Daniel Valencia - presidente (Betty a feia)
Capítulo 67
—O que acontece? Por que parece desesperado? –perguntou Freddy.
—Dr. Mora já saiu?
—Creio que está aí, talvez não esteja na sala. Mas o que acontece, homem?
—O doutor Valencia vai vampirizar a doutora Beatriz!
—O quê?
—Ele está aí agarrando-a pelo braço.
—Então, vai lá!
—Eu? Morro de medo dele.
—Medo terá se don Nicolás souber disso. Não seja covarde!
—Mas vai comigo.
—Você é alto, forte, pode dar conta de Daniel Valencia.
—Tenho medo de que me vampirize.
—Mas que bobagem, homem! Coragem!
—O que acontece?
—O doutor Valencia está querendo levar a doutora à força.
—Beatriz? E vocês ficam aí parados? São dois covardes mesmo.
Enquanto isso.
—Pensei que tivesse mais classe por conta de seu apelido e sua posição, doutor, gritando com o funcionário na porta da empresa? Não irei com o senhor a nenhuma parte!
—Você e Armandinho tem algo?
—Não creio que te interessa!
—Você é uma mulher interessante, Beatriz! Como lhe disse, Armando sempre teve tão pouco a oferecer. Sabe creio que merece coisa melhor e posso oferece-lhe o que precisa!
—Lhe daria outro tapa.
—Isto seria ainda mais excitante.
—Pois que fique com vontade, pois desta vez não vou lhe dar o gosto de sentir minhas mãos em seu rosto.
Wilson respira fundo e vai até eles
—Doutora Beatriz.
—O que vem interromper, imbecil?
—Não fale assim com Wilson!
—Falo como quero! É um simples empregado.
—É um ser humano.
—Não estou para conversinhas, sempre consigo o que quero. –a segura, você vem comigo.
Wilson lembrou-se das recomendações de Nicolás e mesmo morrendo de medo puxou o braço de Betty, tirando o de Valencia.
—O que faz, idiota? Considere-se demitido.
—Ai! -disse Beatriz, pois os homens a estavam apertando.
—O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?
—Armando!
—SOLTEM-NA!
—Ah, Armandinho, chegou bem na hora! Imagina que a criadagem está cada vez pior, imagina que este homem estava segurando-a.
—Eu? Eu vim salvá-la!
—Salvá-la de quê, retardado? Sou executivo e dono da empresa. –disse Daniel altivamente
Beatriz soluçava e Armando queria abraçá-la. Logo, chegaram Aura Maria e Freddy.
—Perdão, mas desculpe-me.
—O Wilson fala a verdade, Dr. Valencia a estava forçando-a a ir com ele, sei lá para onde. –disse Aura Maria, mais corajosa
—A criadagem resolveu se rebelar só por conta de Armandinho? Crê que ele manda em algo aqui? Não é mais que um acionista.
Betty resolveu aninhar-se nos braços de Aura Maria.
—Estão todos, Wilson, Freddy e você também Aura Maria, demitidos e sem contemplações, vou falar com Gutiérrez agora mesmo.
—Você não pode demitir ninguém, Danielzinho, Não tem direito a nada aqui! –disse Armando.
Daniel riu debochado.
— A presidente aqui é Beatriz! Só ela tem este poder!
—Ah sim, por isso, está aqui, está atrás dela! Sabe que era feia, muito feia de uma forma que nunca teria coragem de sequer olhá-la! -disse Daniel, que não conhecia.
Armando está ardendo de raiva, detesta que falem da aparência de Betty e sabe quanto dói nela (tanto que ela começa a soluçar nos braços de Aura Maria).
—Cale-se, imbecil! –lhe dá um tapa e logo um soco
—Não sabia? -com a boca sangrando. -Ela veio procurar emprego aqui e não a contratei, apesar de seu currículo, por ser feia, muito feia e o presidente de uma empresa de moda, jamais teria uma secretária tão horrorosa assim. –lhe devolve o soco –Mas hoje, confesso que com esta aparência não hesitaria em tê-la em meus braços, gemendo de prazer –Armando voa em cima dele e começa a socá-lo. –Sabe que como as outras que te tirei, ela iria gostar. –Armando descontroladamente começa a socá-lo.
Neste hora, Nicolás, Olarte que conversavam, assim como Marcela e Margarida desciam no mesmo elevador. E ficam chocados com aquela cena dos dois homens lutando, a presidente chorando nos braços da recepcionista, Freddy e Wilson tentando afastá-los.
—Mas o que está acontecendo aqui?
Os homens não queriam ouvir.
—Parem! Parem já com isso! –disse Marcela.
—Armando, isto são modos? -pergunta Margarida
Por fim os dois homens conseguem separá-los.
—Dois meninos que foram criados juntos, meninos de classe brigando em frente à empresa, ainda bem que Roberto não está aqui ou teria mais uma decepção. –disse Margarita
—Por quê, por que estão brigando? -perguntava Marcela
—Temos nossos motivos! –respondeu o mimado ex-presidente
—É por causa da empresa? Tudo vai se resolver.
—Crê que toda minha vida é a empresa, mamãe? Elegeram Daniel presidente e acharam que estavam fazendo o certo.
—E estavam, nada é como dizem! –disse Daniel, defendendo-se
—Cale-se, Daniel! Sabemos o que ocorre. -disse Marcela -E esta ai, por quê chora?
Daniel ensaiou uma risada.
—Do que ri, ordinário? –perguntou Nicolás
—Aposto que ela tem algo com isto tudo.
—Deixe Beatriz fora disso, mamãe.
Aura Maria e Nicolás levam Betty de volta à presidência, assim como Wilson e Freddy levam Armando e pedem à enfermaria que providencie curativos e calmantes. Do mesmo modo, Marcela e Margarida insistem com Daniel e o levam até a sala da irmã e também pedem curativos à enfermaria.
Lógico que as mulheres do quartel, sendo fofoqueiras como são, ficam como loucas para saber o que aconteceu. Mas todos que sabem ficam calados.
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Na sala de Marcela
—Mas Daniel por que anda atrás desta mulher?
—Porque tenho que saber o que está fazendo com minha empresa!
—Te conheço, Daniel. –disse a irmã.
—Está bem, confesso. Não vou sossegar, quero ter sexo com esta mulher!
—Que nojo! –colocou Marcela a língua para fora, Margarita balançou a cabeça.
—Nunca uma mulher de Armandinho me disse não e esta não será a primeira. Sou melhor que ele em tudo! Quero ouvi-la gritar meu nome e dizer que sou o melhor homem!
—Que nojo!
—Sabe como sou quando quero uma mulher, maninha! Desculpe-me, Margarita.
—Não imaginava que pensasse assim de meu filho. E que baixaria. ! Brigarem por uma mulher dessas! Não os reconheço! –disse Margarida.
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Só na presidência, Armando consegue abraçar Betty.
—Calma, minha menina.
—Não aguento mais estar perto deste homem.
—Vou matá-lo!
—Não. Não se suje. Ele vai ser preso em breve!
—Mas enquanto isso vai aprontar tudo que pode. –disse Armando com raiva nos olhos.
—Calma. –disse ela tomando as mãos dele e o abraçando.
—Onde está a aliança que te dei? -disse o homem segurando as mãos dela.
—Sabe que não uso por conta de meu papai, a tenho guardada no moedeiro.
—Mas na empresa e em todos os lugares combinamos que quero que use.
—Está aqui!
—Melhor! Noiva minha!
Ele a coloca no dedo e neste momento Margarida abre a porta.
—Pois bem! Esta história passou dos limites!
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