(Des)florescer
Ato VII - Intervenção misteriosa
Era desconfortável.
Desde aquele dia, o homem do cabelo de pôr-do-sol poreja frequentenemente. Nunca diz muito. As vezes, até decidia aparecer mesmo quando ainda tinha outro espiríto do qual Kanya estava cuidando. Observava com um sorriso silencioso e antes que o tanatopraxista pudesse lhe dizer alguma coisa, desaparecia outra vez.
O insólito disso era que os outros fantasmas não pareciam notá-lo. Certa vez, Kanya voltou-se para uma cliente idosa cujo corpo acabara de vestir e preparar.
― Com licença, senhora. Consegue ver aquele rapaz?
A senhora olhou para o canto indicado e então riu de forma juvenil, negando.
Outro mistério se juntara aos restantes.
Acesse este conteúdo em outro dispositivo
Fale com o autor