Diabolick Lovers - All New All Diferent

Capítulo 1 - Welcome to the rest of your life


*Pov Miranda*

— Então, nós já estamos chegando? - Perguntei me deitando no banco traseiro do carro. Já estava me revirando assim a uns dez minutos, tentando achar uma posição confortável. Pra variar o motorista continuou calado como estava a viagem toda.

Faz mais ou menos uma semana que minha avó me enviou para esse internato, disse que era melhor assim, pois segundo ela, a mesma não conseguiria cuidar de mim sozinha.

Nem sei para aonde estou indo, espero que seja legal.

— Poder olhar a esquerda senhorita, sua nova casa. – Finalmente ele abriu a boca.

Olhei a minha esquerda e consegui ver uma casa enorme, literalmente uma mansão. Não parecia uma escola logo de cara, mas deixei a opinião em aberto.

Passamos por um enorme portão com um brasão em cima do mesmo. Era uma lua crescente com um cajado atravessado. Ele parou perto da entrada e desceu minhas malas enquanto eu encarava a mansão.

— Está entregue senhorita é só bater. – Dito isso, ele entrou no carro e sumiu.

Fui até a porta e usei o batente três vezes. Uma senhora com roupa de empregada abriu a porta.

— Olá, a senhorita deve Miranda...

— Jagd! Miranda Jagd, e a senhora é?

— Sou apenas a copeira. Pode entrar só me siga, o mestre avisou que você chegaria. Pode deixar a bagagem aí que alguém virá pegar.

— Certo – Deixei minhas malas na porta e a segui.–Quantas pessoas moram aqui?

— Além de nós empregados, o mestre e seus cinco irmãos.

— Mas quantos anos tem esse mestre?

— Ele deve ser um pouco mais velho que a senhorita. – Ela me falou sorrindo e continuou até uma porta prateada que estava entreaberta e fez um sinal para que eu entrasse.

Quando entrei vi uma mesa redonda e em volta dela haviam seis pessoas sentadas e uma cadeira vazia na ponta. Antes que eu pudesse falar alguma coisa um cara loiro fez um sinal de silêncio para mim e apontou para a cadeira vazia, me sentei.

— Boa noite senhorita Jagd, estávamos esperando você. –Um rapaz alto sentado na outra ponta dirigiu a palavra a mim. – A viagem foi agradável?

— Sim... Foi bem tranquila. Me desculpa, mas você é?

— A sim, desculpe-me, onde estão meus modos. – Ele ficou de pé e fez uma reverência aonde o braço direito cruzando o peito e o esquerdo esticado parra cima. –Eu sou Dorian Campione, os empregados me chamam de mestre, meus irmãos apenas de Dorian. – Ele sinalizou com as mãos e todos os outros ficaram em pé. –Apresenten-se... com classe!

— Muito prazer, sou Alana Campione.– Uma morena magra e alta que aparentava ser inteligente disse sem fazer reverência alguma.

— Sawyer Campione, prazer. – Um rapaz baixo que parecia bem alheio a tudo.

— Pietro Campione. – O loiro que me mandou ficar quieta. Como ele estava mais próximo notei a coloração rosa bem claro de seus olhos, nunca vi algo parecido. – Prazer

— É um prazer conhecê-la, sou Sara Campione. – Uma garota linda, porém parecia meio retraída.

— Olá, sou Robert Campione. – Um rapaz de óculos que tinha um ar inteligente ao falar.

Então Dorian, o primeiro que se apresentou e provavelmente o irmão mais velho, fez um gesto com a mão para que eu me levantasse.

— Muito prazer, sou Miranda Jagd. – Percebi o menor soltar uma risada disfarçada.

— Há, que nome engraçado...

— Sawyer! – Robert repreendeu o rapaz.

— Sem problemas, já estou acostumada. – Falei soltando um leve sorriso.

