Dark Angel

Capítulo 12 - Tiro férias por uma noite.


Acordei somente às 11h do outro dia, e vi que Dean não estava ao meu lado e temi ter sido tudo um sonho, até que vi o cinto de Dean atirado ao lado da cama e sorri. De repente Sam entrou no quarto com dois pacotes, e um bandeja com 3 copos e foi direto na mesa. Lembrei-me do cinto de Dean e atirei-o para debaixo da cama pa que Sam não o visse.

- Por favor, diga que me trouxe um café. - Disse sonolenta.

- Trouxe. Pensei que precisasse de um. - Ele disse me mostrando o copo.

- Você deve ser um anjo, sério. - Eu disse esfregando os olhos.

- O único anjo aqui é você. - Nós rimos. Dean veio logo atrás com um sorriso estampado no rosto, e disse:

- Cadê meu café da manhã? Esta um dia lindo hoje, quero pegar a estrada logo. - Ele me olhou e sorriu. - Pra onde nós vamos? - Disse depois de retribuir seu sorriso.

- Illinois. – Sam respondeu.

Levantei e me sentei entre Sam e Dean. Peguei meu X-Bacon e tomei um bom gole do café. Sobressaltei quando Sam tocou no meu braço para tirar o curativo e olhar como estava os cortes.

- O que? – Saiu da boca dele.

Olhei e a minha pele estava simplesmente curada, normal, apenas um pouco avermelhada. Sam continuou tirando os curativos e todos eles estavam do mesmo jeito, levemente avermelhados.

- Uau. – Saiu da minha boca.

Sorri e apenas Dean sorriu em resposta, Sam ainda estava bravo comigo.

- Já chega. – Puxei meu braço das mãos do Sam. – O que eu fiz para você ficar bravo comigo? – Praticamente gritei.

- Nada. – Ele respondeu e voltou a comer salada.

- Ótimo. – Falei ironicamente e não insisti.

Terminei meu X-Bacon no momento em que sam e Dean acabaram.

- Vamos para a próxima parada? – Dean perguntou se levantando.

- Claro. – Respondi, levantei da mesa e fui guardar minhas roupas que estavam espalhadas no chão.

Em poucos minutos estávamos todos prontos e indo para o carro. Dean levou minhas malas e as guardou no porta-malas. Ainda sonolenta deitei no banco traseiro e adormeci antes mesmo do carro partir.

Acordei já era noite e estávamos em frente ao um novo motel. Passamos em um tipo de restaurante e encomendamos um prato estilo alaminuta, era bom comer algo que não fosse gorduroso e que causasse danos à saúde.

Comemos no meu quarto do motel e em todo o tempo permanecemos quietos. Fui a primeira a acabar o jantar.

- Eu vou ali fora, andar um pouco. – Dean anunciou e parou na porta com ela entreaberta, de um modo que só eu via ele ali.

Ele balançou a cabeça em um gesto para que eu o seguisse.

- Eu vou dar uma volta, sabe como é, dar uma esticada. – Ri meio nervosa, ou com peso na consciência.

Sam não respondeu. Levantei e ele me pegou pela mão, se pôs de pé a minha frente e disse:

- É que... Você ainda gosta do Lucas... – Ele falou olhando para o chão e respondendo a minha pergunta de hoje mais cedo.

- Ele é meu namorado. – Defendi meus sentimentos por ele.

- Seu namorado? – Ele me olhou com raiva e ódio. – Você não pensou nisso quando me beijou não é?

- Você me beijou. – Falei na defensiva.

- E você correspondeu. – Ele gritou totalmente raivoso e agressivo.

- E porque você esta gritando comigo? – Gritei mais alto que ele.

Ele me encarou provavelmente sem saber a resposta. Soltei minha mão da sua e sai porta afora a procura de Dean, até que o vi em seu carro. Acenei e ele mandou eu entrar no carro. Fui correndo e sentei ao seu lado pela primeira vez no banco da frente.

- Aonde vamos? - perguntei.

- Por mim podemos ficar aqui. - Ele disse e deu uma risadinha, em seguida também dei.

- Falei sério - Ele disse chegando mais perto. Eu podia sentir a vontade dele de me agarrar de uma vez, sem esses joguinhos sedutores. Eu podia sentir o desejo dele de me atirar no banco de trás daquele Impala 67 e tirar minha roupa sem piedade nenhuma. Eu não podia negar que aquela idéia era tentadora. Quando mais eu pensava, mais perto ele chegava. Quando nossos lábios estavam quase se tocando ouvi Sam chamar o meu nome. Cai pra frente, em seguida dei um pulo pra trás e me virei, torcendo pra que ele não tivesse visto nosso momento Affair-dentro-do-carro.

- Fala. - disse ríspida sabendo que ele continuava brabo comigo.

- Seu celular. - Ele disse com sua voz doce, me entregando o celular. Mesmo assim notava a impaciência dele de me olhar nos olhos. - Acredita em destino?

