Depois da 2ª Guerra Bruxa

Capítulo 9 – Véspera de Natal


Assim que pôde, Hermione contara a seus amigos a respeito da poção e os dois tentaram convencê-la a não entregar a poção para McGonagall.

– Não faça isso. Aquela poção pode ser um presente de Dumbledore. – disse Rony tentando convencer Hermione.

– Concordo com Rony. Somente nós conhecemos aquela sala e Dumbledore sabia disso. – completou Harry.

Hermione por fim concordou, mas antes de qualquer um tomar, ela deixou bem claro que iria analisa-la muito bem, pois não queria correr o risco de ser envenenada ou mesmo envenenar um dos dois. Os dois por fim concordaram e não tocaram mais no assunto naquele dia.

O intervalo do almoço já estava quase no fim e então Hermione avistou Draco na mesa da Sonserina e com isso lembrou-se do que ele havia lhe pedido na noite anterior. Como o tempo era curto, ela decidiu que contaria aos dois no final do dia, pois o assunto era longo. Acabado o horário do almoço, eles saíram do Salão Principal em direção a estufa. Teriam aula de Herbologia, seguida de Duelos (essa matéria agora era uma matéria obrigatória a todos os alunos), Poções, que continuava a ser lecionada pelo professor Slughorn e por fim, Defesa Contra as Artes das Trevas. Corria-se o boato de que desde que Voldemort morrera, o cargo deixara de ser amaldiçoado e todos torciam para que a nova professora permanecesse no cargo pelos próximos anos. Harry, Rony e Hermione talvez nunca soubessem, pois no próximo ano letivo, já não estariam em Hogwarts, já que este era o último ano deles.

O dia correu bem e no final do dia, os três finalmente tiveram um tempo para relaxar.

Hermione finalmente contara a Harry e Rony o pedido de Draco. Apesar de não gostar do sonserino, Harry concordou.

– Eu tenho que admitir que apesar de tudo, devemos ser gratos a ele por não nos entregar quando teve chance, apesar do desfecho da história. – disse Harry.

– Além do mais, ele provou não estar totalmente do lado das trevas quando teve chances de matar Dumbledore e não o fez. – disse Harry por fim.

Harry já contara a todos sobre o que vira na penseira após a morte de Snape.

Rony demorou a concordar, mas por fim, pediu a Hermione que tomasse cuidado, pois não confiava nele e Draco poderia estar com más intenções. Hermione concordou e prometeu tomar cuidado.

Naquela mesma noite, Hermione decidiu ir falar com Draco. Harry e Rony foram com ela até a biblioteca e ficaram de longe vigiando, caso a amiga precisasse de ajuda.

– Obrigado por concordar. Fiquei surpreso por aceitar, pois de fato, imaginei que não me ajudaria depois de tudo que fiz a você e seus amigos. – disse Draco tentando demonstrar gratidão.

– Não precisa agradecer. – disse Hermione.

– Quando poderemos começar? – disse Draco tentando não parecer muito ansioso. Aquilo o tinha enchido de esperanças novamente, pois se tinha alguém que entendia bem a respeito das leis, esse alguém era Hermione. Ele respirou aliviado, apesar de ainda não ter uma solução definitiva para seu problema.

– Bem... Como o natal esta chegando, poderemos começar assim que as aulas retornarem. Podemos nos encontrar na biblioteca as nove da noite. Pode ser já na primeira quarta-feira. – disse Hermione em um tom bem profissional. Até parecia uma advogada.

– Novamente, obrigado! – disse Draco

– Me desculpe pelos anos anteriores. – disse Draco sem jeito, procurando ser o mais gentil possível.

Hermione olhou-o incrédula. Quem diria que aquela pessoa arrogante agora estava praticamente implorando por sua ajuda e ainda tentando ser bastante educado, além de pedir-lhe desculpas. Torcia para que ele de fato tivesse mudado, pois não queria se arrepender futuramente.

– Adeus Malfoy! – disse Hermione indo embora.

– Boas festas!

– Você tem sorte de ter amigos de verdade. – disse Draco antes que ela fosse embora. Draco notara que Harry e Rony o vigiavam de longe.

– Eu tenho sim. – disse Hermione.

