O vento que as hélices do helicóptero faziam, iam contra a rosto de Lory mexendo com alguns fios de cabelo que tinham se desalinhado de seu rabo de cavalo. A roupa do exército servia como uma luva no corpo da morena. Antes de entrar no helicóptero James Rhodes virou para a Stark e perguntou;

ㅡ Tem certeza?

ㅡ Eu não sou mais uma criança, Rhodes.

Lory subiu no helicóptero junto com a equipe de soldados armados. Seu coração sentia que a situação não era boa e isso significava que precisava ser forte como sempre tinha o costume de mostrar ser. Procuraram por horas e quando Rhodes disse para voltarem e continuarem amanhã, Lory mandou continuarem por mais uma hora indo mais para o norte. A garota não tirava o binóculos da frente do rosto, ela não iria descansar tão rápido.

As semanas seguintes se resumiam em manhãs a procura aérea atrás de Tony. As tardes eram trabalhando na Indústria com Pepper de apoio e a noite Lory aliviava o estresse em um saco de boxe ou tomando seus remédios para se controlar melhor. Até que durante uma tarde ela recebe uma ligação de Rhodes.

ㅡ Oi, alguma notícia?

ㅡ Encontramos ele.

ㅡ Como ele está? - levantou em um pulo da cadeira, seu coração pareceu se agitar por instantes. Já havia se passado dois meses e meio, as esperanças já estavam sumindo.

ㅡ Está vivo assim como o sarcasmo.

ㅡ Pode avisá-lo que vou matá-lo, por favor? - sorriu de lado com o olho marejado.

[...]

Pepper Potts, Happy e Lory estavam no aeroporto dos aviões do exército quando viram o avião em que Tony estava, aterrissar na pista. A plataforma traseira do avião baixou e mostrou um Tony com o braço direito imobilizado e com Rhodes ao seu lado. Conforme eles se aproximavam podia se ver os arranhões no rosto de Tony, e mesmo assim ele não perdia a pose de playboy bilionário em um terno caro. Lory ficou aliviada em vê-lo, o irmão era o centro de tudo pra ela, mesmo eles nunca expressando sentimentos com palavras. Mas, sabiam a importância um pro outro, principalmente quando os pais se foram.

ㅡ Olhinho vermelho, andou chorando pelo chefe? - Tony olhou para Pepper, ele não conseguia olhar para a irmã que tinha uma cara passiva, talvez porque ele podia se sentir emotivo demais se a olha-se, e parecer sensível não era o jeito que Tony queria ser visto.

ㅡ Lágrimas de alegria, odeio procurar emprego.

ㅡ É, as férias acabaram.

ㅡ Férias agitada a sua. - Lory diz ironicamente. - Olá, Irmão.

ㅡ Irmãzinha... A quanto tempo. Senti sua falta - Tony colocou a mão no ombro de Lory como uma simples demonstração de carinho.

Lory sentiu que Tony estava ansioso, hostil, triste, porém naquele instante ele estava nostálgico e afeto ao olhar para ela. Ele realmente estava com saudade, e se segurando para não fazer uma cena dramática de carinho em público.

ㅡ Não achou as férias muito curta? - franziu a testa inclinando a cabeça. Pepper riu e Tony sorriu.

ㅡ Achou que fosse natal? - Tony brincou e Lory revira os olhos, "é, eu achei que fosse" pensou a morena.

Eles entraram no carro e Tony queria duas coisas; um xis-burguer e uma coletiva de empresa. A primeira parada foi o Burguer King e depois a indústria Stark, que ao chegar lá já estava cheia de repórteres, seguranças e o Obadiah com um enorme sorriso na face, "falso" pensou Lory. Quando a coletiva começou Lory estava ao lado de Pepper no fundo da sala, até um homem pouca coisa menor que as mulheres, chamou a ruiva.

ㅡ Srta. Potts? - disse ele - Posso falar com você? - ele era meio calvo, usava terno preto, postura reta e um rosto tão ameno e passivo que podia se passar por um segurança da rainha Elizabeth.

