Princesa Janessa Agöarsdotter Frost

"A felicidade não está em fazer o que a gente quer e sim em querer o que a gente faz." Jean-Paul Sartre

Janessa estava terminando de confirmar os últimos pedidos para a festa, que seria em dois dias. Ela estava no salão, vendo terminarem de colocar os tecidos de cetim branco decorando o teto, junto de lâmpadas de LED brancas, azuis e amarelas, as cores de Auradon; as mesas já estavam postas com as toalhas azul escuro; as quatro pilastras do salão estavam cobertos por rosas vermelhas, flocos pequenos de neve feitos de vidro e areia dourada (ela não resistiu em homenagear Arendelle na decoração...); o palco já estava pronto com os instrumentos e a pista de dança já estava posta no meio do salão, bem embaixo do grande globo de luz branco, como uma lua cheia reluzente. Tudo estava maravilhoso, em sua opinião e ela não podia se sentir mais orgulhosa de seu primeiro trabalho.

A loira arrumou os papéis e estava pronta para sair do salão e ir se arrumar para almoçar quando viu seu namorado entrar e andar até ela.

— Bom dia Jane! Como você está? - Ele se aproximou e deu um beijo leve na testa dela.

— Bem Frank! Só conferindo a festa! - Ela tentou dar um beijo na boca dele, mas ele virou o rosto, fazendo ela acertar sua bochecha. - Frank!!

— O que? - Ele deu dois passos para trás, numa posição de quase vergonha.

— Você pode ao menos me beijar? Poxa! Eu não quero mais esse namoro tanto quanto você!! Nós dois sabemos muito bem disso! Mas temos um compromisso entre nossos reinos! Se você nem ao menos consegue manter as aparências, como vamos manter isso??

— Eu... - Ele apertou a ponte do nariz de olhos fechados. - Eu sei... Você tem razão.

— Eu sei que tenho! Poxa! Estou sofrendo pressão da minha mãe e nem ao menos você me pergunta sobre isso! Nós dois aceitamos o casamento naquela época, e agora é um compromisso entre os reinos!

— Eu só não quero desperdiçar o resto da minha vida num casamento fadado ao fracasso Janessa! Eu estou frustrado com isso também, você não vê?? Eu não quero ser infeliz o resto da minha vida!!

— Nossa... Obrigada por jogar na minha cara que eu te faço infeliz.

— Não foi isso que eu quis dizer Jane...!!

— Mas foi o que disse! - Ela desviou o olhar dele, vendo o brilho dos instrumentos novos. - Olha. Vamos parar por aqui, está bem? Estamos a dois dias da festa e eu não quero brigar com você agora! Temos que parecer um casal lindo e feliz para a minha mãe. Então sugiro que você não desvie dos meus beijos na hora! Estamos de acordo Franklin??

— Sim...

— Ótimo! - Janessa limpou uma lágrima que caia em sua bochecha, não querendo mais chorar por isso. - Então, por que veio aqui? Conferir a decoração? Achou que eu não era capaz?

— Claro que não pensei isso, Jane!

— Então por que veio? Já havíamos concordado ontem, junto da Mel, que eu estaria aqui hoje para terminar tudo! E eu sei que não foi por mim. Por que veio?

— Eu só queria... - Ele não conseguiu terminar de falar. Ele não conseguiu dizer que queria terminar tudo com ela, pois sabia da pressão da Rainha Elsa sobre tudo e sabia de como esse compromisso era importante para os dois reinos. Então ele, mais uma, vez desistiu. - Nada. Não vim por nada. Melhor eu ir. Até mais Jane.

E assim ele saiu do salão sem olhar para trás. Janessa já estava cansada de ter que suportar esse noivado. A paixão deles durara apenas cinco meses e eles já estavam noivos a dois anos. Ela estava há dois anos presa nesse relacionamento fracassado com um cara que não parecia não ter nem uma atração mínima por ela. E ela estava cansada de não estar feliz.

Janessa estava cansada da sua mãe e suas ordens. Cansada de ser limitada pelos Guardiões que nem eram sangue de seu sangue. Cansada de estar noiva do Frank. Cansada de esconder sua alegria para tentar parecer Rosabelle para a família. Ela não era a princesa perfeita. Ela era sorridente, independente animada e espontânea; não tímida, romântica, de poucos sorrisos e quieta. Ela era Janessa Frost, mas lhe faltava um empurrão para se assumir diante da mãe que encontrara um ano e meio atrás, quando insinuara que queria terminar o relacionamento com Franklin.

