Diferentes mundos

The Tribrid and The Phoenix


P.O.V. Landon.

É estranho ter alguém que sabe basicamente tudo sobre mim, coisas que nem eu sabia. E ela é uma pessoa que eu não conheço. Bem, que eu não lembro de ter conhecido.

Mas, quanto mais tempo passo com ela, mais eu gosto. Mesmo sabendo que ela matou meu pai. Que era um Golem comedor de seres sobrenaturais.

—E você fez aquilo, por mim?

—Sim. Porque não faria? Você é um cara incrível Landon Kirby. Quer saber o que mais eu fiz por você?

—Quero.

Ela tocou a minha nuca e eu vi.

—Você pode simplesmente invadir e cavar as minhas memórias assim?

—Não é sua memória. É... minha.

Eu vi ela detonando o carro do Connor com sua magia.

—Fez aquilo por mim?

—Eles mereceram.

P.O.V. Renesmee.

Eu tento avisar, mas ela não me escuta. Acha que é tudo intriga da oposição. Espero mesmo que eu esteja errada. Mas, eu sei que mulher não endireita homem não. Sei que o Demitre tá armando alguma, ele quer alguma coisa. Aro quer alguma coisa e essa gente é tudo egoísta. Só pensa em si, ta nem ai para os outros. Espero que Demitre tenha um pingo de decência, que eu esteja errada sobre ele estar só usando a Bru pra conseguir o que quer.

—No que tá pensando Cullen?

—To pensando no que eu vou fazer com o Demitre se eu descobrir que ele tá armando pra cima da Brunessa. Vou arrancar o coro daquele lá, vou desenvolver uma maldição que vai deixar o outro lado, a maldição do lobisomem e o feitiço da âncora tudo no chinelo. E vou tacar todinha encima de vocês.

—Vocês?

Ela deu um sorriso sacana.

—Se acha que eu não sei que vocês são todos uma coisa só? Admito, seria legal o Demitre aprender alguma coisa, tomar jeito. Perceber que aqui se faz aqui se paga. Começar a pensar nas pessoas como pessoas, não como alimento ou um troféu para ser colecionado. Mas, infelizmente pau que nasce torto...

—Porque nos despreza tanto?

—Realmente não sabe a resposta? Minha mãe me contou o seu lema. A coisa que vocês faziam questão de esfregar na cara da minha família toda vez que se encontravam. Os Volturi nunca dão segunda chance. E eu tava lá naquele dia. O que aconteceu lá, não foi impor a lei. Até porque, foi um mau entendido. Mesmo depois que a minha tia admitiu que tava errada, que foi um engano, mesmo depois que todo mundo viu que eu não era criança imortal coisa nenhuma. Caius ainda matou ela. E é por isso, que eu to com o Caius aqui ó.

Disse colocando a mão próxima da garganta.

—Atravessado. Eu to com todos vocês de atravessado. Esse papo de impor a lei e proteger o segredo, a raça vampira. Eu não engulo essa não meu filho. História pra boi dormir.

P.O.V. Demitre.

Encontrei-a no jardim. Desenhando.

—Você realmente gosta deste lugar, não é?

—É.

—Me conte mais, sobre você.

—Sob uma condição.

—Qual seria?

—Que me conte mais sobre você também.

—Feito.

Ela respirou fundo e começou a contar.

—Bem, meu nome é Brunessa Bennett, sou filha da Bonnie Bennett. Nós somos as duas bruxas. Minhas ancestrais eram meio piradas. Qetsiyah criou os primeiros imortais do mundo, ela era uma tola apaixonada que foi traída pelo canalha. Ele a largou no altar e deu sua imortalidade para outra garota. Mas, ela... se vingou dele. Criou a cura para a imortalidade esperando que ele tomasse para ficar com ela, mas ele não quis. Então, ela trancou-o numa tumba no meio do nada com a cura esperando que ele ia beber e morrer porque ela tinha criado um limbo sobrenatural pra prender a alma dele. Isso sem contar a ordem de caçadores, os sete. Ela os criou para ter certeza de que Silas ia morrer como ela queria. Ela os criou para matar vampiros, para matar o Silas.

—Como qualquer mulher sã, racional e bem ajustada.

—Ela era doida sim, mas o que ele fez com ela... não foi certo. Ele a iludiu, disse que a amava, a pediu em casamento e dai, o cretino pegou o que queria e a abandonou. Ayanna Bennett, minha outra ancestral, ela era amiga da Esther. A vó da Hope Mikaelson. Esther queria que a Ayanna lançasse o feitiço que criou os primeiros vampiros, mas ela se recusou. Disse que era errado que era o princípio duma praga e de uma certa forma estava certa. Ninguém deveria ter tanto poder. E minha última ancestral legendária Emily Bennett, ela era criada da Katherine Pierce ou Katerina Petrova. Usou Jonathan Gilbert e suas invenções para dar um fim na praga de vampiros que um dia houve nesta cidade. Ela enfeitiçou todas as invenções de Jonathan para fazê-las funcionar sem que ele soubesse. O babaca não fez nada e ainda levou o crédito.

—E quanto ao seu pai?

—Não sei. Nunca conheci o meu pai. Sei que ele é brasileiro, naturalizado americano e que ele e minha mãe se conheceram na Califórnia. Por causa da mãe dele eu tenho esse nome. Brunessa. É o nome da minha vó. Mistura de Bruna com Vanessa.

P.O.V. Demitre.

Tive que contar a ela a minha história ou ao menos o que eu lembrava.

—Eu sou grego, nasci na Grécia. E lá Amun, o líder do Clã Egípcio me fez vampiro. Logo, descobri que eu era um rastreador, aprimorei minhas habilidades e acabei me juntando aos Volturi.

—Por livre e espontânea vontade?

—Por livre e espontânea vontade.

—Bem, talvez não sejam tão maus assim.

—E quanto ao tal Niltinho?

—Que que tem? Ele é meu amigo. Nos conhecemos desde que éramos crianças, fomos vizinhos a vida toda. O Niltinho também tem um pai brasileiro, bom uma mãe. A tia Gracinha é uma ótima pessoa.

—Porque você se dirige a todos com o nome no diminutivo?

—Hábito, eu acho. Do mesmo jeito que eu chamo todo mundo de menino ou de menina. Nós crescemos juntos, Niltinho e eu. A tia Gracinha foi minha babá.