ㅡ Não faço parte da coletiva, mas já vai começar. - sorriu simpática.

ㅡ Não sou repórter. - a resposta fez Lory começar a prestar mais atenção na conversa, discretamente. - Agente Phil Coulson. Sou da Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão. - entregou um cartão para Pepper.

ㅡ Título grande. - ela diz, pegando o cartão.

ㅡ Estamos tentando diminuir.

ㅡ Já fomos abordados pelo Departamento de Defesa, FBI e CIA... - Pepps contava nos dedos.

ㅡ Somos uma Divisão separada, com um foco mais específico. Temos que interrogar o Sr. Stark sobre sua fuga. - Lory gravou tudo o que ele disse em sua memória, assim como o rosto do homem, ela gostava de estar atenta a tudo e sempre estar informada.

ㅡ Agendarei uma hora. - Pepper disse.

ㅡ Obrigado. - ele se afastou.

Tony pediu para que todos se sentassem no chão, algo bem informal e continuou comendo seu hambúrguer em frente a imprensa e todos os jornalistas curiosos.

ㅡ Que bom ver você. - Tony disse para Obadiah, coisa que Lory não gostou, talvez chamasse de ciúme ou inveja, mas nunca admitiria. - Nunca pude me despedir do meu pai. Perguntaria coisas a ele. Perguntaria a ele como se sentiria com o que esta companhia fez. Se teve conflitos, se alguma vez teve dúvida. Talvez fosse exatamente o homem que víamos no jornal. - Lory sentiu o coração apertar, nunca mais ouviu Tony falar do pai deles antes, aquilo ainda a machucava. - Vi jovens americanos mortos pelas armas que criei para defendê-los e protegê-los. E vi que me tornei parte de um sistema que se isenta de responsabilidade.

O rumo que aquilo estava tomando era sobre assuntos que por várias vezes enquanto Tony estava fora fez com que Lory se questionasse se ele realmente tinha tudo no controle da Indústria Stark. Suas dúvidas, talvez, estavam ficando claras agora. Um repórter perguntou:

ㅡ O que aconteceu lá?

ㅡ Meus olhos foram abertos. Percebi que tenho mais a oferecer a este mundo do que só explodir coisas. - ignorou a pergunta e se levantou do chão indo para o palco falar ao microfone. - E por isso fecharei a Divisão de produção de armas da Stark Internacional.

Obadiah se levantou assustado e fez com que Tony saísse do microfone, os repórteres se levantaram e encheram de perguntas, flashes de câmeras em Tony eram disparadas e a sala inteira estava um caos total, seria a primeira capa de todas as revistas e jornais. Pepper abriu a boca em surpresa e Lory simplesmente riu impressionada, mas claro, não diria isso em voz alta. Nunca foi de concordar com as decisões de Tony, principalmente por implicância antiga, mas dessa vez ele parecia ter razão e tinha o apoio da irmã.

[...]

"Indústrias Stark, tenho uma recomendação para vocês;" - falou um apresentador na TV em um canal de críticas e fofocas. Pepper sentada no sofá da sala olhando, até que Lory entrou parando atrás do sofá silenciosamente. - "Abandonar o navio! É uma fábrica de armas que não fabrica armas."

ㅡ Que cara otário. - Lory disse assustando Pepper que não viu a menina parada ali.

ㅡ Ele sabe o que está fazendo, não é? - Pepper pergunta se referindo a Tony.

Antes de Lory pensar em responder, Tony chama Pepper pelo aparelho comunicativo em cima da mesa de centro.

ㅡ Pepper! Suas mãos são grandes?

ㅡ O que? - Pepper franziu o cenho.

ㅡ Está com as mãos limpas? - Perguntou Tony novamente.

ㅡ Não estou entendendo. Porque está perguntando? - a ruiva franziu o cenho e Lory também estranhou a pergunta.

ㅡ Desça aqui para fazer um serviço. - ele pediu e Pepper levantou e desligou o aparelho.