Janessa respirou fundo, recolheu as pastas que colocara de novo na mesa e saiu do salão, pensando em buscar sorvete na cozinha. Essa é sempre uma boa pedida, esfriar a cabeça...


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Heather estava sentada num dos bancos do campus, sozinha; ela quase podia sentir o suor escorrer pelo rosto, embora estivesse numa sombra e já estar quase sem sol. Contudo, ela não gostava nada disso, mas não queria se levantar. Ela estava escondida de quase todos, podendo pensar em paz. A ideia de que sua mãe não havia lhe dado nada a atormentava diariamente. Como ela espera que de tudo certo assim? Nem nenhuma ajuda? Se ela ao menos tivesse me dado o cetro...

A ruiva brincava com o cordão do colar, olhando um pardal preto tomar água na fonte de água doce. Ele, por algum motivo, a lembrava do pássaro Dodo que se banhava no lago de lágrimas todos os dias e suas corridas intermináveis para se secar, chamando todos a sua volta para o acompanharem e vencerem. A ruiva sempre adorava ir até o Lago correr com o pássaro. Quem mais a acompanhava era Max Hatter.

Para Heather, era incrível pensar que os dois eram melhores amigos na infância, e até agora, desde o momento em que ela colocou os pés em Auradon, não haviam feito mais do que uma troca de olhares vazios. Pareciam não se conhecer mais. Do mesmo modo que ela não conhecia Addyson. Agora a loira, para a ruiva, não passava de uma garota mimada que fingia não a ver por todo o lugar em que se encontravam. A realidade de Auradon é muito mais estranha que a de Wonderland...

Heather apertou o pingente de coração de rubi entre os dedos, olhou mais uma vez para o pássaro e desejou que ele fosse um Dodo azul brilhante correndo em volta da fonte.

— Cartas... - Sua voz murmurou, se perdendo pela brisa.

De repente, as penas do pássaro começaram a mudar de cor e sua estatura aumentou consideravelmente. Ele se transformara num pássaro Dodo correndo em volta da fonte velha de pedra. A ruiva levantou na hora, sem saber o que fazer ou pensar. Ela tirou o colar para olhar melhor o pingente. Ele parecia reluzir em suas mãos, um brilho leve que se apagou gradativamente.

— Cartas! - O pingente assumiu um forte brilho vermelho, reluzindo na frente de seus olhos castanhos. Ela se voltou ao pássaro e ele era de novo um pardal preto bebendo água.

— Esse... Esse é o cetro!! Cartas! - O pingente cresceu em sua mão e se transformou no centro que ela se lembrava. No mesmo cetro que sua mãe carregava de um lado para o outro no Reino de Wonderland. A ruiva observou o objeto em suas mãos antes de transformá-lo de novo num pingente e sair de perto do banco e do pássaro, sustentando uma expressão maléfica e feliz.


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Melody andava em silêncio ao lado da irmã, pensando em quem eles poderiam aliciar para entrar na música da Festa. Andrew realmente não quisera nem fazer parte de nada da festa, o que desestimulou a muitos outros alunos, visto que ele sempre foi o organizador principal de toda a Universidade. Por um momento, Melody pensou que eles estariam perdidos e que não haveria nada, mas Janessa se mostrou mais do que competente em fazer tudo e mais um pouco. A morena só esperava que a loira pudesse ver isso também.

— Okay... Revisando.

— Ah não, Mel! Já não aguento mais pensar nessa festa! - Edythe passou as mãos pelo rosto, cansada.

— Nós só temos um dia e meio Edie!! Talvez até menos, pois o sol já vai se pôr!! Temos que achar alguém para cantar a música da Aurora! - A castanha olhou para os olhos claros da irmã, tentando convencê-la, em vão.

— Ainda não acredito que a Penélope...

— Eu sei, eu sei! Ninguém acredita! Mas isso não muda o fato de que temos que achar alguém! Ninguém se dispôs a cantar! Como podemos estar numa universidade tão grande e ninguém ter se candidatado a isso?? - Melody encostou num grande Carvalho antigo, olhando para a movimentação perto do refeitório. Sua irmã se encostou do seu lado, de olhos fechados.

— Mas eu não quero falar sobre isso agora! Quero saber se você já se decidiu!!

— Sobre o que? - O coração de Melody bateu mais forte, já sabendo o assunto.

— Vai escolher o trono do papai ou o bofe??

— Bofe Edythe?!?! - Ela segurou uma risada pelas palavras da irmã, tentando lembrar quem mais falava assim.

