Aquela festa estava cheia de repórteres e fotógrafos e Lory evitava ao máximo ser vista por um deles, mas acabou por ser abordada por uma loira que parecia empolgada em estar perto de Mallory.

— Com licença. - disse a loira ao entrar na frente de Lory. - Sou Christine Everheart. - estendeu a mão mas a Stark apenas analisou a mulher de cima a baixo como se procurasse alguma coisa. Lory sentiu que a garota a sua frente com certeza estava entusiasmada.

— Repórter? - Lory perguntou ultrapassando a mulher que começou a segui-la pelo salão para uma área aberta.

— Sou. E também admiro muito você e estou surpresa por encontrá-la aqui. - a loira fala ao alcançar a Stark e conseguir a sua atenção.

— Por que me admira? - franziu o cenho confusa, a morena sabia o quanto a fama de Miss Stark tinha recebido milhões de fãs, mas depois de quatro anos sem uma notícia certa nas mídias sociais ela achava ter virado apenas uma Stark bilionária.

— Porque você é tão inteligente quanto seu irmão e não perde seu tempo em uma empresa de armas cheia de sangue inocente nas mãos. Há boatos que você esta trabalhando em um laboratório em Londres para achar cura de doenças, é verdade?

Mallory olhou com os olhos cerrados para a loira, a Stark podia sentir repulsa só de pensar em participar de alguma coisa que a ver com sangue inocente, mas nunca deixaria qualquer um falar daquele jeito do império que seu pai construiu. Afinal, ela era bilionária graças a tudo isso. Tirando o fato da última parte ser totalmente uma mentira, a insinuação da Indústria ter sangue inocente nas mãos a incomodou, achou que tudo já tinha parado.

— Encontrar a cura de doenças não faz parte da minha formação acadêmica, Srt. Everheart. Mas o que você quis insinuar com sangue de inocentes? Porque se você esqueceu foi meu pai quem construir essa Indústria, eu estive a frente dela na ausência de meu irmão e não autorizamos mais as vendas de armas para termos tal título que você citou. Apesar de eu concordar que sou tão inteligente quanto ele, o meu irmão não é tão idiota quanto imagina.

— Com todo respeito ao seu pai, ele foi um grande homem. - a loira diz, mas Mallory suspira ao sentir nem um pingo de arrependimento da loira. - Mas seu irmão mentiu ao dizer que fecharia a produção e vendas de armas. - a repórter entrega fotografias para a Stark.

— O que? - Lory franziu o cenho, olhando as fotografias de homens carregando armamentos com o logo da Indústria com seu nome.

— Essas armas foram recentemente entregues aos Dez Anéis e estão sendo usadas para atacar a aldeia de Gulmira. - a loira fala em resposta.

— Tony sabe disso? - Mallory não conseguia acreditar que seu irmão estaria por trás disso, mas mesmo que não estivesse era mais uma coisa que a faria permanecer em New York por mais tempo que o planejado.

— Ele é chefe, é obvio que foi ele quem permitiu. - a repórter fala.

A jovem Stark devolveu as fotografias e se retirou, a repórter tentou fazer mais algumas perguntas mas foi totalmente ignorada. Mallory já estava cheia daquele evento, precisava descansar e pensar em resolver aquilo outro dia.

Prestes a sair do grande salão do evento, Lory encontra Tony e Pepper juntos ao longe e suspira. Segurou uma parte do vestido e saiu do salão, na entrada encontrou vários paparazzi que direcionaram seus flashes para a morena. Ela os ignorava ao máximo, pegou seu celular na bolsa de mão e mandou mensagem para Happy a buscar. Enquanto ela aguardava, alguém que muito irritava a morena se aproximou.

— A miss Stark já vai embora? Tão cedo, a festa mal começou. - Lory fecha os olhos ao ouvir o comentário do dono daquela voz. Ela se vira calmamente olhando para o mais velho e gerente da empresa que carregava seu nome.

— Achei os coquetéis fracos. - respondeu com seu sorriso sarcástico.

— O que ainda faz aqui, Mallory? Ajudando o Tony no projeto novo? - Stane perguntou com um sorriso falso no rosto, a mais jovem sabia o quanto ele estava jogando verde para que ela falasse sobre o novo projeto que seu irmão escondeu de todos.

