A manhã passou um tanto rápido, ajudei Marilla a limpar a casa, quando me vi livre, desenhei o estilo de vestido que desejava costurar quando receber o pagamento e arrumar o tecido, teve um momento que escutei baterem na porta, fiquei atenta e escutei a voz de duas mulheres, pelo conhecimento que tinha de Anne e pelo pouco que eu ouvi, sabia que se tratava das mães progressivas.

Deixei isto de lado, já que em minha opinião, está reunião era mais do que desnecessária, mas okay né .

Por fim quando perdi a vontade de desenhar, desci as escadas para falar com Marilla, ela me avisou que teria de ir a um compromisso, mas me alertou que Matteu e Jarry estariam trabalhando e qual quer coisa poderia ir pedir a eles.

Concordei já sabendo de seu compromisso com as mães.

Me despedi dela, que foi até la fora falar com Matteu, enquanto isto sem saber o que fazer, fui até a estante da sala ver se encontrava algum livro e por sorte achei um, ele falava de romance o que instantaneamente me chamou atenção .

Então me sentei no sofá e comecei a ler, até me ver enjoada.

Caramba, o tempo aqui definitivamente não passa e isto chega a ser agonizante.

Quando Marrila chegou eu estava olhando para o teto de meu quarto, imaginando em que cena Anne deve estar vivenciando agora .

—Espero não ter demorado.-Fala Marilla assim que eu desço as escadas.-Preciso fazer o almoço.

—Gostaria de ajuda?

—Bem, se desejar, agradeceria.-Concordo e coloco a mão na massa, aprendi uma receita nova de torta de carne .

Quando terminamos eu escutei alguém bater a porta, Marrila foi até la e a abriu liberando a entrada para a senhora Rathel entrar nervosa:

—Marilla, quando eu soube...-Ela diz entrando mas para ao me ver.-Ah Olá Merlya, como está?

—Estou bem obrigada e a senhora?

—Em perfeito estado, mesmo sabendo o que descobri.-Fala e vejo Marilla revirar os olhos.

—Merlya, você faria o favor de avisar Matheu que cheguei e que logo o almoço estará pronto?

—Claro senhora Cuntbert.-Digo já saindo pela portinha e indo em direção a colheita.

Consigo ver ao fundo, lá tras, o senhor tetando retirar ervas daninhas das plantas, me aproximo e ele me olha :

—Senhor Cuntbert, Marilla mandou avisar que ela já retornou.-Ele concorda com a cabeça apenas.-E que o almoço está quase pronto.-Novamente só um aceno.

Olho para o campo e vejo que ele realmente ainda tem muito trabalho pela frente:

—O senhor gostaria de ajuda?-Ele espreita os olhos .

—Não, é ...obrigada .

—Por nada .-Solto um sorriso sincero, me viro e volto para humilde casa.

Quando me aproximei mais pude ver Anne entrando pela passagem que tem entre as madeiras.

Ela vinha com um olhar meio cabisbaixo e eu sabia o porquê:

—Anne.-Digo acenando com o braço levantado, ela sorri e corre em minha direção.

—Ola Merlya, como foi o seu dia?Espero ter sido bom.-Fala bem rápido.-Caramba hoje o dia passou bem lentamente não é mesmo?

—É, como foi a escola?

—Ela foi bem, gostei de como são as coisas.-Diz em quanto entramos na casa -Voces duas são uma expiração.-Diz Anne a Marilla e Rathel.-Pensar que são amigas desde a escola!Almas gêmeas desde sempre.-Diz depois de colocar o chapéu no cabideiro.-Como vocês conseguem?Qual o segredo?-Elas se entreolham.

—E como foi a escola?

—Acho que foi bom, bom mesmo, estou feliz de estudar lá.-Fala indo para a escada.-Guardarei as coisas e já volto.

Elas a olham subindo e eu suspiro, vou atrás dela que vai em direção a seu quarto.