— Sim!! Ou você acha que eu não sei sobre o tritão sarado loiro, o seu grande amigo dos mares?? - A ruiva fez gestos com as mãos como se contornasse o corpo do tritão, fazendo Melody corar e segurar as mãos da irmã para pará-la.

— Não tem ninguém Edythe!

— Como não Melody!! - Os olhos claros da ruiva se arregalaram em riso. - Eu me lembro bem quando você tirou os muros em volta do castelo e, durante aquela festança, dançou com um garoto! E você o encontra sempre que visitamos o vovô!!

— Edie...

— Não tente desconversar Mel!! Eu sou sua irmã!! Pode se abrir comigo! Ele é um dos motivos para você estar tão dividida entre os dois tronos?

— Okay! Sim! - Melody se deu por vencida. Afinal, sua irmã era sua melhor amiga. - Mas não do jeito que você imagina! Você sabe que eu sempre fui muito mais do Mar do que da Terra...

— E você quer o trono do vovô?

— Mas se eu for, ele vai estar lá! E eu não sei como agir com ele!! - Os braços de Edythe contornaram os ombros da irmã, para poderem se olhar.

— Qual o problema?

— Ele se declarou!! - As expressões das duas se tornaram completamente contraditórias: enquanto Melody parecia exasperada, Edythe parecia em êxtase.

— Isso é maravilhoso!!

— Não! Não é!! Eu não sei o que sinto! Sou muito nova para me compromisso para sempre com um tritão! Porque você sabe que para os sereianos, é sempre para sempre!!

— Mel... Você gosta dele desde os seus doze anos! Qual o problema se entregar? - A ruiva já estava cansada de ver a irmã, sempre tão livre para tudo, travar justamente em relacionamentos amorosos.

— E você? Eu sei que você não quer o trono do papai...

— Eu não quero nenhum dos dois!! - A ruiva jogou as mãos para o céu, voltando a se encostar na árvore. - O que sobrar vai para o Aaron!! Já conversamos sobre isso!

— Você conversou comigo! Ele vai te matar!

— Vamos dar um jeito! Ele vai me livrar dessa! E eu vou viajar pelos sete mares sem compromisso nenhum! Ninguém para governar! Ninguém para me fazer voltar!

— Você diz isso porque nunca se apaixonou por ninguém!

— E nunca vou! Me prender a alguém?? Pff... Prefiro contar apenas comigo mesma, um barco e a mágica de trocar pernas por cauda quando eu quiser!!

— Desde que você não me abandone nunca, pode ir!!

As duas se abraçaram rindo. Melody sabia que até sua irmã se apaixonar, nunca desistiria do seu sonho. Na realidade, a castanha não queria mesmo que a ruiva desistisse; queria sim que ela encontrasse alguém que fosse junto, que embarcasse nas maluquices de viajem de Edythe. E não iria embora para o fundo dos Sete Mares até saber que sua irmã estaria bem.

— Não entendo como a mamãe prefere a terra...

— Eu também não Edie... Nunca entendi... Mas cada um, cada um!

(N/a: Sempre que a música tiver uma tradução oficial, eu vou preferí-la, mesmo que nem todas as palavras sejam a tradução real)


Melody (For a Moment - A Pequena Sereia 2):
This is more than my thoughts ever thought it could be
For a moment, just a moment , lucky me...

Isto é mais, muito mais do que eu sempre quis
No momento, eu me sinto, tão feliz

Edythe se empolgou com a lembrança da irmã, se pendurou num dos galhos, sem se importar com os outros vendo, e continuou a cantar.

Edythe:
Everything's newer
And brighter and bluer
And truer to life than before
Watch me soar!!

Tudo aqui é gigante e brilhante
A água é melhor do que o mar
Vou voar!!

— Desce dai Edie!! - A ruiva desceu e elas se sentaram na grama, acalmando as risadas.


Melody (Home - Gabrielle Aplin):
I'm a Phoenix in the water
A fish that's learned to fly
And I've always been a daughter
But feathers are meant for the sky
So I'm wishing wishing further
For excitement to arrive
It's just is rather be causing the chaos
Than laying at the sharp end of this knife

Sou uma Fênix na água
Um peixe que aprendeu a voar
E sempre fui uma filha
Mas as penas são feitas para voar
Então estou desejando, desejando mais ainda
Que a animação venha
É só que eu preferia estar causando caos
A deitar-me sobre a ponta afiada desta faca

With every small disaster
I'll let the water still
Take me away to some place real
'Cause they say home is where your heart is set in stone
Is where you go when you're alone
Is where you go to rest your bones
It's not just where you lay your head
It's not just where you make your bed
As long as we're together, does it matter where we go?