— Você já conheceu nossa copeira. – Dorian falou. – Fora ela a mais duas empregadas, um mordomo e o nosso motorista que você já conheceu. Um quarto foi preparado para você no segundo andar e daqui a pouco um deles vai fazer um tour com você pela casa. Alguma pergunta?

— É quanto as aulas, professores e etc?

Nessa hora todos se olharam muito confusos como se não entendessem o que eu tinha acabado de perguntar.

— O que você acha que é esse lugar? – Alana perguntou.

— Isso é um internato não?

Eles se entreolharam novamente e começaram a rir, não entendi o porque dos risos. Pietro se levantou.

— Foi sua avó que te mandou pra cá. Dizendo que era um internato. Logo após a conveniente morte do seu avô. Suspeito ela se livrar de você tão rápido não?

Depois que ele disse isso eu fiquei confusa, mas Não eu sei de sentir um pouco de raiva e ficar um pouco triste por causa do meu avô é também minha expressão não estava ajudando a disfarçar.

— Primeiro, isso não é um internato segundo, sua avó mentiu para você terceiro, você não vai mais sair daqui quarto, a partir de agora você é nossa presa quinto, tecnicamente você não existe mais no mundo fora dessa mansão. Aproveite sua estadia. – O loiro comentou sorrindo ironicamente enumerando cada fala com os dedos.

— Isso só pode ser uma piada, eu vou ligar para minha avó. – Procurei no meu bolso, mas não achei meu celular.

— Não está com você. – Robert falou.

— E onde está? – Questionei já com raiva.

— Eu joguei no fundo do rio, você até pode tentar pegar, mas se tentar possivelmente morrerá afogado e se conseguir pegá-lo de volta ele já não vai funcionar mais. – Robert deu de ombro com o próprio comentário.

— Isso é roubo e destruição de propriedade alheia. – Falei indignada.

Um barulho alto ecoou sobre o salão, notei que Dorian havia batido ambas as mãos na mesa e se levantado.

— Você agora nos pertence! Tudo que é seu, também é nosso! – Falou pausadamente. – Você não tem escolha! É como já foi dito pelo Pietro... Você é nossa presa.

— Não estou entendendo essa brincadeira de mal gosto, mas podem parar já! – Ordenei.

— Ó mil desculpas... Vamos explicar melhor, para o sei cérebro lento processar a informação. – Dito isso Sara bateu palmas e uma empregada entrou com uma bandeja, colocou um chá na minha frente, e na frente de cada um deles uma taça de diferentes cores uma para cada um. – Beba seu chá!

Eu não queria beber aquele chá, mas bebi a contra gosto. Todos eles estava parados olhando fixamente para mim então, Dorian tomou em sua mão a taça vermelha que estava a sua frente e começou a beber, só parou depois que tinha terminado de beber tudo. Quando tirou a taça de sua boca pude ver um líquido vermelho e grosso escorrendo pelo seu queixo. Não pude conter meu olhar de desespero, ele pegou um pano passou no queixo e nos lábios e jogou o pano que parou a minha frente. Quando toquei aquele lenço, percebi que o líquido que ele havia tomado era sangue. Olhei assustada de volta para o lugar que ele deveria estar, mas ele havia sumido. Quando dei por mim ele já estava ao meu lado com um olhar que me deixou estupefata e aterrorizada, ele então me segurou pelos cabelos se aproximou do meu ouvido e disse.

— Acho que agora você já entendeu, chega de perguntas idiotas e espero que você nem cogite a possibilidade de fugir, estamos entendidos? – O silêncio continuou por mais um tempo e todos estavam me encarando enquanto Dorian continuava ao meu lado me deixando ainda mais assustada. – ESTAMOS ENTENDIDOS? – Ele gritou com força em meu ouvido.

— Sim...

— Sim o que?

Me recordei que ele tinha um jeito diferente de falar e era muito cordial então respondi novamente.

— Sim senhor. – Apenas disse e Abaixei minha cabeça em concordância e submissão.

— Ótimo... vocês mostram a casas pra ela! – Apontou para as duas irmãs.