Daniel Valencia - presidente (Betty a feia)

Capítulo 64 - Uma outra dessas histórias de amor


Algumas horas mais tarde, na casa dos avós Mendoza, Betty, Armando e Camila conversam na sala.

—Só você mesmo, Betty pra acreditar que eu iria ser namorada de Didito. –faz o sinal da cruz.

Armando a aperta e dá um beijo nos lábios.

—Não sou de se jogar fora!

—Não mesmo, mas é que... que...

—A verdade é que estes dias sem você foram terríveis, mas estou perdido. Unca pensei que era tão difícil cuidar de tudo sozinho. O trabalho acumula, acho que precisamos contratar mais gente. Sem você e Nicolás, Só Sandra, don Hermes e eu não conseguimos dar conta!
—Quer dizer que os negócios vão melhor que esperavam

—Sim, ainda bem.

—Fico feliz! Não reclama do sucesso, Armandinho.

—Não reclamo não. Mas

—Entendo. Se pudesse ficaria para ajudá-los, mas terei que voltar até o fim de semana.

—Minha irmã tem uma empresa com o esposo.

—Sim. Mas voltamos para o casamento.

—Quê?

—Cami!

—Ai, sou uma fofoqueira! Mas um dia pretendem se casar não? EU se fosse você aproveitava que este está louco e...

—Cami, minha Betty fica tímida.

—Ainda mais aquele homem não vai deixá-los em paz.

—Ai, meu pai é terrível. Vai ver agora que sabe de nós, não vai deixar-nos em paz nem a sol nem a sombra.

—Imagina que me incumbiu de tomar conta de vocês dois! De não deixá-los ter mais intimidade.Imagina que vou empatar o romance de meu irmão, só se quisesse morrer. Porque este homem aí é louco, Betty!

—Cami!

—É verdade! –Betty responde vermelha.

—Estou aliviado, não aguentava mais esconder o que sinto do mundo, se meus pais já sabem.

—Mas temos que ir devagar, para ele começamos algo este dia e sua irmã está aqui para que oficializasse o pedido de namoro.

—Sim. –beija as mãos dela. –Vai ser difícil, mas irei com calma.

—Bem, acho melhor irmos jantar ou vou ficar aqui segurando velas.

Depois do jantar, Armando a pedido da cunhada conta a história de amor de seu avô com a segunda mulher que casou, a que amou com toda a alma. Betty escutou tudo abraçado a Armando que lhe beijava a cabeça;

—E ele ficaria muito feliz de ver isso: Didito com a mulher que ama, porque sei que vocês dois –segurando as suas mãos –Vocês dois são a continuação. Betty, minha segunda avó era uma mulher do povo, tal como meu irmão disse que era. Talvez não tenha tido a chance de estudar como você, mas fez feliz a meu avô como é capaz de fazer.

—Camila, eu...

—Não, deixe-me falar. Armando te ama e não me pediria para vir aqui se não fosse importante para ele. Aqui está, Dito, o que me pediu.

—Betty, hoje demos um passo importante com seu pai, talvez tenhamos que ir devagar, mas as duas sabem que sou muito impulsivo, de modo que: Betty, meu avô comprou um presente para mnha avó que não veio da fortuna dos Mendoza e sim de seu trabalho como quis: Betty, aceita...

Betty não podia acreditar. Ainda estava emocionada com a história completa que havia ouvido de Camila, uma história de amor como nos contos de fada e agora ouvia este pedido. Nunca pensou que um homem como ele, um príncipe lhe pediria. Era muita emoção. De modo que desmaiou.

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Acordou horas mais tarde. Não havia nada, estava naquele quarto decorado como antes, em meio a almofadas. Olhou para todos os lados e lá estava ele.

—Betty.

Não havia sido um sonho, eles estavam ali. Bem, talvez tivesse sido.

—Armando.

Armando teria que ir devagar, Betty era muito romântica e sensível, o lugar onde se amaram as primeiras vezes, o ciúme, a história dos avós, o pedido de casamento.

—Me deixou preocupado.

—Eu... eu...

—Desculpe-me, sabia que deveria ir mais devagar, mas... é que você...

—Não foi tudo um sonho? Sua irmã...

—Ela preferiu deixar-nos sozinhos com recomendações. Sou muito afobado.

—Então... –disse Betty se afastando dele.

—Sim, te pedi em casamento.

—Armando eu... –a moça se levanta e vai até a janela e olha o campo de orquídeas serem iluminados pela luz.

—Não quer se casar comigo.

—Armando, não estou te exigindo nada, Não ligue para o que meu pai falou.

—Acha que quero me casar contigo porque seu pai me pressionou. Nunca. Iria te pedir em casamento antes, seu pai não tem nenhuma influência nisso.

—Jura?

—Sim. Chamei minha irmã para trazer a aliança de meus avós.

Beatriz fica confusa e abaixa a cabeça.

—Claro que talvez você não tenha a mesma ideia, sei que sou um homem difícil, de má fama e mal passado de mulherengo, mas... desde que ficamos junto não tive mais nada com nenhuma. –ela olha para ele – E desde que a vi no seu banheiro, nada foi mais o mesmo.

Betty fica vermelha.

