CAPÍTULO 3

Dorian on

Essa garota é muito insolente, ela simplesmente insinuou que eu estava tendo uma discussão de relacionamento afetuoso com meu irmão.

—Vou lhe mostrar o exterior da propriedade.

—Tudo bem.

— Não, você sabe como eu gosto que você responda...

— Só estou aqui a algumas horas.

Ela comentou sorrindo provocadora, ela não tem noção do que posso fazer?

— Você sabe o que sou capaz de fazer, eu não me provocaria.

Imediatamente ela perdeu a pose de dama corajosa.

— Sim senhor.

— Ótimo!

Saímos e fomos passando pelo jardim.

— Esse é o jardim da Sara! Eu peço que tomem cuidado e não arranque as flores por motivos fúteis como “Achei bonitas ou queria uma flor para enfeitar meu quarto ou até para dar para alguém.” Estamos entendidos?

— Sim senhor!

— Gosto assim.

Continuamos e mostrei a ela a área da piscina.

— Nenhum de nós vem aqui com muita frequência. Se quiser pode ser sua. – Dei de ombros. –Mas tome cuidado, já perdi as contas de quantas já se afogaram nela. Vamos prosseguir!

Continuamos caminhando, a lua já estava alta no céu, em algumas horas será dia novamente, e pelas nuvens iria chover também.

Há levei para ao portão do cemitério. Abri o portão e o tranquei assim que entramos.

— Esse é o cemitério da família. O maior túmulo é o do meu avô, sempre que entrar aqui deve mostrar respeito a ele, ao lado dele o túmulo da minha mãe e ao lado dela o túmulo das irmãs dela, as mães dos meus irmãos.

— Vocês não são todos da mesma mãe?

— Essa é outra pergunta idiota, nem parecidos nós somos, muito menos nossas idades são próximas. – Fiz uma pequena pausa. – Explicarei melhor mais tarde.

Dorian off

Miranda on

No túmulo da mãe dele, havia um quadro pintado.

— E sua avó? – Perguntei curiosa afinal não havia nenhum túmulo do outro lado do túmulo do avô.

— Ela não mereceu ser enterrada.

Ele respondeu frio sem olhar para minha cara. Olhei para ele para tentar perguntar o que houve com ela, antes que eu perguntasse ele já respondeu.

— Isso também é assunto para outro dia. A mais um lugar para eu lhe mostrar.

Acompanhei ele pelo caminho, aquele lugar era realmente gigantesco. Der repente ele parou e apontou a nossa frente uma mata.

— Aquela mata, nós usávamos para caça quando éramos menores, também usamos quando ficamos mais velhos poucas vezes.

Ele soltou meu braço e olhou para mim, seu olhar estava realmente diferente, seus olhos brilhavam em minha direção, ele sorriu e disse.

— Você vai ser minha pressa essa noite.

— O que? Como assim? – Olhei para ele confusa, temendo aonde aquela conversa ia chegar.

— Corra para mata, fuja, se esconda, evite de ser pega, fuja do seu predador natural! – Dei alguns passo em direção a mata. – Não, não, não, eu disse para correr.

Ele tirou o casaco e jogou no chão. Corri o mais rápido que pude para dentro da mata, olhei para trás algumas vezes tentando enxergá-lo, após alguns minutos eu não sabia mais onde estava, aquela mata era realmente fechada e as árvores pareciam todas iguais. Algumas vezes eu parava para descansar, Mas eu ouvia um barulho e saía correndo de novo. Parei embaixo de uma pedra e fiquei ali quieta observando, der repente um par de pernas passou por ali, com suas calças jeans escuras e suas botas, simplesmente passou reto e pude respirar aliviada. Saí debaixo da pedra depois de alguns minutos ainda andando devagar...

— Você é muito barulhenta. – Me assustei antes de eu levar uma rasteira e bater a cabeça no chão ficando levemente desnorteada. Já senti uma dor enorme nas pernas, provavelmente vão ficar roxas. Olhei para cima e o vi ali com a jeans escura as botas e a camisa social vinho entreaberta, ele se ajoelhou e ficou bem próximo ao meu rosto ficando por cima de mim. –Se você fosse menos previsível talvez não terminasse assim.