Com cada pequeno desastre
Deixarei as águas se acalmarem
Leve-me a algum lugar real
Porque dizem que lar é onde o coração se grava em pedra
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar os ossos
Não é só onde você encosta a sua cabeça
Não é só onde você faz a sua cama
Contanto que estejamos juntas, importa aonde vamos?


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Mal andou devagar ao lado de Evie e Jay, vendo Carlos quase correr até a mesa dos seus antigos colegas da ilha. O garoto de cabelo bicolor se sentou de supetão e nem ao menos lembrou da educação que Auradon tentou lhe ensinar neste último ano.

— Vocês viram a Jane??

— Que Jane, Carlos? - Matthew perguntou entediado. - A loira Frost sentada a umas três mesas de distância?

— Ele está falando da filha da Fada Madrinha, a garota que estuda com a gente. - Jay terminou se sentando ao lado de Carlos e rindo dele. - Vocês não conhecem...

— E por que uma aluna de Ensino Médio estaria aqui no refeitório da Universidade...? - Fabian perguntou, tentando não rir da cara do mais novo.

— Ele chamou ela para irem juntos na Festa do Dia da Família... Há duas semanas! E ela não respondeu ainda...

— E a gente já procurou na Escola inteira... - Mal continuou a fala do Jay, se sentando entre Pandora e Heather - Dormitório, salas de aula, banheiros, quadra, biblioteca, refeitório, cozinha, armários, pátio, salão,... Tudo. E se a gente continuasse lá ele iria explodir e nos levaria junto!

— Credo Mal... - Giselle começou, arrumando o chapéu em sua cabeça e sustentando uma expressão de consolo. - O menino está apaixonadinho! - Ela começou a rir e teve que desviar da almôndega que Carlos pegou do prato de Henry, o qual, como olhava intensamente uma garota do outro lado do salão, nem ligou.

— Vocês não prestam...

— Assim você machuca o meu coração Carlinhos!! - Petter aproveitou para também zoar o colega. - Vocês, por acaso falaram com a mãe dela?

— Você enlouqueceu Black?? Eu não vou perguntar isso para a mãe dela!!

— Vocês meninos... São tão imbecis... Você não vai perguntar a resposta para a mãe dela, anta! - Heather disse rindo. - Só vai perguntar onde ela está! E depois dá uma desculpa qualquer!! Ou você não sabe mentir?

— Acho que ele é muito inocente para isso... - Matthew gozou, levando toda a mesa à risada, menos o garoto.

— Eu não devia ter comentado isso com ninguém!

— Mas você não comentou Carlinhos... Você disse para o Jay, que contou para mim e para Mal e nós espalhamos por aí! Brigue só com ele então!!

— Acho que já vou indo! Ela não está aqui e não tenho que aturar vocês rindo da minha cara!!

— Ele ficou bravo gente! - Petter gozou. No entanto, antes de Carlos se levantar, o Black viu algo que sabia que o de cabelo bicolor iria gostar. - Oh de Vil... Aquela garota que está vindo para cá se parece com a Fada Madrinha... Não seria ela?

Carlos se levantou de supetão e andou rápido até a garota, saindo com ela do refeitório em seguida. Mal, Evie e Jay se olharam rapidamente antes de correrem atrás deles, deixando os oito sozinhos. Mas não por muito tempo.

Rosabelle se sentou, junto à Eleanor, na mesa do pessoal da ilha. Elas pensaram por muito tempo antes de decidirem fazer o que estavam prestes a fazer. O máximo que podemos receber é um não, certo? A loira não tinha certeza.

— Olá!! - Eleanor foi a primeira a falar, chamando a atenção parcial das oito pessoas, que pareciam querer mais olhar para o próprio jantar do que para elas. - Como vocês estão?

— Você se importam? - Matthew perguntou, antes de colocar uma garfada na boca.

— Na verdade, nos importamos sim! - A loira respondeu com o seu melhor sorriso. - Queremos que vocês se sintam à vontade aqui em Auradon! Certo Elly??

— Claro que sim! Queremos que vocês se enturmem! - Eleanor completou.

— Façam parte do grupo dos estudantes! - Daniella parou de comer para finalmente prestar atenção nas duas, mas foi a única.

— Participem das comemorações escolares!

— Cantem no show da Festa da Família!! - As duas pararam de falar para ver a reação deles. E não houve nada por alguns segundos, até eles começarem a rir.

