Sobre a Derrota de Alduin na Primeira Era

Como se narra em A Jornada do Nórdico, um dia chegou aos portões do Jarl Hakon de Whiterun o grande mago, Felldir, um associado ao Colégio de Winterhold, e quatro nórdicos junto com ele: na realidade, ninguém mais que Gormlaith Cabo-Dourado, descendente de nobres, e seus três companheiros de exílio. Com eles partiu, para sua grande surpresa, numa mauardava o tesouro foi banido no tempo com o uso dos Pergaminhos Antigo. Mas, embora antes que tudo estivesse terminado, a Destruição de Ivarstead tenha sido travada e Gormlaith tenha sido morta, e muitos feitos importantes tenham acontecido, o assunto não teria sido de muito interesse para a história atual, ou merecido mais que uma nota nos longos anais da Quarta Era, se não fosse por um “acidente”.

O banimento de Alduin só foi possível, uma vez que seria impossivel a sua derrota pela espada, porque o grupo foi assaltado por autômatos das profundezas; e então aconteceu que o Jarl Hakon I de Whiterun ficou perdido nas profundezas dwemeris por um tempo nas escuras minas dos anões sob as montanhas nevadas e ali, enquanto fugia de uma horda de repulsivos elfos de uma era esquecida, achou um pergaminho.

Guardou-o. Na hora isso pareceu mera sorte.

Esse relato Hakon colocou em suas memórias e parece nunca tê-lo alterado, nem mesmo depois do Conselho dos Barbacinzas. Evidentemente isso ainda constava nos Registros da Fortaleza do Dragão original, da mesma forma que em varias cópias e resumos. Mas muitas cópias contém a história verdadeira (como uma alternativa), derivada sem dúvida das notas de Othrelot, o sábio guardião de Jarl Hakon; este soube a verdade, embora não parecesse disposto a apagar qualquer coisa já escrita pelo velho jarl.

Felldir, entretanto, desacreditou da primeira história de Hakon assim que a escutou e continuou muito curioso a respeito do pergaminho. Finalmente conseguiu saber da verdadeira história pelo próprio Hakon, depois de muitos questionamentos, que por um tempo estremeceram sua amizade; mas o sábio parecia considerar a verdade importante. Embora não dissesse isso a Hakon, ele também achava importante, e perturbador, o fato de o bom jarl não ter contado a verdade desde o começo, o que era contrário aos seus hábitos.

Sobre as aventuras posteriores de Hakon é preciso dizer pouca coisa mais.

Com a ajuda do pergaminho, que Felldir usou para banir Alduin no tempo, ele escapou da fúria do Devorador de Mundos na Garganta do Mundo e reencontrou seus companheiros.

Guardou o pergaminho por muito tempo durante a viagem, mas quando Felldir secretamente o tirou dele enquanto Hakon dormia para tentar analisá-lo, o mago enviou o Pergaminho para Cyrodiil. Entretanto, no começo da Quarta Era, todos os Pergaminhos Antigos desapareceram do Palácio Imperial em Cyrodiil e foram espalhados por Tamriel. Havia voltado, pelo desejo dos Divinos, à seu lugar de origem.

Hakon voltou para sua casa em Whiterun, no seu vigésimo terceiro aniversário e nada de muito notável aconteceu no Estado de Whiterun até que, muitos séculos depois, começou uma expedição para a captura do rebelde Jarl Ulfric Stormcloak de Windhelm (4E 201). Neste ponto a história começa.