ㅡ Vou com você. - Lory fala, enlaçando o braço com o de Pepper, andando juntas em seus saltos altos.

ㅡ Obrigada. Às vezes não entendo seu irmão.

ㅡ Ah, Pepps... ás vezes eu gostaria de não entende-lo.

Lory e Pepper desceram para a oficina/garagem onde Tony passava a maior parte do tempo. A ruiva colocou a senha para abrir a porta transparente onde lá dentro tinha um Stark mais velho deitado em uma cadeira reclinada sem camisa e com o Reator Arc do peito a mostra. Mallory quando soube que Tony tinha conseguido fazer um reator arc em um tamanho menor funcionar, ficou de primeira surpresa, pois nem Howard, quem considerava o real gênio Stark, nem ele tinha conseguido tal proeza. Ela estava orgulhosa de Tony, mas não pensava em compartilhar desses pensamentos em alto som, ele se gabaria disso a vida toda.

ㅡ Que bom, trouxe reforço. - Tony disse olhando para a irmã mais nova.

ㅡ O que está fazendo? - Lory perguntou olhando para o peito do irmão, era a primeira vez que via aquilo no seu peito pessoalmente.

ㅡ Ah meu Deus, é isso que te mantém vivo? - Pepper perguntou se aproximando com o cenho franzido.

ㅡ Era. Agora virou antiguidade. Isso é que vai me manter vivo num futuro próximo. - mostrou um novo Reator Arc em sua mão. - Ao trocar por um mais atualizado, me deparei com uma lombada.

ㅡ Como assim? - Pepper perguntou confusa.

ㅡ O que te fez pensar que podia fazer isso sozinho? Só um idiota mesmo. - Lory fala, tirando o blazer preto e colocando o cabelo escuro para trás das orelhas. - Deixe-me ver.

A Stark mais nova retirou o Reator velho e viu o problema que Tony tinha se deparado, era um fio no meio de muito pus. Depois de tirar o fio com cuidado e agilidade, sentindo que Tony sentiu dor, colocou o novo Reator Arc no peito do irmão.

ㅡ Perfeito, quer um novo emprego? - Tony perguntou para a irmã.

ㅡ Achei que resolver seus problemas sempre fosse meu emprego fixo. - respondeu olhando as mãos meladas de pus. - Tá me devendo uma, Anthony.

ㅡ O que eu faço com isso? - Pepper perguntou sobre o velho reator em suas mãos.

ㅡ Destrua. - Tony colocou a camisa de volta.

ㅡ Não vai querer guardar?

ㅡ Pepper, eu já fui chamado de muitas coisas, menos de nostálgico.

ㅡ Playboy e arrogante são uma delas. - comentou Lory limpando as mãos em um pano e Tony revirou os olhos.

ㅡ Isso é tudo, Sr. Stark? - Pepper para na frente do moreno o olhando atentamente.

ㅡ Sim, Srta. Potts. - Tony olhou para a ruiva e Lory viu um clima diferente entre os dois. Depois de Pepper sair, Lory seguiu o irmão com o olhar, Tony começou a falar com um robô de limpeza.

ㅡ O que estas coisas estão fazendo na minha mesa, hein? Esse aqui é meu telefone, uma foto minha com meu pai. E ponha esse papel no lixo. - Lory olhou a foto dos dois juntos, Tony tinha uns doze anos na época, a menininha Stark mal tinha fotos com seu pai, ele sempre andava ocupado.

ㅡ Ela gosta de você. - comentou a Stark mais nova.

ㅡ Pepper? - perguntou confuso.

ㅡ É, dá pra ver pelo olhar. - Tony parou para pensar nas palavras da irmã caçula, mas voltou a seus afazeres no seu computador tecnológico.

ㅡ Eu pago bem. - ele responde.

ㅡ Disso eu sei.

ㅡ Vai ficar por aqui? ou vai voltar para a Inglaterra com aqueles britânicos certinhos tomando chá da tarde? - Tony mudou de assunto.

ㅡ Eu não bebo chá! E por acaso você se importa com minha ausência? - Lory cruza os braços e levanta a sobrancelha.

