Quando eu olhei para meu pai... não espera não era meu pai por inteiro era só seu braço, todo ensanguentado. Comecei a literalmente chorar sangue, não sei como fiz isso, mas estava jorrando e eu não me importava apenas pinicava um pouco a região:

— Por favor não... – eu implorava.

Meus pais haviam sido esquartejados, eu vi o pescoço de minha mãe separado de sua cabeça e seus braços foram arrancados também. O sangue jorrava cada vez mais de meus olhos:

— MAMÃE?.... PAPAI? …- eu via meu pai separado de sua cintura e seus olhos também não foram poupados.

Eu me ajoelhei no chão olhando a cena. Fiquei ali parado por uns cinco minutos, até que me dou conta do que está acontecendo, e eu me levanto e saio correndo de minha casa com medo de que o assassino estivesse por perto. Olhando de longe minha casa agora parecia estar toda ensanguentada. Com o Senhor Meia Noite ao meu lado eu fui para uma floresta que tinha ali próximo. Até que cheguei a floresta, e enquanto corria acabei tropeçando em um tronco de arvore e obviamente caindo. Eu não bati minha cabeça em nada, mas apenas o simples ato de cair em solidão me veio a desmaiar. Eu disse que estava desmaiado, mas em meio ao desmaio eu me vejo sendo carregado por uma criatura encapuzada me levando para algum lugar.

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- Dean... por favor, siga minha voz. Quando eu contar até três, você irá acordar... um... dois...três... Dean, como você se sente?

Eu acordo lentamente e vejo que estou em um escritório de um psiquiatra, bom pelo menos parece até estou deitado em um sofá – cama. E o homem que falou comigo também tem pose de doutor, dá para perceber de que tem cabelos grisalhos coloridos de castanho, ele usa óculos, e está usando um suéter por cima de sua gravata e a outra parte de sua roupa branca. Sua calça é casual marrom combinando com seu suéter também marrom e sapatos sociais daqueles que os mais velhos usam:

—Eu estou bem, eu acho. Apenas triste de ter visto aquelas coisas... – disse um pouco cabisbaixo.

— Tristeza é uma coisa que todo mundo tem dentro de si... – disse o doutor com paciência e atenção.

— Eu quero ir para casa.

— Sinto que a polícia está trabalhando sobre o caso e até agora nenhum responsável apareceu para cuidar de você.

— Olha eu não ligo tanto para isso, na verdade o que eu quero mesmo é encontrar o maldito assassino! E meu gato...

— Seu gato está desaparecido. Seria impossível encontra ló agora... – disse o doutor- mas agora eu tenho algo para você, Dean.

— O que é?

Ele aponta para uma mesa que tinha ali próximo:

— Está vendo na mesa? Tem um pacote ali para você. - Disse-lhe- é da tia Grace. Pegue.

Me levanto do sofá cama, e vou em direção a mesa, nela a um pacote e dentro dele tem uma média mochila de aventuras que logo reconheço:

— É a mochila de aventuras do meu pai...

— Abra. Tem alguma coisa dentro.