(Des)florescer

Ato VIII - Súplica tardia


— Se realmente conseguir me ver, poderia fazer um favor para mim?

Kanya se atentou ao espiríto hesitante e se limitou a assentir.

— Esse corpo na mesa... Ele não me pertence. Não quero ser enterrada desse jeito.

Kanya olhou para o cadáver desnudo sob sua mesa. A família tinha lhe dado instruções claras sobre como ele deveria ser preparado, portanto se viu surpreso com a demanda do fantasma. Era uma questão de vaidade? De ilécebra?

— Por favor. — Podia ver claramente a súplica transbordando de seus olhos — Se não pude ser como queria enquanto viva, gostaria de ter essa dignidade na morte.