ㅡ Não me importo se você ficar por um tempo aqui, também é sua casa, afinal. - disse ainda olhando a tela do computador.

ㅡ O que deu em você? Está parecendo um velho a beira de um colapso tentando consertar as coisas com a família. Não me diz que serei a única herdeira do trono, serei?

ㅡ Eu não vou morrer, mas o tempo que eu passei lá e tudo que eu vivi me fez pensar melhor sobre o tempo que eu perdi que não passei com minha irmãzinha. Qual seu último aniversário que passamos juntos? Quando rimos juntos como irmãos normais e comemos um refeição em uma mesa com comida caseira?

ㅡ Primeiro, meus 16 anos. Segundo, eu sempre rio de você, não é minha culpa se você não sabe rir de si mesmo. E terceiro, nós nunca comemos uma refeição caseira em toda nossa existência! - fez careta ao lembrar.

ㅡ Olha só, já fazem sete aniversários que eu não passo com você.

ㅡ Na verdade são onze aniversários, eu tenho 27 anos Tony.

ㅡ Jura? Me sinto velho agora. - ele leva a mão ao coração dramatizando.

ㅡ Tony se você quer que eu fique é só pedir. Eu realmente não posso imaginar o que se passou com você lá, mas isso fez você voltar com a mente mais aberta e talvez um pouco mais madura, quem sabe agora sua mentalidade tenha melhorado, pra variar.

Lory falava sério, realmente sentia isso nas emoções do irmão, e o mesmo também parecia estar passando por algo parecido com luto, algo triste tinha acontecido lá.

ㅡ Engraçadinha. Se você puder ficar por algumas semanas para me apoiar num projeto novo que eu estou criando, seria interessante.

ㅡ Eu ajudo. Alias, achei sua iniciativa de cancelar a projeção de armas muito boa. Mas eu realmente espero que você tenha uma ideia melhor agora.

ㅡ É claro que eu tenho, quem você acha que eu sou?

ㅡ Um completo idiota, mas um gênio. - sorriu forçadamente e Tony rolou os olhos.

Os dois riram e o Stark mais velho disse tudo o que estava pensando, tudo o que fez ele mudar seu jeito de ver o que a empresa Stark poderia melhorar. Os dois foram atrás de Rhodes, mas ele negou ajudar no que quer que seja o que os Stark's estavam tramando. Então, eles voltaram para casa e começaram o projeto. Trabalharam por dias seguidos a base de cafeína e hambúrgueres, seus alimentos favoritos.

ㅡ Tá bom, vamos começar os testes dos propulsores da Mark 2. Comece com 4% da energia. - Lory disse mexendo nos computadores.

Tony acionou os propulsores e em menos de dois segundos ele voa para trás batendo de cara na parede traseira e caindo no chão. Lory cobriu a boca com as mãos, assustada e ouviu o irmão resmungar.

ㅡ Acho que começamos com muito. - sem conseguir segurar por muito tempo, caiu na risada. - Que bom que estamos filmando!

ㅡ Calada! - o Stark mais velho grita.

Após se recuperar do acidente, Tony volta para a plataforma do centro da oficina/garagem, ele se posiciona respirando fundo.

ㅡ Certo, dessa vez vamos começar com 2.5% de energia. - Lory diz, segurando um doce de alcaçuz na boca.

Tony se prepara e aciona os propulsores, ele começou a flutuar usando os pés e os braços da armadura ainda não completa, dessa vez nenhum desastre.

ㅡ Ohu! - Tony começou a voar com cautela pela garagem ainda sem nenhum pouco de controle nos propulsores. - Beleza, é aqui que eu não quero estar! - Tony diz enquanto tenta sair de cima dos carros onde estava quase estragando a tinta com a energia dos propulsores.

ㅡ Acho que está tudo certo, só tem que praticar. - Lory olhava os dados no computador.

Depois de mais dois dias a Mark 2 estava pronta, uma armadura totalmente prata ainda sem um design de cor criada, o sistema do Jarvis já estava instalado nela e Tony vestido na armadura completa dessa vez.