– Aqueles que eu acreditava serem meus amigos me abandonaram após meu pai perder o prestígio que a família Malfoy tinha antes da Guerra. Ultimamente não sei mais o que é ter amigos. – disse Draco com rancor.

Hermione se sensibilizou com a história de Draco, mas não deixou transparecer. Ela apenas o encarou, pois ainda não confiava nele. Após isso, ela se despediu novamente dele e deu um beijo em sua mão.

Hermione nada disse e foi embora, pois já se sentia incomodada.

Harry teve que segurar Rony, que ficou furioso ao ver Malfoy beijar a mão de Hermione. Logo em seguida ela veio se juntar a eles. Apesar de tudo, Hermione sentira sinceridade nas palavras de Draco e durante todo o caminho para a torre da Grifinória, ela e Harry tentaram acalmar Rony, que ficou mordido de ciúmes. Harry se despediu dos dois, pois estava cansado. Rony e Hermione ainda permaneceram no Salão Comunal da Grifinória. Depois de um tempo, Rony finalmente se acalmou, mas disse que observaria bem de perto qualquer passo de Draco e que se ele ousasse se aproximar com segundas intenções dela, não hesitaria em fazer algo que sempre teve vontade. Dar-lhe uma boa surra. Hermione riu do ciúme de Rony e eles permaneceram na sala, namorando um pouco, pois desde o baile não haviam tido um tempo a sós. Rony a convidou para ir a Sala Precisa e Hermione, já conhecendo muito bem o namorado, o olhou com malícia e la foram os dois para a Sala Precisa.

O dia seguinte era a grande Final de Quadribol. O time da Grifinória fez uma ultima reunião antes do jogo, para relembrar as estratégias que iriam usar e por fim, os dois times entraram em campo. A torcida vibrava mais do que nunca. O jogo foi extremamente acirrado, tendo por fim terminado com a diferença de dez pontos. O placar ficou 200 x 210. Grifinória ganhou por pouco. O jogo terminara com Gina apanhando o pomo de ouro. No final da partida os jogadores se cumprimentaram. Alguns tiveram que ir para a enfermaria, pois um balaço e uma goles haviam acertado em cheio dois jogadores, um atacante da Corvinal e um batedor da Grifinória. Por sorte os ferimentos não foram graves e Madame Promfrey cuidaria direitinho dos dois a tempo do natal. As aulas haviam finalmente acabado e restavam apenas três dias para o natal. Os alunos estavam animados e na manhã seguinte, muitos enviaram ou receberam corujas de suas famílias. A senhora Weasley fora falar com Hermione, pedindo que ela e sua mãe passassem o natal na toca, juntamente com Harry e toda a família Weasley. Gui e Fleur levariam a pequena Victoria para conhecer os avós. Hermione concordou e em seguida enviou uma mensagem a mãe através de Pichitinho, que ela pegara emprestado de Rony.

Faltando apenas um dia para o banquete da véspera de natal e todos os alunos já estavam arrumando suas malas. Poucos ficariam em Hogwarts durante o natal. Os alunos conversavam animados sobre onde passariam o natal e o que esperavam receber de presente.

Chegado o banquete, o Salão Principal estava lindo. Este ano, contava-se com a presença de um grupo musical, que fora chamado pela própria Minerva, para animar o castelo. Os alunos trocaram presentes entre si e aproveitaram bastante o banquete. Este ano, ao invés de a comida aparecer magicamente, os elfos do castelo serviram a comida nas mesas, pois a diretora achou importante que os alunos soubessem quem eram os grandes responsáveis pelo delicioso jantar. Muitos elfos ficaram contentes, pois ao servir os alunos, a maioria deles os agradecia. Somente na mesa da Sonserina, a maioria dos alunos ainda tratavam os elfos com indiferença. No final da noite, foi feita uma homenagem especial a Dumbledore, onde todos os alunos cantaram o hino da escola em voz alta. Hagrid foi visto com lágrimas nos olhos, pois se emocionara ao lembrar do velho amigo que partira. Ao final do discurso de natal feito pela diretora, todos se dirigiram ao trem que os levaria a estação de Kings Cross. Os alunos se despediram de seus professores e de alguns colegas que ficariam na escola e por fim, o Expresso de Hogwarts partiu em direção a Londres.