Daniel Valencia - presidente (Betty a feia)

Capítulo 7 - A amizade de Betty e Armando


Betty sorriu com sua boca prateada ao ver que Armando era o cliente especial. Armando devolveu-lhe o sorriso, com suas covinhas ao redor da boca.

Depois que o chefe os deixou a sós, Beatriz lhe contou que foi o único local que a aceitou, mas que estava feliz, por ser de assessora e não de secretária, mas que pena que só meio período. Depois conversaram sobre constituição da empresa, capital inicial, sede e etc. da empresa que Armando pretendia formar.

—Embora, seja uma empresa de fachada para que possa atuar como prestador, poderia deixá-la que funcionasse bem. Recolher impostos e fazer investimentos.

—Ah não sei, esta questão econômica não entendo.

—Posso te ajudar. Aqui só trabalho meio-período.

—Se puder fazer isto por mim! –Armando segura nas mãos dela, olhando profundamente nos olhos.

—Er, er... claro, Po-posso ajudá-lo.

—Eu posso lhe pagar pouco inicialmente, mas depois vou aumentando seus ganhos.

—Tudo bem.Ojojo Se não fosse4 o senhor ainda estaria desempregada!

—Mas onde faria este serviço?

—Na minha casa tem computador!

—Está certo, então. E podemos colocar como sede oficial meu apartamento?

—Isto que lhe iria perguntar!

Levaram cerca de uma semana para reunirem a documentação necessária para abrirem a empresa, a qual deram o nome de Terramoda. Depois daquele dia e com a firma aberta e tudo ajeitado na câmara do comércio, os dois começaram a se ver toda semana. Conversavam sobre a empresa, sobre investimentos, sobre seus trabalhos e o mercado. Era uma das poucas pessoas com quem ele se sentia à vontade de falar, já que Caldeirón só sabia falar das mamacitas com quem passavam a noite e agora que não estava mais trabalhando juntos raramente sobre a empresa conversavam, já que Mário pensava com isso poupar sofrimento A Armando. Como Don Hermes não gostava que ela ficasse no quarto com um homem, Armando passou a trazer um notebook, o qual deixava lá, já que tinha um outro mais moderno.

De vez em quando, Hermes ficava passando dicas de contabilidade e dando sua opinião sobre como deveriam proceder, tudo como desculpa para vigiá-los de perto, mas gostava que um senhor de boa família como aquele confiasse na habilidade de sua filha e viesse até sua casa. Dona Júlia era outra que fazia de tudo para agradá-lo, desde bolos até arepas, além de servi-lhe deliciosos almoços típicos. Isto, porque percebeu que a filha ficava toda mole quando estava ao lado dele, embora negasse ter algum interesse no homem que considerava um segundo chefe e amigo. Quem não estava gostando muito era Nicolás, pois percebia que o tal doutor poderia receber melhor suas ideias para expandir a empresa, investindo em vários campos e temia que sua amiga sofresse uma desilusão, já que também via como suspirava por ele.

—_____

Conselhos

Outro assunto que Betty estava aconselhando Armando era em relação à Marcela, a qual lhe chamava no celular o tempo todo.

—Desculpe, Beatriz. Mas ela insiste. Será melhor que desligue.

—Mas o senhor não precisa do celular para fechar negócios?

—Sim.

—Não pode desligar!

—Mas ela não vai parar! Não me olhe assim.

—É que não entendo. Não disse que os dois não tem mais nada?

—Não temos! Já disse a ela que não somos mais noivos, que não era só porque não me deu seu voto, de verdade é, mas sim porque não temos nada em comum para seguirmos namorando ou qualquer outra coisa.

—E ela mesmo assim não entendeu?

—É que é complicado para mim, sabe?

—Complicado?

—Sim. Eu falei tudo isso para ela, não uma, mas várias vezes.

—E ela não entendeu?

—Não, de verdade, pensa que continuamos como antes. E tenho parte da culpa.

Armando decidiu lhe contar tudo.


Flashback

—Marcela, não disse que não temos mais nada?

—Sim. Mas sei que o que tem é medo.

—Entenda, Marcela.

—Entender o quê?

Ela tira o vestido que vestia e ele viu que ela não estava usando nada por baixo.