ㅡ Verifique clima e tráfego aéreo, escuta de controle de solo.

ㅡ Senhor ainda a terabytes de cálculos antes de um voo...

ㅡ Jarvis! - Tony repreende.

ㅡ Jarvis tem razão, não coloque a carroça a frente dos bois. Isso é algo sério. - Lory que estava nos computadores falou ao irmão.

ㅡ Mallory, às vezes temos que correr antes de andar. - Tony disse, e Lory revirou os olhos e bufou, odiava a teimosia do irmão mas odiava ainda mais quando alguém a chamava pelo primeiro nome.

Tony voou para fora da garagem a toda animação, enquanto isso Lory ficou nos computadores cuidando para que tudo corresse bem.

ㅡ Qual o recorde de altitude? - Tony perguntou.

ㅡ O recorde de altitude de aeronave de asa fixa é de 85 mil pés. - Jarvis respondeu.

ㅡ Recordes são feitos para serem quebrados! Vamos lá! - Tony gritou animado.

ㅡ Tony, eu não acho isso uma boa ideia. Precisamos instalar um programa especifico para altitude. - Lory avisou, mas quem disse que o outro Stark ouviu? Logo que Tony alcança certo ponto de altitude a Mark 2 começa a congelar e parar de funcionar seus propulsores. - Tony! Tony! Merda, eu avisei!

A armadura tinha se desligado por conta do gelo e Tony estava caindo, a comunicação entre eles não estava funcionando. Depois de uns instantes a energia volta para a armadura e Lory escuta seu irmão rir de entusiasmo, ela suspira aliviada. Quando Tony volta para a garagem com uma entrada triunfal caindo do teto da garagem destruindo um dos seus carros, Lory ficou mais irritada.

ㅡ Eu avisei você. Por que é tão imaturo? Poderia ter morrido com uma queda dessa altura.

ㅡ Foi um teste, temos que arriscar as vezes. Agora, temos uma questão para resolver.

ㅡ Isso foi irresponsável, Tony. Se tivesse me escutado... - Lory virou as costas para o irmão e caminhou para a saída.

ㅡ Não vai nem me ajudar a tirar isso?

ㅡ Sua bagunça, você limpa.

Lory foi para o quarto de hospedes onde tinha se instalado e se atirou na cama, estava cansada. As batidas do seu coração começando a voltar ao normal somente agora. Seu irmão sempre foi inconsequente e ela sempre o socorria, voando de um país a outro para ajudar, mas ela nunca, NUNCA, o chamou para ajudá-la. Lory era orgulhosa demais, aprendeu desde pequena a fazer tudo sozinha, a não contar com ninguém além dela mesma, e aprendeu a se cuidar vendo o irmão mais velho sendo rebelde e o centro das mídias. A Stark saiu de seus pensamentos assim que ouviu alguém na porta.

ㅡ O que é? - pergunta se levantando.

ㅡ O que acha de me acompanhar na nossa festa? - Tony disse ainda atrás da porta.

ㅡ O que? - Lory abre a porta. - Uma festa é seu jeito de fazer as pazes depois de me deixar irritada? Precisa me conhecer melhor, irmão.

ㅡ É tapete vermelho, dança e bebida por nossa conta. - sorriu de lado.

ㅡ Não fomos convidados? - Lory franziu o cenho e o irmão sorriu de lado.

ㅡ Alguma vez um Stark precisou de um convite para estar em uma festa?

ㅡ Te encontro lá em baixo em trinta minutos. - fechou a porta antes de Tony dizer alguma coisa sobre não demorar.

[...]

ㅡ Sr. Stark, boa noite. Lady Stark bem-vinda. - disse o manobrista pegando a chave do carro em frente ao evento lotado de pessoas.

Todas as câmeras voltadas aos irmãos mais cobiçados do país e a mídia iria cair em cima de Tony por todos os acontecimentos recentes, mas Lory também estava muito procurada por estar de volta ao lar depois de muito tempo longe da mídia, todos queriam saber o que a Miss Stark andou fazendo nesse tempo longe.

