Dark Angel

Capítulo 11 - Termino de fazer coisas inacabadas.


Depois do sonho não consegui mais dormir. Eu sabia que minha mãe era um demônio, não sei porque me surpreendi. Eu suava, resolvi tirar aquele jeans e aquela camiseta e pûs meu pijama, um shortinho e uma blusinha. De repente Dean adentrou o quarto, sem camisa. Me perguntei se havia um lugar que eu pudesse me trancar que ele ou Sam não conseguissem entrar. Ele ficou me olhando da cabeça aos pés umas quatro vezes até que eu disse:

- Algum problema? - Me virei de encontro ao espelho que havia atras de mim.

- Você precisa parar de fazer isso comigo. - Ele disse pausadamente.

- Isso o que? - eu disse me virando para encará-lo.

- De usar essas roupas - Ele disse olhando meu corpo. Aquilo era tão divertido. Eu não podia negar, ele me fazia pensar em coisas que só uma pervertida pensaria. Eu tentava me recusar a olhar para seu peitoral sem camisa, aquilo era demais pra mim.

- Precisa parar de me provocar. - Ele dizia chegando mais perto, fui indo de costas de encontro à parede. Até que me vi presa contra ele e a parede. – É sério. – Ele falou fazendo uma gaiola com seus braços.

- Dean. – Falei advertindo ele. O que eu não preciso agora é confundir meus sentimentos em relação ao Dean também.

Ele foi diminuindo a distancia entre nossos corpos. Ele pegou uma das minhas mãos com seu braço direito e a pousou em seu peito nu, quente, depois colocou o seu braço direito na minha cintura e deu um passo à frente, encostando seu corpo no meu. Não tive coragem de pará-lo, ou talvez eu apenas não quisesse pará-lo.

Coloquei minha outra mão em seu peito e ele na minha cintura. Eu fechei os olhos esperando ele me alcançar, esperando um beijo com muita e apenas luxúria. Ele encostou levemente seus lábios nos meus, encostei minha cabeça na parede e ele mordiscou meu lábio inferior pedindo permissão para um beijo.

O beijo estava cheio de luxúria, desejo, e... Amor. Subi minhas mãos até sua nuca impedindo ele de escapar do beijo, eu queria prolongá-lo, ficar ali para sempre, os beijos dele me causavam isso, e eu sentia o mesmo da parte dele. Ele colocou as mãos em baixo da minha blusa e desabotoou o sutiã, arranhei levemente suas costas, o beijo se aprofundou, se tornou mais voraz, mais urgente. Voltei minhas mãos para sua nuca e acidentalmente arranhei seu pescoço, ele soltou um gemido baixinho, talvez de dor, talvez de prazer.

Ele parou o beijo e arfando distribuiu beijos pelo meu pescoço, o que causou arrepios involuntários por todo meu corpo. Dean sabia tantas coisas, ele me dominava, e me fazia sentir como uma criancinha no jardim de infância, é diferente com o Lucas, talvez assim seja melhor.

- Dean. – Falei acompanhado de um gemido abafado.

- Shh. – Ele me mandou ficar quieta.

Tirou minha blusa e voltou a me beijar.

- Carry on my wayward son... – Ouvi alguém cantando proximo a porta.

Empurrei Dean e vesti minha blusa em questão de segundos.

- Qual é! – Dean reclamou olhando para o teto. Ri da sua reação.

- Stephanie? – Sam bateu na porta e entrou. – Ahn, o que vocês estavam fazendo? – Sam perguntou desconfiado.

- Treinando. – Eu falei e Dean revirou os olhos.

- E por que ele esta sem camisa? – Sam perguntou.

Olhei para Dean sem saber responder.

- Ta calor aqui. – Ele falou com um duplo sentido que apenas eu entendi. – Se você nos dá licença... Nos precisamos de concentração aqui. – Dean gesticulava para ele sair do quarto.