— Meu irmão pode demorar pra ver seu veneno, mas eu já estou de olho em você a anos, Stane. Então fica esperto, porque eu vou puxar seu tapete e a queda vai doer. - ameaçou vendo os paparazzi tirando foto dos dois conversando.

— Seu pai não ia gostar do seu comportamento bruto, Miss Stark. Você lembra o quanto éramos amigos antes dele morrer. - Stane usou um tom de deboche o que a Stark se irritou profundamente.

Ele avia usado duas coisas que ela odiava em apenas uma frase, primeira; falar de Howard como se ele soubesse o que o falecido pensasse sobre ela. E segundo; a chamou de Miss Stark.

Lory fechou o punho com força e com um breve sorriso de lado deu um soco de direito no rosto de Obadiah Stane, os seguranças o seguraram e os paparazzi ficaram loucos com a cena inédita que conseguiram registrar. Com certeza iriam lucrar com aquelas fotos, todos adoravam uma briga, ainda mais com a Miss Stark que estava fora da mídia a anos.

— Você me paga, Stark. - Stane a olha sério, e ficando mais irritado quando viu o sorriso no rosto da morena.

— Você foi avisado.

— Lory! - Happy a chamou por trás e a mesma acenou para Stane e foi de encontro com o motorista.

[...]

Ela desperta com frio, era um frio físico mas que parecia crescer da alma, junto com um vazio imenso. Se moveu sentindo o cinto de segurança em seu peito, piscou os olhos fortemente para desembaçar a vista, foi quando viu os cabelos brancos do pai, a cabeça sobre o volante do carro totalmente imóvel. Ela se desesperou e a garganta fechou, com as mãos trêmulas e sem perceber que segurou o ar nos pulmões tirou o cinto de segurança, pulou para ficar entre os bancos agarrando o pai pelos ombros o chacoalhando para acordar.

— Pai, acorda!

A voz era desesperada, o segurou da melhor forma que pode e com toda a força de uma menina de oito anos o puxou para encostar as costas dele no assento do carro, foi quando ela pode ver o rosto de Howard, os olhos fechados e sangue saindo do nariz, hematomas de batida. Ela se assustou ao ver, se afastando batendo as costas, se virou para o outro banco e a viu ali, com os olhos abertos e sem vida. Foi nesse momento que largou o ar dos pulmões em um grito amargurado, as lágrimas caíram como água de uma cachoeira, molhando todo o rosto pequeno dela.

— Mamãe, mamãe, mamãe!

Sacudia enquanto tremia, Maria não se movia, não respirava, nada acontecia. Pegou a mão gelada dela e fechou os olhos, ela não sentia nada, apenas um vazio e o frio. Abraçou o corpo e chorou, gritou, soluçava incontrolavelmente.

— Por favor mamãe! Não me deixe! - era um grito quase incompreensível, mas não tinha ninguém ali para escutar além de dois cadáveres.

— Mamãe! - Lory acorda suando frio, olhando o teto branco do quarto.

Um pesadelo, real, mas apenas um pesadelo. - pensou respirando fundo uma, duas, três vezes, mas não foi suficiente. Ela se sentou na cama macia.

Quando olhou ao redor da cama viu a escuridão, névoas escuras rondando a cama e o quarto parecia mais escuro que o normal. Lory encolheu as pernas encostando a cabeça nos joelhos, fechou os olhos e cobriu a cabeça, sussurrou uma contagem até dez, regulando a respiração para voltar ao normal. Após o ritual que aprendeu a fazer depois de anos sofrendo desses pesadelos e descontroles, Lory abre os olhos e olha ao redor, a névoa avia desaparecido por completo e o quarto ficou mais claro como dia. Suspirou e se agilizou para pegar a pequena necessaire no criado-mudo ao lado, ao abrir ela pega a cartela e nota que os remédios tinham acabado, tentou manter a calma, não seria o fim do mundo, mas teria que comprar o quanto antes.