Tony vestia seu terno preto da marca mais cara e elegante com uma gravata borboleta. Lory estava com um vestido preto longo com um decote favorável cheio de brilhos na barra da saia e nos seios, nos pés um salto alto preto de veludo, cabelos soltos apenas com grampos discretos do lado direito fazendo o cabelo ficar todo para um lado. A maquiagem estava simples, apesar dos olhos com uma sombra escura.

ㅡ Obadiah! - Tony cumprimentou quando chegaram perto do homem que dava uma entrevista.

ㅡ Não fomos convidados a nossa própria festa, muito legal. - Lory diz sarcástica com um sorriso falso.

ㅡ Que surpresa, Tony! - cumprimentou sem graça - Achei que sua irmã já tinha voltado para a Inglaterra a essa altura.

ㅡ Nos vemos lá dentro. - Tony não quis papo e já ia puxando a irmã sabendo que a mesma iria bater boca com Stane a qualquer momento.

Os dois Stark entraram no salão e foram direto para o bar pedir uma bebida, Lory já se sentava e viu o mesmo agente que tentou falar com Pepper na coletiva de empresa se aproximando de Tony no bar.

ㅡ Sr. Stark. - o agente chama a atenção de Tony.

ㅡ Sim? - ele olha.

ㅡ Agente Coulson. - ele se apresenta vendo Tony pegar o copo de whisky.

ㅡ Ah sim, você é daquela... aquela... - Tony tentava se lembrar do nome da agência.

ㅡ Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão. - Lory falou, logo dando um gole em um martíni.

ㅡ Puxa, que nomezinho grande esse. - Tony fala e Lory recebe um olhar surpreso do agente pela garota ter lembrado do nome com facilidade.

ㅡ É, todos falam isso. - o agente suspira. - Sei que pode ser uma hora difícil para o senhor, mas temos que interroga-lo.

ㅡ Aham. - Tony bebia de seu copo sem dar a mínima para o agente e Lory tinha um sorriso pequeno no rosto vendo a cena, sentindo uma pequena pena do homem.

ㅡ Ainda à algumas perguntas sem respostas e o tempo é determinante nesses casos. - o agente continuou falando e Lory viu o irmão olhar surpreso para outro lugar, ela seguiu o olhar vendo que era Pepper no outro lado do salão, usava um lindo vestido azul. - Vamos marcar um horário. Que tal dia 24 as 19hrs nas Indústrias Stark?

ㅡ Olha, você tem toda a razão. - Tony falou, apertando a mão do agente. - Eu vou falar com minha assistente e marcamos. - Tony saiu de perto.

Lory riu baixo do irmão e do rosto do agente sendo deixado de lado, ela bebeu de seu drink e viu o agente se sentar ao seu lado.

ㅡ Ele não prestou atenção no que eu disse, certo? - ele perguntou.

ㅡ Nem um pouco. - respondeu.

ㅡ Foi o que eu pensei. - ele suspirou e voltou a olha-la. - Impressionante como conseguiu lembrar do nome da agencia. Tem uma memória incrível, Miss Stark.

Lory fez uma careta ao ouvir o apelido ridículo que foi chamada, odiava dês de a adolescência, tempo depois de já ter parado de se candidatar a Miss América Mirim. Maria adorava vesti-la com aqueles vestidos cor de rosa e muito laque no cabelo.

ㅡ Está certo, memória incrível e muito mau humorada quando me chamam assim. - disse secamente ao agente.

ㅡ Me desculpe, essa informação não estava no seu arquivo. - ele diz, chamando a atenção do olhar da Stark.

ㅡ Arquivo? - ela questionou.

ㅡ A agencia em que trabalho, ficou interessada em uma pessoa tão qualificada em física nuclear como você.

ㅡ Eu sou qualificada para qualquer coisa, Agente Coulson, minha inteligência vai além de minhas formações. Mas não estou interessada em participar de nenhuma agenciazinha. Com licença.

[...]