- Ok... Eu vim avisar que eu vou me encontrar com meu antigo colega da faculdade, um dos únicos que não era demônio. – Sam riu fraco. – Tchau. – Ele saiu com as chaves do impala.

Dean me puxou de volta para ele no momento em que Sam saiu do quarto.

- Dean, para. – Falei.

- O que? – Ele falou confuso.

- Vamos treinar. – Ri.

Depois de alguns puxões e reclamações ele aceitou que nós iríamos treinar. Estávamos sentados no chão ao lado da minha cama de casal.

- Dean. – Falei deixando uma faca que antes estava levitando cair no chão. – Quando eu estava lá em baixo, no inferno, eu descobri um novo poder... – Falei olhando para o chão.

- Qual? – Ele perguntou.

- Eu não sei direito. – Ri. – Eu tenho o poder de... Seduzir as pessoas. De fazer elas fazerem o que eu quero que elas façam.

- Você já usou isso comigo? – Ele perguntou desconfiado.

- Não. Claro que não. – Falei ofendida por ele ter desconfiado de mim.

- Então esta na hora de você treinar. – Ele falou sorridente.

- O que? Não. Eu não quero ir longe de mais. – Avisei. – E, além disso, eu não quero saber nada que você não me conte.

- Pergunte o que eu sinto por você. – Ele falou. – Por que na verdade nem eu sei. – Ele riu.

A idéia me tentou, eu quis perguntar, mas eu me arrependeria, talvez por descobrir que ele só sente atraído por mim, ou não.

- Dean. – Toquei na sua mão e olhei no fundo dos seus olhos. – O que você sente por... – Parei, pois faltou coragem.

Levantei do chão e fiquei de costas para Dean. Ele me virou e forçou-me a olhar em seus olhos.

- O que aconteceu? – Ele perguntou.

- Eu sei o que você sente por mim. Atração. Apenas atração. – Esclareci.

- Stephanie... – Ele ficou sem saber o que dizer, ou as palavras trancaram em sua garganta.

Novamente ele estava perto o suficiente de mim para que eu tivesse vontade de segurá-lo perto de mim e fazer coisas que ele despertava em mim.

- Que tal agente acabar o que começou há alguns dias? – Ele falou e depois disso tudo aconteceu rápido.

Ele me beijou, vorazmente, tirou minha blusa e eu tirei seu cinto. Ele me beijou de um jeito que ninguém nunca havia beijado, prendi sua nuca dessa vez com as duas mãos, e ele me apertava tão perto do seu corpo que dificultava minha respiração. Tive que parar o beijo, arfei tão pesadamente que achei que ia ter um ataque cardíaco. Ele continuou distribuindo beijos, ora pelo meu pescoço, ora abaixo dele, e ora pela minha barriga.

Ele me levantou e me jogou na cama, e foi ali que nós acabamos de fazer o que começamos dias atrás.

Acordei somente às 11h do outro dia, e vi que Dean não estava ao meu lado e temi ter sido tudo um sonho, até que vi o cinto de Dean atirado ao lado da cama e sorri. De repente Sam entrou no quarto com dois pacotes, e um bandeja com 3 copos e foi direto na mesa. Lembrei-me do cinto de Dean e atirei-o para debaixo da cama pa que Sam não o visse.

- Por favor, diga que me trouxe um café. - Disse sonolenta.

- Trouxe. Pensei que precisasse de um. - Ele disse me mostrando o copo.

- Você deve ser um anjo, sério. - Eu disse esfregando os olhos.

- O único anjo aqui é você. - Nós rimos. Dean veio logo atrás com um sorriso estampado no rosto, e disse:

- Cadê meu café da manhã? Esta um dia lindo hoje, quero pegar a estrada logo. - Ele me olhou e sorriu. - Pra onde nós vamos? - Disse depois de retribuir seu sorriso.

- Illinois. – Sam respondeu.