Depois de um banho quente para relaxar, se arrumou e foi até a oficina onde trabalhava com o irmão, mas assim que desceu a escada viu as paredes de vidro quebradas e tudo meio revirado, a Mark 3 tinha sumido, assim como Tony.

— Jarvis? - Lory pergunta caminhando apressadamente entre os cacos de vidro e indo em direção aos computadores na mesa.

— Sim, Srta. Stark?

— Onde está Tony?

— Em Gulmira, senhorita.

Mallory arregala os olhos, era a cidade que estava sofrendo os ataques terroristas pelos mesmos que tinham sequestrado Tony, os mesmos que tinham armamento Stark sem ter ideia de como.

— Jarvis, ligar para o Tony. - segundos depois, a voz do irmão é escutada, com a respiração acelerada e com dificuldade de ouvi-lo por conta de barulhos alheios.

— Irmãzinha, eu estou um pouco ocupado no momento.

— O que está fazendo?

— Um passeio ao ar livre. Dá pra conversar depois, Mallory?

— Anthony, eu sei onde você está. - Lory revira os olhos digitando algo no teclado, logo imagens ao vivo da armadura de Tony começa a ser produzida a sua frente, ele voava sendo seguido por aviões do exército e em imagens anteriores tinha destruído armamentos Stark na aldeia. - Você está encrencado, sai logo daí.

— Espionar é feio, Mallory! - ele diz irônico - Droga, o Rhodes quer falar comigo.

— Passa pra mim. - Lory aperta alguns botões e coloca um fone no ouvido direito. - Oi, Rhodes! Como vai?

— Lory, cadê o Tony?

— Ele tá ocupado, um passeio ao psicólogo, tudo o que eu sempre pedi. - riu forçado.

— É sério, eu preciso de ajuda.

— Ah, a vida dá voltas, não é mesmo? - a garota podia imaginar o mesmo revirando os olhos.

— Falando nisso, tem um depósito de armas que explodiu a poucos quilômetros de onde o Tony foi mantido prisioneiro.

— É uma área bem perigosa pelo que eu sei. Talvez alguém tenho ido fazer o seu trabalho. - usou deboche.

— Lory, você não está encobrindo o Tony, né?

— E quando eu já fiz isso, Rhodes? - "um milhão de vezes" ela pensou suspirando.

— Vocês não tem nenhum equipamento naquela área que eu não saiba, não é? - ele estava desconfiado.

— Não, nada. - diz olhando as imagens de Tony por satélite e dois jatos o seguindo.

— Ah, ótimo. Porque eu estou olhando agora para um equipamento que está prestes a ser destruído.

— Segura aí, Rhodes. Meu irmão tá na outra linha. - Lory respira fundo voltando a falar com Tony. - Sai daí agora, eles vão atacar.

A Stark ficou observando, eles mandaram um míssil mas Tony conseguiu destruir e quase perdeu o controle de voo da Mark, eles começaram a atirar e Tony desviou e fez uma manobra para sumir de vista. Ele estava ofegante dentro do traje.

— Cadê você?

— Abaixo da asa do jato. - ele diz ofegante.

— Tony, fala com Rhodes e avisa que é você. É o único jeito.

Lory passa a ligação de Rhodes para o irmão, após a conversa Tony ainda tinha salvado um dos pilotos que tentou atirar nele. Assim que Tony chegou na oficina o capacete foi tirado, as maquinas começaram o trabalho de tentar tirar o resto da armadura, dando muito trabalho.

— Destruiu tudo? - Lory pergunta e o irmão revira os olhos.

— Não vai começar com sermão agora, Mallory.

— Não me chama assim! - ela exclama irritada e respira fundo. - Não ia dar sermão, seu idiota. Destruiu tudo?

— Destruí! - ele sorriu de lado e Lory riu.

— Ótimo! Agora tem que me contar o que está acontecendo. - cruzou os braços.

— Sobre o que?

— A Indústria, Tony! O Stane está fazendo alguma coisa e você não me conta.

— Ele conversou com o conselho para me tirar como CEO alegando que eu estou com transtorno pós-traumático, ainda mais depois que eu fechei a fabricação de armas. - ele diz tentando chutar a bota do uniforme. - Tira isso!

