Diferentes mas iguais numa nova geração
A oportunidade da minha vida
POV Josh
Acordo, é dia de voltar à escola, eu passei o meu fim-de-semana todo, repito TODO a desenhar e a pintar para decorar uns eventos da festa que os meus pais vão dar hoje, digamos que é bastante artística, como tal, eu e o meu pai estivemos a pintar e a desenhar, enquanto a Riley, a Bella e a minha mãe pousavam, e o Connor tirava fotografias de paisagens para pintarmos.
A festa é hoje à noite, todos vamos comparecer, acontece que são gente de galerias, e os meus pais podem ficar com a obra, por isso convém causarem boa impressão.
Levanto-me, visto-me e desço ao mesmo tempo da Riley, os nossos irmãos já saíram, mas como nos atrasamos tomamos o pequeno-almoço à perna e fomos a correr porque os nossos pais não nos podiam levar devido à organização toda.
Assim que chegamos toca, o que foi uma sorte, vamos logo para a aula de espanhol, o que é significado de tio Ryan.
—Hola chicos! - cumprimenta a turma toda.
—Buenos dias! - respondemos.
—Hoy vamos a intentar mejorar la gramática porque el exámen está casi llegando! - é verdade, o teste está quase a chegar e eu ainda nem estudei! Fizemos uns quantos exercícios, revimos uns quantos conteúdos e foi basicamente isto a nossa aula. Mal a campainha toca vou ter com o amor da minha vida, a perfeição!
—Olá amor da minha vida! - dou-lhe um beijo e ela retribui.
—Olá amor da minha vida! - dá-me outro e eu não posso pedir mais. Mal olhamos para o lado vemos uma cena um tanto quanto interessante, a Riley e o Cody a comerem-se.
—Willow, diz-me que isto é normal! - ficamos os dois a olhar para eles como parvos.
—Não, mas eles são? - ela tem razão. - Olha ouvi dizer que hoje vais a uma festa.
—Pois vou, vens comigo? - pergunto.
—Tenho que falar com os meus pais, mas em princípio não deve haver problema! Espera que eu vou ligar-lhe! - ela liga-lhe eu não percebo nada, mas entretanto ela desliga a chamada. - Por ela tudo bem!
—Ainda bem que assim é, ficar a fazer de vela não está de todo nos meus planos! - ela ri e eu dou-lhe mais uns beijinhos, ela dá-me outros quantos a mim e passamos o intervalo todo assim.
Vamos para a aula da Enobaria, parece que toda a gente hoje está empenhada em fazer revisões, tantos testes...
Definitivamente as aulas acabam, o Haymitch não pode vir dar a aula e por isso podemos ir para casa. Eu tenho que estudar e muito, ultimamente tenho andado mais desfocado e os meus estudos andam muito para trás.
A Riley fica a estudar comigo, o que é estranho e raríssimo de ver, a Riley não estuda nunca, a Riley simplesmente sabe!
A seguir ao lanche vamos começar a arranjar-nos, eu ainda tenho que ir buscar a Willow, por isso tenho mesmo que me despachar. Tomo banho, visto o fato, calço os sapatos e aleluia, estou pronto! Não, ainda falta o gel para o penteado, eu detesto ficar todo lambidinho, mas os meus pais acham que devo ir assim e eu acabo por lhes fazer a vontade.
Eu e o Connor ainda ficamos uma eternidade à espera que suas excelências Riley e Bella ficassem prontas! Mas vá lá, porque quando elas desceram estavam lindas, já são, mas pronto, vocês perceberam. A Bella mais uma vez foi com o seu cor de rosa, mas num vestido longo, toda a gente leva vestidos longos nestas festas, nunca vou perceber. A Riley surpreendeu-me e deu-me uma vontade de rir que nem dá para imaginar, mas ela volta-se para mim e para o Connor e limita-se a ser rabugenta.
—NÃO! Ai de vocês que se riam, deixo-vos inférteis para o resto da vida! - nós levantamos as mãos em busca de nos redermos e vamos para o carro do motorista. Passamos na casa da minha vida, e a minha vida aparece, a minha Willow estava simplesmente espantosa.
Vamos em direção ao edifício e deixam-nos entrar de imediato, somos conhecidos por aqui, basta aparecermos que já toda a gente nos conhece, além de andamos sempre com seguranças atrás, constantemente porque em crianças eu e a Riley fomos raptados, até dá calafrios só de dizer isto, ainda bem que eu não me lembro!
Logo a seguir aparecem os clientes em questão, são italianos, cumprimentamo-nos a todos, eles vêem o ambiente e perguntam.
—Quem fez estas obras de arte? - eu levanto a mão.
—Eu e o meu pai! - respondo.
—Mais ele que eu - corrige o meu pai.
—Eu tenho uma proposta para ti! - olho para o meu pai e fico à espera. - Vem estudar artes plásticas numa academia dirigida por mim.
—Isso é ótimo! - reajo logo.
—Precisamos da tua autorização para viajar, a academia é em Itália - conta e cai-se-me tudo.
—Eu... vou pensar nisso... - digo ele concorda, agora a questão é essa, eu não sei se posso ou sequer se devo ir para Itália, eu estou com a Willow, estamos bem, tenho a minha irmã e sinceramente eu não sei que fazer.
Vou ter com a Willow que está com a Riley e resolvo não contar nada, abraço-a fico um pouco com e mais tarde o Cody arrasta-me da beira delas.
—Que se passa contigo? Estás estranho! - confronta-me.
—Não se passa nada, deves ser impressão tua! - recuso-me a contar-lhe no meio daquela festa toda.
—Passa-se pois e eu quero saber o que é! - insiste e eu bufo. - Eu conheço-te desde sempre, somos quase irmãos, conta-me o que se passa.
—Fizeram-me um convite para ir estudar artes plásticas numa academia conceituada, mas tem um problema, é em Itália... - revelo e ele bufa.
—E agora? Vais aceitar? - pergunta-me.
—Não sei, eu ainda nem pensei nisso, eu não sei se devia, eu tenho tudo aqui, tenho uma vida e de repente mudar-me para a Itália sem mais nem menos parece simplesmente de loucos! - eu estou mesmo com um nó no cérebro.
Voltamos para a beira delas com umas bebidas, a proposta não me saiu da cabeça a noite toda e parece que a Riley sabia que se passava alguma coisa. Assim que a festa acaba vou levar a Willow, ainda não lhe vou falar de nada, pelo menos não agora. Quando chegamos a casa a Riley descalça os sapatos e arrasta-me escada a cima, entra no quarto e fecha a porta.
—Como assim vais para Itália? - ela estava furiosa.
—Eu não sei se vou, fizeram-me a proposta mas eu não tenho nenhuma decisão tomada, eu não sei mesmo que fazer, eu não quero deixar ninguém, mas fazer artes era o máximo! - conto e ela senta-se.
—Eu vou apoiar-te independentemente da decisão que tomes, mas já disseste à Willow? - só de pensar que tenho que lhe contar...
—Não, eu quero pensar um pouco e contar tudo de uma vez, percebes? - ela assente e dá-me um abraço. Honestamente, eu já nem sei para que lado me devo virar!
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