(Des)florescer
Ato VIII - Chamado
― Qual é a sua, afinal?
Tendo alcançado o fim de expediente, Kanya decidiu questionar o visitante constante e indesejado. Estava terminando de esterilizar uma bancada quando notou a silhueta através do espelho.
― Sempre que apareço você está ocupado, então pensei que não fosse uma boa hora. ― A voz do anjo de araque soava quase entretida. ― Mas confesso que é bom finalmente ser chamado.
― Não me entenda mal, não o convidei! ― De braços cruzados, fuzilou-o com os olhos. ― Quero entender.
Uma risada despretensiosa ecoou audivelmente.
― Então não me olhe como se eu fosse um labéu.
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