— Desculpe Sr. mas não está saindo. - Jarvis responde sobre a armadura.

— Eu fiz isso pra sair, então vai sair. - ele diz bufando.

— Então, foi ele quem vendeu as armas para os Dez Anéis. - Lory fala pensativa. - Deveria ter dado mais que um soco naquele careca.

— Depois das inúmeras manchetes do seu lindo soco, com todo respeito, nem você será aprovada pelo conselho. - Tony diz, os dois ouvem barulho de salto e olham para trás, Pepper olhando assustada para Tony na armadura.

— Qual é Pepper, você já me viu fazendo coisas piores! - Tony diz, finalmente se livrando da bota da armadura.

— O que um Stark não é capaz de criar? - Pepper questiona ainda olhando perplexa para a armadura.

— Maquina do tempo? Hm... não, acho que também podemos. - Lory fala dando de ombros e voltando a atenção para o irmão. - Aquele soco não é motivo de me afastarem da Indústria, e eu ainda sou a Stark favorita. - ela pisca o olho e sai da sala.

— A favorita depois de mim! - Tony responde a vendo subir as escadas sem dar bola ao mesmo.

[...]

— Onde vai? - Tony pergunta assim que assiste a irmã atravessar a garagem com o bater dos saltos no piso.

— Negócios pra resolver, você consegue ficar sozinho por um tempo sem se matar, certo? - Lory diz dando uma breve parada em frente ao audi r8 prata de duas portas.

— A garota dos negócios nunca para. Pode deixar, eu sei me cuidar sozinho. - Tony responde, pegando um copo com whiskey.

— Diz o homem que tem estilhaços da própria bomba no peito. - Lory deu um sorriso sarcástico entrando no carro e Tony revira os olhos dando as costas.

Mallory dirigiu para fora da garagem, colocou no GPS a localização de uma farmácia que fosse mais deserta e desconhecida, mas que tivesse os remédios que precisava. Olhou para o espelho retrovisor e notou um carro preto com uma distância significativa, sua memória gravou a placa instantaneamente. Depois de virar algumas ruas não viu mais o carro atrás de si, alguns minutos depois estacionou o audi no estacionamento vazio se não fosse um único carro azul. Antes de sair colocou um óculos escuro, mesmo sendo noite, ela precisava esconder o rosto de algum jeito, uma Stark chama a atenção em qualquer lugar, principalmente em Malibu.

Um sino soou assim que a porta de vidro se abriu, dentro da grande farmácia era bem iluminado, se a Stark não estivesse de óculos escuros provavelmente teria se incomodado com as luzes brancas fortes. Foi direto para o balcão onde um senhor de pelo menos cinquenta anos estava atrás do caixa.

— Boa tarde! - o homem cumprimenta.

— Olá, eu quero cinco cartelas desse remédio. - Lory coloca sobre a mesa o papel da receita, o senhor entreabre a boca surpreso, olha para Lory e concorda silenciosamente.

Mallory estava acostumada com reações desse tipo, os remédios que tomava eram para pessoas com um alto nível de ansiedade e depressão, mas para ela já se foi provado que não causava um efeito igual como nas pessoas normais, mas a ajudava a controlar seu lado sombrio, como costumava chamar.

— Aqui. - o senhor entrega uma sacola e Lory entrega o maço de dinheiro.

— Obrigada.

Uma Stark não precisa de troco, virou as costas, guardou a sacola no grande bolso do casaco azul escuro e saiu da farmácia. O sino tocou novamente, e ao ficar de cara para o estacionamento deserto notou novamente o mesmo carro preto, era a mesma placa e estava estacionado do outro lado da estada sem movimento, não havia ninguém no carro, antes tinha notado no mínimo três pessoas. Lory deu seus primeiros passos em direção ao seu luxuoso audi prata, na metade do caminho ela escutou um barulho baixo, seria quase imperceptível se Lory fosse uma pessoa normal, ela não teria sentido o sentimento de nervosismo no homem a suas costas como ela sentiu. Lory foi rápida e se virou dando um soco no rosto do homem, ele e outros três usavam roupas escuras, tinham barba média e postura de profissionais lutadores, porém dois deles seguravam armas.

