(Des)florescer

Ato II - A vela que se apaga


O olhar de Kanya foi até o canto de seu laboratório fúnebre, onde se deparou com a silhueta da adolescente cujo corpo desnudo jazia diante de si. Em contraste ao corpo desfigurado que tratava, ela parecia estar viva. E extremamente irritada.

— Vai ficar me encarando, ô bobalhão? Não sabe que é extremamente pervertido ficar olhando uma moça desse jeito?? — Ela cruzou os braços, indignada.

Kanya tentou lhe oferecer uma expressão maviosa, pausando o seu trabalho por um momento para lhe dar atenção. Não era a primeira vez que passava por uma situação semelhante.

— Eu vou terminar logo, está bem?