- Não. - eu disse meio confusa.

- Então leve e atenda, por que não sabemos o que pode acontecer. Já que o irmão maravilha ai não atende o dele. - Ele disse ríspido, e virou as costas.

Olhei meu celular pra ver se havia alguma coisa, porém não havia nada. Olhei para Dean a tempo de ouvi-lo dizer:

- Pois eu não acredito em destino, acredito que nós o fazemos.

Não tive tempo nem de pensar, pois um segundo depois nossos lábios estavam selados. Foi um beijo controlado, como aqueles que se dá na rua. Paramos e eu disse novamente:

- Aonde nós vamos? – Olhei-o nos olhos.

- Beber. - Ele disse em meia risada.

- Oh, não não, sem chance - eu disse com uma risada irônica. - SÉRIO, sem chance. Você já ouviu aquela musica que fala "quando ela bebe ela fica maluca, louca louca muito safada"? então, ela deve ter sido feita pra mim. - Disse me ajeitando no banco.

- É assim que eu gosto. - Ele virou-se pra frente e começou a dirigir, sem nem me dar tempo de protestar.

Em poucos minutos ouvindo musica e cantando alto dentro do carro chegamos em frente a um bar: flor de lótus.

Eu estava de short jeans demasiadamente curto, com uma blusa em decote em V com a minha velha e boa jaqueta de couro, com uma ancleboot preta com tarrachas prata. Sentamos no bar.

- Dois martinis com um toque de vodka. – Ele pediu e piscou para a garçonete.

- Qual é seu plano? Me embebedar e depois me acediar? – Perguntei rindo.

- Não farei nada que não queria. – Ele colocou a mão no meu joelho e eu lhe dei um tapa leve no braço.

Os martinis ficaram prontos e tomei tudo em um só gole.

- Achei que você não bebesse. – Dean falou meio assustado por eu não ter nem ao menos lacrimejado.

- Eu disse que eu mudava quando bebia, não que não bebia. – Falei e ele sorriu.

- Mais dois. – Ele falou após tomar o dele.

E assim seguiu por mais ou menos 15 minutos.

- Ok. Acho que já chega. – Disse rindo. – Eu já estou vendo tudo girar! – Ele riu em sintonia.

- Ei gente, que tal um karaokê para animar? – O provável dono do bar falou no microfone.

Olhei para Dean como quem diz "por que não?" ele respondeu minha pergunta silenciosa, com um:

- Oh, não sem chance alguma.

- Ah, vamos. 2 minutinhos. - implorei,

- Não. E você também não vai. - ele olhou o bar, e notei que sua preocupação era todos os homens que haviam ali.

- Tudo bem. Mas se você não vai, eu vou. - disse, e me levantei da mesa

- Parece que a mocinha quer cantar. – Ele disse enquanto olhava para mim.

Ele me deu o microfone e desejou boa sorte. Selecionei a musica Asia - Heat of the Moment.

A música começou.

-I never meant to be so bad to you - eu cantei, e logo após encarei Dean como uma pequena indireta. Ele me olhou revirando os olhos e veio de encontro ao palco.

No intervalo entre um refrão e outro eu disse:

- Meu amigo ali vai cantar também. - disse apontando para Dean, e todos começaram a gritar.

- Não, não, não - Ele dizia, mas já era tarde, todos estavam levando-o a força pra cima do palco. Ele parou de frente para o microfone e eu continuei:

- One thing lead to another we were young - atirei o cabelo pro lado, puxando uma certa dancinha - And we would scream together songs unsung - olhei para Dean querendo que ele continuasse então, por incrivel, ele cantou:

- It was the heat of the moment - cantamos o resto do refrão juntos, e depois dividimos as frases para cada um. Nós riamos das nossas vozes desafinadas e todos no bar gritavam e cantavam, entusiasmados. Entre um refrão e outro o garçom me trazia um martini, durante a musica tomei uns 4, e enfim a musica acabou.

- Mais uma pessoal? - disse bebendo meu ultimo drink. Todos gritaram, porém Dean me puxou pra fora do palco dizendo:

- A senhorita já bebeu demais - Ele disse me puxando e quase caímos. Notei que ele também estava bêbado, porém não tanto quanto eu.

- Ah para, vai dizer que não foi legal? - disse rindo e me apoiando na parede.

- é. Foi legal. - nós rimos juntos. - Sammy não é um bom companheiro pra isso, fazia tempo que eu não fazia esse tipo de coisa. - Ele me disse sorrindo, e eu sorri em resposta. - Mas vamos no banheiro lavar um pouco o rosto, e talvez poderemos ficar mais uns 5 minutos.

Entramos no único banheiro que havia, então me sentei em cima da pia comprida que havia e tirei o sapato.

- Essa merda ta me machucando - disse e atirei o sapato no chão.

Dean lavava o rosto e então cruzei as pernas, tentando provocá-lo.