—Não temos mais nada!

Marcela pôde perceber a excitação de Armando.

—Gostas do que vê?

—E-eu. Sa-as- be que seria só sexo, não? Apenas desejo, não amor, nem nada! -disse vendo ela se aproximar e seduzi-lo em sua teia de aranha.

—Que seja! Admita que sou a melhor mulher para você.

E logo ela cavalga sobre ele, nua e ele ainda está de roupa, mas não por muito tempo.

Flashback

—_____

—Assim realmente fica difícil que ela acredite que terminaram! –disse Betty, vermelha de vergonha.

Sentia um misto de vergonha e ciúmes.

—Eu sei. Mas não tenho nada com ela mesmo, mas sou uma espécie de compulsivo sexual e ela sabe disso.

—Er... Não sei o que dizer. –Agora sim, sentia-se excitada.

—Desculpe-me de falar estas coisas, é uma senhorita. Não estou lhe faltando o respeito. –disse, percebendo que ela estava vermelha.

—Ah ojojo somos amigos. Fique tranquilo. Na cabeça dela deve acreditar que seguem com a relação já que estão ativos.

—Eu sei, mas não consigo, eu tento resistir, mas quando vejo já estou... sou doente. É isso! Devo ser doente por... sexo!

—Er... não sei... não conheço muito deste assunto para te ajudar.

“Mas gostaria muito de conhecer, Armando!” –pensava Betty, excitada.

—Já tentou terapia?

—Sim. Creio que só uma coisa poderia fazer algo por mim! –Disse como piada –Me casar. Mas não creio que seja possível.

—Ora, uma hora vai chegar.

—Não. Se Marcela tivesse dado seu voto, em troca eu teria que cumprir e marcar a data de casamento. E não sei se poderia escapar.

—Você não sente nada mesmo por ela? -perguntou com dor no coração.

—De modo algum! Esta é a única parte boa disso tudo de não ser presidente de minha empresa: que não vou ter que me casar!

—Tão avesso é assim ao casamento?

—Não que eu seja. Meu pai, por exemplo. Um casamento de 36 anos com minha mãe, assim como meus avós, viveram um amor proibido, acredita que esperaram para ficarem juntos? 25 anos, se foram juntos. Duas uniões lindas. Mas foram com as mulheres de suas vidas. E esta não encontrei e não creio que encontre!

—Ojojo não se sabe, o senhor ainda é jovem e muito... apessoado, tenho certeza que encontrará.

—Já não tenho tanta certeza.

—Nunca se apaixonou?

—Nunca. Iria me casar pela empresa com Marcela. Fora isso, só me casaria com a mulher que amasse e nenhuma outra. Com a que eu sentisse aqui. –colocou a mão no peito.

Betty ficou encantada, sem se dar conta, ele estava sendo romântico. No fundo acreditava no amor tanto que abriria mão da liberdade que valorizava.

—Mas se não acontecer, não vou poder me livrar do meu probleminha! Bem, voltemos ao trabalho.


Como se concentrar? Se ele havia dado a pista. Queria ser bonita e atraente, queria chegar até ele e mostrá-lo que podia ser esta que procurava, mas não tinha os atributos que buscava em uma mulher. Havia visto a foto da tal ex e sabia que o atraía, assim como as modelos da passarela. Mas sentia-se lisonjeada de ser sua confidente e amiga.

—Sabe, se algum dia eu conseguir se o presidente de Ecomoda estará comigo, vou te colocar como minha assistente.

—E será! -disse segurando as mãos dele. Foi um gesto involuntário, que sempre lhes causava um choque, Armando tinha consciência e sorriu-lhe.

Depois do trabalho, foi se encontrar com Caldeirón para tomar umas taças e saciar-se no corpo de alguma mamacita, mas cada vez se sentia mais vazio e insatisfeito. Tão logo, termina de fazer, paga-lhe a noite do hotel de luxo e ia para seu apartamento. Por sorte, Marcela não se encontra ali aquela noite. Sabia que embora não sentisse nada por Marcela e até tivesse muita raiva dela e até repugnância, a ex sabia fazer umas coisas que o deixavam louco e sendo compulsivo como era, não resistia a tomar-lhe com força.

____________