(Des)florescer

Ato XV - Descanso


Já fazia tempo desde a última vez que estivera comprimido em seu pequeno apartamento, refém à sua sitiomania, sem poder se dedicar à tarefa que desempenhara durante tantos anos. Era a penalidade por ter violado os desejos de uma família, mas não se arrependia do que havia feito.

Ao virar-se em sua cama todo o pensamento cálido deu lugar à um sentimento esmorecido surgindo no fundo de seu estômago.

― Yo! ― O anjo estava súbitamente deitado ao seu lado.

Kanya caiu da cama, embasbacado.

― Realmente está me perseguindo...

O anjo riu, se levantando.

― Você está solitário, certo~?