Betty saiu chorando e ao cruzar a porta do restaurante, encontrou Armando, que não demorou a abraçá-la.

—Calma, pequena, estou aqui. -a abraça

—Tinha dúvidas que eu voltaria? Achava o quê? Que passaria a noite com ele?

—Não fale isso nem em brincadeira, Beatriz, sabe como sou!

—O senhor deveria saber como detesto Daniel Valência!

—Sei, mas ele é cheio de artimanhas e não mede esforços para conseguir o que quer. Te garanto que não falou só das finanças da empresa.

—De verdade, não! Você tinha razão, além das finanças e vangloriar-se de sua vasta experiência administrativa, quis se vangloriar de sua experiência sexual. !Senti tanto nojo!

—O mato!

—Não precisa sujar suas mãos com ele, você sabe que é muito melhor que ele.

—Te disse que algumas de minhas ex...

—Acreditaram na bravata dele, tenho certeza que ele não é tudo que diz!

—Como pode ter certeza?

—Cães que ladram não mordem! Precisa usar de poder, de ameaças e subjugar mulheres para ter o que quer. –beijo –Você ao contrário, achava um problema ser insaciável.

—Eu sei, mas…

Ela começa a beijá-lo.

—Fique, comigo, Betty. Vamos para o apartamento. Tive tanto receio que ele colocasse algo na sua bebida e te fizesse mal. Fica comigo!

—Não posso! Prometi a meu pai que chegaria cedo hoje, ele ficou de ligar.

—Ligar?

—Não está em casa, foi encontrar uns amigos para beber e jogar dominó.

—E sua mãe?

—Deve estar aí, mas logo deita.

—Te levarei para sua casa, então. –disse com sorriso pícaro, o qual Beatriz demorou para entender.

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Armando não pensou duas vezes, aceitou o convite e adentrou a casa. Cumprimentaram dona Júlia, don Hermes ligou, Betty falou com ele e depois de servir-lhes o jantar, Júlia deixou o casal conversando no sofá.

—Será que seu pai demora muito?

—Quando sai para encontrar don Parrita e os amigos, só volta de madrugada.

—Que bom!

—Ojojo! Os dois queriam que me casasse com o filho de Don Parrita, mas ele me achou muito feia. Imagina se me visse agora. Ojojo!

—Não achei graça!

Armando a tomou da cintura e começaram a se beijar como loucos.

Betty não pensou duas vezes e em poucos minutos estavam adentrando o quarto dela para continuarem a acariciar-se até fazerem amor na cama de Betty, em meio a bonecos e brinquedos infantis.

—Não sabia como era seu quarto. Parece de uma adolescente!

—Que vergonha com você!

—Você para mim é minha menininha. -beijos.

—Sempre sonhei em tê-lo aqui comigo no meu quarto.

—Sonhos podem tornar-se realidade, Beatriz. Também sonhei em fazê-la minha aqui.

Os dois começam a se beijar.

—Na verdade... tenho uma coisa que desejo muito mais que tê-la aqui.

Betty não podia acreditar que Armando a desejasse possuir no banheiro de sua casa e embora fosse perigoso, pois a porta não tinha trinco e sua mãe estava no quarto, resolveu arriscar, pois via as faíscas de desejo que saíam dos olhos dele e isto a deixava incendiada.

Armando coordenou como Betty deveria fazer, lembrando-se do dia em que a viu tomando banho nua, o dia em que sua fixação por ela começou.

Betty tomava banho de olhos fechados, deixava a água cair sobre seus cabelos e banhar seu corpo. Ele estava atrás dela, segurando-a pela cintura, colocou seu cabelo para o lado e começou a lamber seu pescoço, apertando-a contra si, ela sentiu os dedos dele tomarem o lugar da água e começar a tocar seu ponto mais sensível, para logo adentrar com seus dedos em sua flor. A água banhava seus corpos. Betty queria gritar, mas Armando sabiamente tampou sua boca com seus beijos, seu desejo cresceu e fazia-a senti-lo em suas costas. Ela mordicava seus lábios de tanto prazer.

—Aqui que descobri como era por debaixo daquelas roupas, aqui minha paixão nasceu. –disse com a voz rouca em seu ouvido. Segurou seu rosto para beijá-la, virou-a para frente e foi adentrando em sua flor, enquanto ainda acariciava seu corpo.

—Aqui!

—Ah!

—Soube que era boa demais.

—Ah!

—E sabe como sou, nunca deixei de pensar em você. De verdade desde que a vi com a água lambendo este corpinho, era você que queria.

—Ah!

—E depois de fazê-la minha, nunca mais tive outra!

—Nunca?

—Nunca consegui fazer nada com nenhuma. Só queria minha picarona.

Os dois se amam com entrega, debaixo da água quente que escorria por seus corpos. Do lado de fora, dona Júlia ouvia pegada à porta os sussurros de prazer. (Mas que senhora levada!) Torcia que seu marido não chegasse cedo, estava contente de saber que sua filha estava feliz nos braços do homem que amava, quem tinha como um filho.

A maçaneta virou e Júlia foi correndo ao quarto, pois eles iam sair. Aos beijos, embrulhados em um roupão foram para o quarto.

—Isto foi uma loucura!

—Estava louco para fazer desde aquele dia em que dormi aqui, não sabe como passava minhas noites, pensando em fazer isso que acabamos de fazer.

—E agora que realizou sua fantasia…

—Não pense que não criarei outras. Você é uma delícia!

Deu um tapinha no bumbum de Betty.

—Ai! Melhor que nos vistamos. Será que minha mãe ouviu algo?

—Dona Júlia é a melhor sogra que um homem pode ter e deve ficar feliz de que sua filha está feliz nos braços de quem a ama tanto. Por que me ama não?

—Não imagina quanto.

Os dois se beijam e depois de colocarem roupa, adormeceram.

Don Hermes chegou bêbado aquele dia e antes que acordasse, Armando já havia ido embora.

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—Mas quê, Mendoza! É um louco. –dizia Armando olhando para a casa, enquanto dava partida no carro. - Imagina que dona Júlia não é assim tão boazinha ou seu Hermes chega e nos flagra . Me matava, tenho certeza. Morreria feliz envolvido pelo corpo desta mulher. Frágil e delicada, mas que ai! Sabe fazer como ninguém. Jeito de menina, mas mexe como uma mulher, me põe louco! Se arriscou para fazer minha vontade!

—E agora? -dizia, já no seu apartamento, tirando a gravata e se jogando na cama. Montéz veio para lambê-lo –É Montéz que noite papai teve hoje com mami. (Au,au) desejo para você noites como essa. Não posso te contar tudo, ah. Mas por minha cara pode saber.

—Uma espertona esta menina. E agora, Mendoza. Já a teve como queria, foi melhor que imaginava. Acabou esta fixação?


Na casa dos Pinzón quando Betty acorda e ainda sem abrir os olhos, sorri, acariciando a cama, mas ao perceber que não está, abre os olhos, procura por ele e se abraça.

—Ele se foi -Betty fica na clássica posição quando se sentia insegura. Sentada na cama, abraçando-se pelos joelhos. –Claro, meu pai já está na casa, foi por isso, não, para não ser pego.


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