Ele desabotoou minha camisa e passou a mão pelo meu pescoço e ombros, depois desceu as mãos para a parte interna das minhas coxas. Eu ingenuamente pensei que ele estava querendo transar comigo, bom vou ficar presa aqui o resto da vida, em algum momento vou fazer isso. Levantei minhas mãos e afaguei levemente seus cabelos. Ele me olhou com raiva.

— O que acha que está fazendo?

— Bom achei que a gente ia... você sabe. – Ele começou a rir. – Qual a graça?

— Eu entendo que eu sou muito lindo, mas ainda é muito cedo para isso acontecer, em dado momento talvez, mas não agora, mas é bom ver que já aceitou o fato de que não vai sair daqui. Vai ter que se virar com o que tem.

— Então por que começou a passar a mão em mim e a tirar minha roupa?

— Eu queria ver seu corpo antes de fazer uma marca nele.

— COMO...?

Ele segurou meus dois pulsos com uma mão e os colocou no chão acima da minha cabeça machucando-os. Suas pernas seguravam as minhas me impedindo de fugir. Ele puxou minha camisa um pouco para o lado e alisou meu pescoço com a mão que estava livre e veio para perto do meu rosto.

— Se resistir é pior.

Pude ver suas presas antes dele penetrar meu pescoço com as mesmas. Soltei um gemido de dor e ele se aproximou do meu rosto novamente.

— Continue gemendo, grite, faça o que quiser, ninguém vai te ajudar agora!

Falou antes de morder o outro lado de meu pescoço

Miranda off

Dorian on

O sangue daquela garota era diferente. Nenhum sangue é igual, mas o dela tem algo a mais. Continuei ali por mais alguns minutos apreciando seus gemidos e seu sangue. Parei por um momento e a olhei de novo, ela estava consciente, porém, não tinha mais forças.

Fiquei de pé abotoei minha camisa olhei para ela mais uma vez.

— Alguém virá buscar você.

Fiz meu caminho de volta para a mansão. Cheguei e fui até a sala me sentando.

— Onde está a garota?

— Está viva Robert, fique calmo.

— O que foi que você fez? – Alana apareceu me perguntando, simplesmente dei de ombros. – O que você fez?

— O que fui feito para fazer.

— Isso seria? – Sawyer sentado no chão montando alguns bonecos de lego.

— Sawyer, somos predadores naturais de todos os outros, ou seja, eu a cacei como o animal que ela é. – Senti o vento percorrer a sala, Pietro então aparece recostado na parede. – Você demorou para aparecer.

— O que fez depois? – Perguntou me encarando com aquelas bolas de chiclete que ele chama de olhos.

— Eu a deixei lá.

— Mas Dorian vai chover! – Sara apareceu ao lado de Pietro.

— A é, isso me lembra. Sawyer e Sara vão buscá-la.

— Por que nós? – Falaram em uníssono.

— OBEDEÇAM! – Falei e ele logo foram.

— Eu não posso fazer nada com ela, já você, já mordeu, já aproveitou e ainda a deixou no meio da mata. – Pietro apertou os punhos.

— Alana tire seu irmão daqui! – Falei o ignorando completamente.

— Ele também é seu irmão.

Olhei sorrindo para ela.

— Vocês são mais próximos. Saiam daqui!

Fiquei sentado alguns minutos aproveitando a curta paz...

— Você sabe que a culpa não é dele certo? – Robert.

— Como?

— Não é culpa dele o que aconteceu, não deveria ter raiva dele, você sabe de quem deve ter raiva.

— Eu não teria raiva dele, se o filho não fizesse a coisa que o pai fez! – Pela terceira vez em nossa vida consegui fazer Robert ficar em silêncio. –Agora saia também Robert, quero ficar sozinho.

Robert saiu andando lentamente, escutei a porta da frente ser aberta revelando Sara e Sawyer entrando com a garota.

— Levem-na para o quarto dela.

Eles simplesmente obedeceram e seguiram. Queria que todos fossem como eles. Fiquei ali esperando a chuva começar a cair, quando ela começou fui para o meu quarto.