— Vocês estão brincando, né?

— Na verdade não Henry... - A ruiva começou devagar.

— Qual é? Não acharam nenhum principezinho ou princesinha para ficar no lugar do Frost? - Eleanor pensou em tentar disfarçar, mas Henry não deixou. - Sim ruivinha... Toda a universidade já sabe... - Ele sorria maldoso e malicioso para Eleanor, fazendo-a corar instantaneamente.

— Pare de dar em cima dela Henry! - Giselle deu um tapa leve na cabeça do loiro, rindo. - Bom... Eu sugiro a Daniella!

— Como é que é??? Nem vem!!! Eu não canto!! Vai a Pandora então!!

— Nem olhem para mim. Prefiro subir no palco para jogar ponche batizado nos convidados... Vai a Heather! - A de cabelos negros balançou os ombros, segurando um sorriso.

— Não me subordinaria a um evento de entretenimento para pessoas que não suporto, como a Kingsley! - A ruiva ria muito feliz, sem ninguém saber o motivo. - Eu voto na Giselle! Ela adoraria usar um vestido curtíssimo em cima do palco...!!

— Não gostaria não! Todos vem minha bunda, não a minha calcinha! Vai a Daniella!

— Eu já disse que não! - A castanha começou a se sentir incomodada. Como elas queriam que ela passasse essa vergonha??

— Por que? Você canta muito bem! - Heather sorriu mexendo as sobrancelhas. - Represente a ilha Bludvist! Mostre como nós somos maravilhosas!

— Deliciosas! - Giselle completou, piscando os olhos.

— E perigosas. - Pandora terminou, colocando um morango de Heather na boca, mesmo sob protestos risonhos da ruiva.

— Mas...

— A gente te ajuda Daniella! - Giselle continuou, sorrindo abertamente. - Eu posso te ajudar com a música, uma melhora na melodia, porque já sei qual é e ela é quase um saco, no tom de agora... Tão falsamente feliz...

— Culpa da Penélope!

— A gente sabe Eleanor... - Pandora interrompeu. - Aquela garota parece não ter a mínima competência para nada...

— Oh Pandora! - Giselle comentou, cortando o pão de seu prato em dois. - Limpa o veneno... Esta escorrendo pelo canto de sua boca!

— Olha a inveja Hook! Aprenda a ser venenosa como eu antes de me julgar!! - Pandora respondeu rindo e a outra, com maturidade, mostrou a língua, antes de voltar a falar.

— Continuando...

— Eu posso te ajudar a se colocar no palco!!! - Heather se virou completamente para a castanha, assustando-a. - Ai minhas cartas!! Eu posso te ensinar tudo o que já aprendi!! Foi só o básico, mas vai ser tão divertido!!! Vou fazer sua voz ecoar por toda Auradon e...

— Princesa, menos!

— Não me enche Henry!!

— Eu também te arranjo um figurino! E prometo que não será tão curto! Vamos maquiar você, te produzir inteira!! - Giselle terminou com os olhos brilhando e as mãos paradas no ar, como se já imaginasse o espetáculo!

— Isso... Vamos mandar a menina para a forca do Reino...

— Não enche Petter!! - Heather cortou o garoto, jogando um dos morangos na cabeça dele, o fazendo rir. - Ninguém deixará ela ir para a forca!!

— E se alguém rir de você, quebramos o seu pescoço!! - Fabian terminou, batendo na mão erguida de Henry.

Rosabelle e Eleanor estavam estáticas pela interação do grupo; eles pareciam verdadeiramente animados com algo desde que chegaram a quase cinco semanas atrás. Giselle, Heather, Fabian, Henry e Matthew olharam para os gêmeos, esperando por algo.

— Nem vem! Não vou gastar meu tempo com esse tipo de compromisso!

— Pandora! - Giselle bufou para a outra, a qual deu de ombros.

— Eu também não farei nada, mas eu te apoio Daniella. Se alguém falar algo contra você, eu também sou uma lição na pessoa.

— Credo Petter... - Pandora olhou para o irmão com sarcasmo. - Quanto sentimentalismo...

— Pandora...!! - Heather também retrucou.

— Ai! Está bem! Eu compareço nos seus ensaios como apoio... Mas não espere nenhuma ajuda minha Bludvist!

— Viu Daniella! Até a Pandora concorda! - Giselle voltou a sorrir para a castanha, finalmente a convencendo.

— Está bem! Está bem! Eu topo! - Daniella aceitou rindo. - Então, qual é a parte da música?