Desperate Souls

Capítulo 22 - Proposta


Aquilo era inesperado. Miki esperava que assim que começasse a sonhar, retornasse ao escritório para ser perseguida por Springtrap novamente, porém agora se via em um quarto de criança, duas portas de cada lado e um armário aberto. Estava confusa, que lugar era aquele? O que deveria fazer? Qual era o plano doentio de Freddy agora?

Algo bate em sua mão, ela nota que era uma lanterna:

—Sério? Qual é o seu joguinho agora? –ela pergunta para o nada, esperando uma resposta, mesmo sabendo que não a obteria. Com um suspiro, pega a lanterna, se levantando –O que devo fazer?

Ela caminha até uma das portas, colocando a mão na maçaneta e girando-a, abrindo lentamente a porta. Estava com o dedo no botão para ligar a lanterna.

Uma respiração soa muito perto.

Com o coração na boca, ela fecha a porta e a segura, temendo que o que quer que estivesse do outro lado fosse entrar:

—Que porra foi essa?! E-eu tenho que me mandar daqui! –ela corre até a outra porta e a abre lentamente. Nenhum som. Ela acende a lanterna e encara o corredor vazio –É a minha chance.

Sem pestanejar, ela corre até o final do corredor, virando e entrando em uma sala. Aquela sala lhe era familiar, mas não conseguia recordar de onde. Havia um corredor do outro lado da sala, ao qual ela entra sem hesitar, e sorri aliviada ao ver algo que não esperava:

—A saída! –ela toca a maçaneta, pronta para girá-la. Ia fugir daquele pesadelo.

Um aperto de ferro em sua mão livre.

Ela é jogada contra a parede, ficando tonta por um momento. Ao ver quem havia feito aquilo, ela finalmente entende onde estava, o que esse pesadelo significava:

—O pesadelo de Sammy. –ela murmura, olhando com terror Nightmare Bonnie:

Ora ora, que espertinha, querendo se livrar de mim tão rápido?—Freddy surge atrás do Nightmare, rindo:

—Me mate logo e acabamos com isso. –ela tenta ir até ele, mas Nightmare Bonnie a joga de volta para a parede:

Ah não, desta vez não. —Freddy se aproxima –Dessa vez você vai me ouvir.

—Do que está falando?

Noite após noite você está sempre sendo salva pelo idiota do Puppet, eu estava sendo paciente, mas aqueles minis ursos foram a gota da água.—ele agarra as bochechas dela –Agora você vai me ouvir e fazer o que eu quero...

—Se pedir com jeitinho... –ela ironiza, recebendo um aperto em seu pulso, quebrando-o. Ela tenta gritar, porém ele fecha sua boca com violência, fazendo-a morder a língua, enchendo sua boca de sangue:

Aquele assassino se importa com você agora, ele não vai abandoná-la mais, e isso eu não posso aceitar, não mesmo.—ele a larga, que cai no chão e segura seu pulso quebrado, enquanto cuspia sangue –Hm, talvez isso seja uma vantagem agora.

—O que você quer? –ela o encara:

Simples, quero que quebre o coração de Springtrap.

—O-o que?

Vamos, não se faça de boba. Um assassino como ele não merece perdão, e sabemos que você o está mudando, fazendo-o mudar seu destino e se libertar da prisão em que o colocamos. —os olhos de Freddy estavam insanos –Vamos, quebre ele! Despreze ele! Leve-o à loucura! Mostre para ele quem ele realmente é!

—Você é o insano aqui! –ela berra –Eu jamais vou fazer isso!

Assim você só deixa as coisas mais difíceis para mim...—ele soa triste, logo em seguida agarrando o ombro dela e a joga no chão, pisando com força em sua perna esquerda, quebrando-a –Mas sabe, isso acabou de me dar uma ideia de como resolver meu problema! —ele fala, feliz e rindo entre os gritos de dor dela. Até que ele muda drasticamente de alegria para irritação.

Com um movimento rápido, agarra o braço de Miki.

E começa a puxá-lo, puxá-lo, puxá-lo...

E o braço é rasgado para fora do corpo dela.

Sangue jorrava para as paredes, ela apenas conseguia gritar e chorar:

Ops.—ele balança o braço arrancado, falando inocentemente –Acho que puxei demais!—ele muda novamente a expressão para raiva –Ah, cale a boca! Não dói tanto assim!—com violência, ele enfia a parte decepada do braço na boca dela, forçando até a garganta, fazendo-a sufocar –Havia me esquecido como isso era divertido!

Ele rasga a blusa dela, fazendo uma faca surgir em suas mãos. Rindo, começa a cortá-la, abrindo sua barriga, enfiando sua mão dentro, arrancando suas entranhas...

Miki para de se debater:

Hm, já morreu?—ele encara seu rosto, tirando o braço da boca dela –Ainda não, senão não estaríamos aqui, né?—ele faz um carinho no rosto dela, vendo-a se afogar com o próprio sangue –Lhe vejo de noite, Miki.

E tudo fica negro.

Miki acorda em um sobressalto, saindo rapidamente da cama e correndo até o banheiro:

—Miki! –Springtrap chama, ele estava parado do lado da cama, e vendo-a correr daquela maneira, vai atrás e a encontra de bruços na pia –O que...

Ele estanca.

Ela vomitava sangue na pia.