—E depois da realização da fantasia... Não dá! Não posso mais dormir na minha cama gelada, querendo queimar em seus braços e amá-la. Mas ... sei talvez eu tenha sido impulsivo, você é muito jovem, tem a vida e talvez não queira casar-se comigo.

—Casar-me contigo é um sonho. Tudo que poderia querer.

—De verdade?

—Sim. –a abraça -Os dois se beijam.

—Betty!

—Ama-me, Armando.

—Sim, senhorita.

O amor é doce, terno, com calma.

—Te amo, Betty.

—O amo, Armando. –beijo – É como um sonho. –disse Betty nos braços dele. Ainda estavam intimimamente ligados depois de chegarem no pico do prazer.

—Sonhe comigo. Quer casar comigo?

—É tudo que mais desejo. –ele a beija e coloca em seus dedos a aliança.

—Caso. Caso-me contigo, Armando.

—Ah, Betty!

Neste momento, são tomados pela paixão na cama que se amaram pela primeira vez, Betty acaricia todo o corpo dele com o anel de seus avós nos dedos e chegam no climáx, os gritos e suspiros ecoam pela casa toda, sem nenhuma testemunha.

—Espero que Armandinho tenha conseguido. Está louca por esta mulher tímida e doce, tão diferente de todas que teve. E ela me cai bem, muito bem. Meus avós onde estiverem estão muito felizes. –dizia Camila, dirigindo. –Uma outra história de amor surgiu!

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Armando beijava todo o corpo dela, que suspirava.

—Jura que me ama?

—Ainda tem dúvidas?

—Não é que...

—Não está me pressionando a nada se é o que pensa, estou aqui porque quero. E quero que seja minha. Este corpo, esta pele, este amor que me dá. Do que tem medo? -diz subindo e olhando-a nos olhos e beijando-a na boca.

—Do que duvida ainda?

—É um sonho e pode ter a mulher que quiser. E conhecendo mais de perto as modelos de Eco vejo eu pode se arrepender e enjoar.

—Conhecendo mais de perto, deveria saber mudei muito. Elas não me interessam, não me atraem.

—Mas vivem perguntando do senhor.

—Ah minha picarona ciumentinha, não vê que põe como quer. Nunca vou me cansar de você.

—É difícil crer que o amor também é para mim.

—É para você que me ensinou o que é amar e ser amado.

A beija e fazem amor adormecendo nos braços um do outro.

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Depois do moço deixar Beatriz em casa e ela com ajuda de sua mãe entrar com cuidado para que o pai dela não ouvisse nada, ela sobe as escadas e se joga na cama.

Armando chega no seu apartamento, onde encontra sua irmã Camila no sofá.

—E aí?

—Cami!

—Que as notícias sejam boas.

—Ela aceitou!

—Aí cunhado! Quer dizer que está apaixonado?

—Oi Raphael! Que bom vê-lo! Está noivo de novo?

—Sim e desta vez é de verdade.

—Está apaixonado.

—Armando quem te viu e quem te vê. Como dizem?

—O tigre de Bogotá. Não tinha mulher que não caísse aos pés desse daí.

—Pare, Cami.

—Vai dizer que te incomoda agora?

—Na verdade sim, sinto que incomoda Betty este meu passado. Ela se sente insegura, diz que milhares de mulheres perguntam por mim, me sinto mal.

—Mas se tiver mudado de verdade poderá lhe mostrar! Já posso comprar o vestido de casamento?

—Sim. Você e Raphael serão meus padrinhos.

—Uma honra, Dito!

—Creio que Betty chamará Nicolás, seu melhor amigo para ser o padrinho e não sei com alguém.

—E como estão as coisas em Ecomoda?

—Vão indo, bEtty está se esforçando para equilibrar as contas. Daniel quase nos arruinou por completo, mas o pior é nosso nome: está difícil controlar o que sai na imprensa. Hoje em dia a imagem que uma empresa tem na mídia é muito importante e estar envolvida com um escândalo desse porte não sei se poderemos reverter isso.

—Creio que a solução é fazer o que muitas empresas na Europa estão fazendo: mostrar preocupação com o lado social. Promover oportunidades para estas moças, sabe fazer algo mais que o obrigatório pela Justiça.

—Sim, pode ser uma boa. Poderia ficar uns dias ajudando Betty nisso, Cami?

—Sim, podemos não, Raphael?

—Sim, creio que uma semana.

—Ainda mais ficaria mais seguro, pois tem tanto trabalho na sede de Terramoda e não posso cuidar de Betty e temo que Daniel.

—Ele não ousaria.

—Não quero nem pensar. O mato!

—Mas ele não vai voltar para cadeia?

—Delegado Thompson tem tudo para coloca-lo na cadeia de novo, mas sabe que tem bons contatos no governo e não quer que ele saia como saiu. Ainda mais tão logo seja preso vai ser noticiado nos jornais todo o escândalo: já queremos que Ecomoda esteja bem, que tenha limpado sua imagem com as vítimas. Nosso pai não aguentaria.

—De verdade. Estou aqui também para vê-lo. Vou ficar no hospital e depois ir à Ecomoda.

Camila havia ido com seu marido ao hospital, para surpresa de Margarida, que há anos não a via e raiva de Marcela que esperava ver Armando mais uma vez. Camila segurou a língua para dar a notícia do noivado de Armando, embora estivesse louca de vontade, mas como seu marido havia dito, Armando deveria dar a notícia.

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