo sem sutiã. O pijama está a direita. – Ela disparou as informações e se deitou.
— Quer que eu coloque ou você... – Eu perguntei e ela fez sinal de que não estava se importando. – Preciso que você se levante.
— Deixa que eu ponho a calcinha. – Ela se levantou e colocou a calcinha ainda com a toalha.
— Agora o pijama. – Eu tirei sua toalha cuidadosamente. Ela me olhou esperando que eu ficasse olhando seu corpo e eu resisti. – Levante os braços. – Ela o fez com um sorriso de bêbada no rosto. Coloquei sua blusa por cima de seus seios, fiquei triste por ter que escondê-los com aquela blusa fina.
— Shorts? – Ela perguntou levantando uma de suas pernas e depois a outra para que eu o colocasse.
Quando acabei, Malu abriu a boca demonstrando que estava exausta. Também né, depois de dançar e se embebedar, o mínimo que ela tinha que estar era cansada. Ela passou por mim, abriu outra parte do guarda-roupa e pegou um travesseiro. Jogou-o na cama e depois puxou o cobertor grosso e peludo que havia por cima.
— Boa noite. – Ela disse ainda tonta enquanto se jogava na cama e se cobria.
— Boa noite, Malu. Vê se toma cuidado tá? – Eu respondi enquanto ia em direção a porta. Já havia feito meu trabalho, agora era hora de ir dormir e relaxar. – Me liga amanhã pra dizer se você está bem... – Eu abri a porta e comecei a sair.
— EI, AONDE CÊ VAI? – Malu levantou rapidamente a cabeça que estava deitada no travesseiro.
— Pro meu quarto? – Eu respondi meio que perguntando. Não era obvio?
— Você vai me deixar aqui sozinha? – Seus olhos estavam arregalados em alerta.
— Ué... – Eu olhei para o corredor vazio e voltei a olhá-la. – Você quer que eu chame alguém?
— Fica aqui. – Ela respondeu rapidamente como uma ordem.
— O que?! – Eu quase berrei.
— Dorme aqui.
— Você quer que eu durma aqui... Com você?
— É. – Ela abriu um sorriso fraco. – Não quero dormir sozinha agora. A Paola e a Tayná vão demorar muito pra chegar, se eu passar mal de novo, não vai ter ninguém aqui, e pelo menos você vai estar aqui pra me ajudar, caso aconteça.
— Malu, eu não acho que isso vai pegar bem... – Eu já podia imaginar o que iam falar no dia seguinte.
— Harry... Dorme aqui, por favor.
— Tá bom. – Eu bufei como se eu não quisesse que aquilo acontecesse.
— Ai, Obrigada! – Ela deu um sorriso e pulou para o canto da cama puxando o cobertor.
— Pera, eu vou dormir do seu lado? - Eu já estava dentro do quarto novamente tirando os sapatos.
— Vêm Harry! – Ela estava meio fora de si, e eu sabia disso. Seus olhos não estavam totalmente atentos, na realidade, estavam totalmente sonolentos e sem foco.
Eu me deitei ao lado dela e ela mesma me cobriu. Sua cabeça voltou a ocupar o travesseiro ao meu lado e eu fiz o mesmo. Meu corpo estava em alerta e eu estava paralisado e completamente reto ao lado dela. Não mexi nenhum músculo. Ela estava bêbada e eu não queria que ela acordasse achando que havia acontecido alguma coisa. Ou queria? Harry galinha da faculdade tendo que mudar os métodos para conquistar uma garota... Essa é nova.
Malu se esticou para perto de mim, uma de suas pernas se dirigiu para cima das minhas enquanto seu rosto foi até meu peito e sua mão até meu abdômen. Relaxei um pouco quando sua respiração ficou uniforme e ela caiu no sono. Me aconcheguei um pouco na cama e deixei que o sono tomasse conta de mim.
— Boa dia, pombinhos! – Eu abri meus olhos e dei de cara com Paola e Tayná sorrindo para nós.