— É melhor se afastarem. - Lory fala dando um passo para trás, eles a olharam começando a cercá-la. - Eu não sei quanto pagaram para me matar, mas não vai valer a pena se machucarem por dinheiro.

— Calada. - um deles diz.

Dois avançaram, Lory conseguiu derrubar o primeiro o fazendo girar no ar antes de cair de costas no chão, o segundo conseguiu acerta-la no rosto, mas ela torceu o braço dele, chutou a perna e o usou como um escudo em frente o corpo enquanto os outros dois apontavam as armas e o outro se levantava. Lory respirou fundo deixando seu lado sombrio aparecer, apenas um pouco, apenas naquele momento, ela não se garantia tanto em luta corpo-a-corpo. Sem os homens perceberem quando começou, uma névoa preta e densa os cercou, tinham no mínimo cinco metros de altura o circulo, um deles até tentou evacuar, mas não conseguiu sair, estava preso dentro daquele nevoeiro como se as névoas fossem paredes.

Disparos foram ouvidos, eles não conseguiam ver nada a sua frente por conta da névoa. Um por um caiu, baleados no peito, uns mortos outros chegando quase lá. A névoa ficou menos densa, Lory saiu de dentro do circulo e entrou no carro, não demoraria até mais deles irem atrás dela também.

[...]

Tony olhou o relógio da sala, já tinha se passado uma hora desde que a irmã mais nova saiu, o céu escureceu e a casa de Malibu estava totalmente quieta. O celular no bolso começou a tocar, assim que o abriu viu a foto da linda ruiva que trabalhava pra ele, atendeu e colocou o celular no ouvido, ao mesmo tempo em que ouviu a voz doce e desesperada de Pepper, também ouviu o estridente zumbido que o fez sentir uma terrível dor, não conseguindo mover nem um musculo do corpo.

— Tony? Tony? - Pepper o chamava desesperada, alguém pega o celular das mãos do Stark e lentamente o colocou no sofá azul.

— Respira. Calma, calma. - Obadiah diz por trás. - Você se lembra dessa né? É uma pena o governo não ter aprovado, à muitas aplicações para causar paralisia de curta duração.

Stane desligou o aparelho , tirou os fones do ouvido fazendo questão que o Stark olhasse para ele.

— Tony, Tony. Quando eu ordenei que matassem você, me preocupei que podia matar a galinha dos ovos de ouro. - o mais velho pegou um aparelho de ferro e o colocou no peito de Tony que gemia. - Mas, graças ao destino você sobreviveu. E você tinha que dar o último ovo de ouro.

Obadiah tirou o reator arc de dentro do peito de Tony, ainda preso pelo fio que a própria Lory tinha colocado a algumas semanas. Tony xingava o homem a sua frente de inúmeras ofensas mas nenhuma reação ele conseguia produzir, maldito aparelho que havia criado.

— Você acha mesmo, que só porque tem uma ideia, ela pertence a você? Seu pai nos ajudou a dar a bomba atômica, me diga como seria o mundo se ele fosse tão egoísta como você? - Stane puxa o reator arc arrancando-o por completo de Tony. - Ah, que bonito. Tony, essa é sua nona sinfonia. É sua herança.

Stane se senta ao lado do mais novo, exibindo seu novo troféu roubado em sua mão como se fosse um glorioso mérito de honra.

— Queria que pudesse ver o meu protótipo, não é tão conservador como o seu. Pena que teve que envolver a Pepper nisso, eu queria que ela vivesse. - Stane guarda o reator arc em uma mala, os olhos de Tony estavam marejados e a pele esbranquiçada. - E a vadia da sua irmã a essa hora deve estar afundada com água nos pulmões, admito que não fico nada comovido por ela.

Tony deixou uma lágrima cair, ele gemeu, era tudo que conseguia fazer, seu corpo se recusava a se mover. Apenas pensar em perder a sua única família o causava dores em seu coração, que não era de ferro, como todos pensavam. Obadiah saiu levando consigo o seu reator arc, e tudo que Tony pensava era "Pepper precisa de mim" e "Eu não posso perder minha irmãzinha".

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.