Mercenário observa de longe um de seus alvos. Um conhecido empresário dono de uma grande empresa nova-iorquina. "Meu trabalho se encerrará em minutos. Talvez, agora". O Mercenário tem o trabalho mais simples da carreira. Apenas atirar nos dois e aí seu trabalho será concluído.

Continua mirando nos alvos. Esperava o momento certo. O único momento. Aquele em que ambos se cumprimentariam.

...

Dentro daquele prédio, Wilson Fisk tem uma conversa descontraída com o ex-prefeito de Nova York, um homem firme e forte de 80 anos e cabelo grisalho. Apesar da idade, nunca teve problemas de saúde, ganhando o apelido de 'coração de ferro'.

A conversa entre os dois é interrompida. Fisk olha para a porta e encontra o traidor. Aquele que logo morreria. Aproveitou que o prefeito conversava com um jornalista e um fotógrafo e aproximou-se daquele homem. "Hoje você me paga, Osborn."

O homem estava de costas e distraído quando uma mão pesada pousou em seu ombro. Inicialmente se assustou, mas logo sente alívio ao ver quem era.

—Wilson! É bom vê-lo aqui. Como vai Vanessa?

Wilson Fisk tenta manter a calma enquanto olha para Norman Osborn, o empresário de cabelo ruivo dono da Oscorp.

—Bem, eu acho. Ligo constantemente, mas ela continua me ignorando.

Norman Osborn é um dos parceiros de Fisk. É um dos poucos a conhecer a identidade do Rei, mas também um homem que dispõe de muita confiança do Rei. Essa traição não será perdoada.

Norman não pôde deixar de perceber a rosa no bolso do paletó de Fisk. O Rei nota o olhar de seu associado pousando sobre a rosa, sorri e lhe oferece.

—Gostou? Pode ficar.

—Por que eu ficaria? - Norman começa a suar. - Sei de seus métodos, Wilson. Não aceitarei essa rosa. O que lhe fiz para...

—Osborn, você contratou aquele mercenário para atacar minha empresa ontem. Não se faça de inocente - sussurra Fisk. Norman o encara por um longo tempo.

—Não, não fui eu. Eu jamais faria uma coisa dessas! – Dá para sentir o medo na voz de Osborn.

...

Do lado de fora, Mercenário mira através da janela exatamente no corpo grosso de Fisk. Mesmo que a bala perca velocidade atravessando a janela, ela ainda será veloz o suficiente para atravessar o corpo gordo do empresário e também acertar Osborn em um tiro só. Quando percebessem a origem da bala, ele estaria o mais longe dali. "Plano perfeito de uma mente brilhante." Ele não se referia a si mesmo, mas ao seu chefe. Sem perder aquela oportunidade, o Mercenário aperta o gatilho. Em questão de segundos, mataria. De repente, um tiro soou pelo silêncio da escuridão. A bala percorre todo o perímetro e atravessa a janela. Mas algo impressionante acontece.

Um rapaz saltou exatamente na hora do disparo e, como se fosse o homem mais forte do mundo, empurrou o corpo gordo de Fisk, tirando-o do caminho. Osborn também não foi acertado, o rapaz o moveu juntamente com Fisk.

...

Graças a sua incrível audição apurada, Matt Murdock ouviu o barulho de tiro. Prestou atenção nos convidados, mas ninguém estava ferido no chão. "Frank". Sem perder tempo, Matt sai correndo do prédio pela porta dos fundos e troca de roupa, escondendo seu estiloso terno. Como estava com a fantasia por baixo, não perdeu tempo e apenas pôs sua máscara para esconder o rosto. Pegou sua bengala e a transformou em dois bastões. Em seguida, subiu pela escada de ferro que estava ali perto.

O Demolidor pôde sentir o cheiro da pólvora dispara e começa a segui-lo. O disparo não foi muito longe.

...

Mercenário não estava acreditando naquilo. Ele errou um tiro! Um garoto tirou os alvos do caminho! Um garoto! Mesmo assim, ele errou o tiro! Em toda a sua vida profissional, é o primeiro tiro perdido.

Enfurecido ele vê a chegada de alguém vestido de vermelho-vinho correndo na rua. Fantasiado como um demônio, o Mercenário logo soube quem ele era. “Um pouco de diversão para variar”.

O assassino posiciona o rifle e mira no demônio de Hell’s Kitchen, mas ouve o disparo de uma arma. Então, o rifle cai do prédio e ele olha para baixo. Um homem com camisa de caveira.

...

Frank Castle observa o Mercenário descer daquele prédio. O assassino jogou uma corda e começou a descer. "Confronto comigo?”. Frank guarda a arma na cintura, apenas caso precise. Na perna, deixou uma faca. Porém, ele não desejava esperar. Queria logo fazer a justiça. O seu tipo de justiça. Pega sua pistola e mira no Mercenário, mas uma mão pousa em seu ombro.

—Você veio. - Diz Frank, sem virar o rosto.

—Frank, não faça isso. Precisa de um plano.

—Meu plano é único: Atirar neste sujeito e acabar com essa briga toda.

—Ele não precisa morrer, Frank. A justiça pode cuidar dele.

—Assim como cuidará do Fisk, do cara que o contratou e de qualquer criminoso que surgir, não é? Nada feito. Vou matá-lo, quer queira ou não.

O Mercenário surge e aplaude a discussão dos dois homens. Ele puxa uma carta de baralho. E o confronto está prestes a iniciar.