—Certo Anne, agora eu quero que você me conte mesmo o que aconteceu.-Digo.

—Eu falei a verdade Merlya, foi ótimo e eu adorei tudo que ocorreu.

—Anne você tem que saber que pode confiar em mim, eu vou apenas lhe ajudar.

—Sei disto Merlya, mas agora...

—O que você aprendeu na escola?

—Falamos sobre várias coisas, português ditou e lemos um livro, matemática falou sobre soma e divisão.

—Certo me mostra como faz então.-Ela me olhou meio apreensiva .-Eu sabia que você não entendeu Anne e como disse eu estou aqui pra te ajudar .-Pego a lousa e o giz de sua mão e a mostro como fazer, logo ela entendeu e me agradeceu .

Depois fomos almoçar e eu fui trabalhar.

Por um milagre o dia começou a passar rápido, mas foi muito cansativo, na realidade passei boa parte dele refletindo.Depois da confusão da escola, Billy aparece para Anne e a chama de cadela.

Quantas vezes eu me segurava para não bater o celular na parede ou chinga-lo alto e em bom som para que todos saibam o quanto o odeio.

Pensei muito, esperava que isto não mudasse nada, mas não poderia ficar parada vendo está barbaridade ocorrer.

Quando Jerry chegou eu me despedi das meninas e segui viagem, estava exausta e cheguei a adormecer um pouco no ombro de Jerry.

Quando cheguei em Green gables Anne me mostrou animada tudo que tinha feito, a parabenizei e logo jantamos.

Por fim, quando toquei em minha cama desabei em um sono pesado.

Levanto assustada, o sol raiava, mas algo estava incomum, Anne não havia me acordado.

Me troquei rápido e desci as escadas a procurando, quando Marilla veio a meu encontro:

—Bom dia Merlya, está tudo bem?

—Sim senhora Cuntbert, Anne está onde ?

—Ela acabou de sair para ir a escola.-Arregalo os olhos.

—Eu esqueci de falar sobre algo da matéria com ela.-Digo já indo até a porta.-Logo estarei de volta.

Nisto corro super rápido, mesmo não sabendo direito o caminho.

Passo pelas arvores correndo até que começo a reconhecer melhor o local.

Ao me aproximar mais do lugar desejado apenas escuto a voz do idiota falando absurdos a Anne.

Neste mesmo momento eu corro e entro na frente dela:

—Cale está boca nojenta pra falar de minha amiga seu idiota de uma figa.-Digo apontando meu dedo na cara dele.

—Voce...

—É, eu mesma, algo contra abutre?

—Voce é amiga desta cadela?-Diz e a raiva sobe.-Espera, você me chamou de que?

—Se desculpe agora com ela, se não eu juro que você vai sair sem dente daqui.

—Merlya.-Fala Anne me segurando.

—Não me toca Anne, se não eu juro que esguelo ele aqui mesmo, não estou com paciência pra brincadeira.-Digo e escuto ele rir, o olho com o olhar mortal.-Agora eu percebo o porquê de você ser assim.-Digo e ele levanta as sombrancelhas e solta um sorriso cínico.-Seu ego é tão fraco que precisa humilhar garotas que não te fizeram absolutamente nada apenas para se sentir melhor.

Seu sorriso por um momento some e o vejo espreitar os olhos:

—Quem você acha que é...

—Eu sou quem eu quiser garoto.-Ele olha pra mim, sorri novamente e olha para trás de mim onde Anne se encolhia.

—Vejo que a cadelinha tem uma protetora, nem encarar os problemas sozinha ela sabe.

—AH MAIS EU JURO QUE VOCE VAI SE ARREPENDER AGORA SEU ENCAPETADO IDIOTA.-Digo indo pra cima dele, em quanto o mesmo ia para trás, mas neste momento, esquecido por mim, uma outra voz entra no local.

—Hey Billi.

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Uma reflexão aqui de escritora, EU AMEI ESCREVER ESTE CAPÍTULO.

Espero que tenham gostado também.