- O que seria a vida sem um pouco de aventura, não é?

- De aventura eu que sei. - Ele disse e nós rimos. - Obrigado.

- Pelo que?

- Por me fazer rir e esquecer todos os problemas por um momento. - Ele disse, e eu pudi notar sinceridade em seus olhos.

- De nada. - Eu lhe dei um sorriso. - seria abuso meu pedir uma retribuição? - disse rindo, e prendendo o cabelo.

Ele entendeu, pois girou a chave na porta do banheiro trancando ela, ele andava lentamente e isso me deixava mais impaciente ainda. Coloquei a mão na sua camiseta e o puxei para perto de mim. Cacei sua boca enquanto entrelaçava minhas pernas na sua cintura, acertei o alvo, o hálito de Martini invadiu minha boca. Levantei a camisa dele e puxei sua nuca para perto de mim em mais um beijo.

Eu tornava o beijo cheio de luxúria, desejo, um beijo urgente, preciso, desejado. Tirei minha blusa e ele distribuiu beijos seguidos por leves mordidas até o colo dos meus seios, entre pequenos gemidos de prazer tirei seu cinto e desabotoei suas calças.

- Dean. – Saiu da minha boca como um gemido de prazer. Se eu não estivesse tão bêbada e irresponsável eu teria ficado ruborizada.

Ele desabotoou meu short e mais uma vez minha boca chamava pela sua, ele parecia querer o mesmo, portanto segurou minha cabeça entre suas mão e apenas para me deixar mais louca de desejo, os lábios dele avançavam devagar em direção aos meus, quando finalmente encostou sua boca na minha, mordiscou meu lábio inferior, dor e prazer se misturaram. Fiz o mesmo com seu lábio superior o que causou um pequeno gemido de prazer sair da boca dele acompanhado pelo meu nome.

Tirei meu short e ele tirou sua blusa, parou nosso beijo para mordiscar meu pescoço, dessa vez doeu de verdade, porem o prazer ganhou da dor, o que resultou em minhas unhas arranhar seus braços provavelmente deixando profundas marcas. Após ele desceu a boca até o colo dos meus seios novamente e chupou o lugar. Aquele momento estava tão quente, tão prazeroso que não quis e não pensei nas consequências, apenas me deixei levar pelo calor do momento, assim como dizia na musica. E foi ali, em um bar, em Illinois, no enorme mármore da pia de um banheiro, que fizemos a melhor e mais prazerosa coisa que eu já havia feito, talvez a bebida tenha tornado melhor do que foi, mas mesmo assim foi.

Vestimos nossas roupas entre risadas, beijos e tombos.

- Onde foi para meu sapato? - disse me agaichando para ver embaixo da pia. Dean me agarrou por tras, me virou e me deu um beijou. Ficamos um tempo inertes naquele beijo até que Dean e eu quase caimos juntos. Estavamos tão bebados e tontos que não conseguiamos parar de pé. Resolvemos ir a pé ja que o motel ficava a 5 quadras dali, e com Dean eu não correria perigo algum.

As risadas, os beijos e os tombos continuaram, principalmente as risadas. Cantamos desde Kansas até Bon Jovi.

- Acho que eu passei um pouco da conta. - disse ao final de cantarmos Carry on my wayward son.

- Você acha? - nós rimos, e eu lhe dei um tapinha no braço. Ele ma agarrou e caimos no chão, ainda rindo. Deitamos na calçada, olhando as estrelas.

- Obrigado também.

- Foi uma das melhores noites que eu tive nesses ultimos anos. Na verdade, esses ultimos dias foram os melhores dos ultimos anos.

Ele me abraçou, enquanto ainda estavamos deitados no chão e ficamos ali em silêncio um bom tempo, em uma ruazinha de Illinóis às 3h da manhã.

De repente, enquanto em estava quase dormindo me levantei, e puxei Dean.

- Vamos.

- Ah, vamos dormir. - ele disse virando pro lado.

- A gente ainda ta na rua Dean, acorda! - segurie seu braço e o puxei. Andamos mais umas 2 quadras e chegamos no motel. Entramos no quarto e nos atiramos rindo, e nos atiramos na mesma cama.

A unica coisa que fizemos foi tirar os sapatos.

PDV SAM

O dia clareava, e de repente olhei para o lado e não vi Dean. Peguei meu celular pronto pra ligar pra Stephanie, mas preferi olhar o quarto dela primeiro. Entrei e vi os dois atirados na cama, juntos. O pensamento de que eles haviam dormido juntos passou feito um jato pela minha cabeça, ao notar que eles estavam de roupa. Mas não podia negar: me sentia enciumado e ver Dean deitado ao lado dela, e não eu. Não querendo mais ve-los, resolvi sair e comprar café. Ao passar pela porta a fechei com força, fazendo-a bater. eu não me importava se eles iriam acordar ou não, e seria até melhor eles acordarem pois eu não gostaria de chegar e ter que acordar os dois pombinhos.