(Des)florescer

Ato XII - Fatiga


Depois da curta conversa o anjo desparecera denovo, aumentando o número de perguntas a serem respondidas. Era mais irritante do que certos fantasmas tartamudos com os quais já precisou lidar. Kanya decidiu inundar-se no trabalho para não ter que pensar.

O corpo sob seus cuidados pertencia à uma pessoa jovem. Depois de completar a higienização, conferiu a integridade dos glóbulos oculares e cautelosamente inseriu um cone de plástico sobre as pálpebras. Antes de começar a hidratar o rosto, considerou se deveria suturar os lábios entreabertos.

Concentrado, mal notou a presença ominosa do fantasma que lhe observava atentamente.

― Você... está me vendo certo?