Parecendo alheio e superior a tudo, como não se importasse com o risco que corria a empresa, apesar de ser também era de sua família, Daniel não cancelou o desfile, mesmo com advertências de Mário, Olarte, Gutiérrez, os aliados, assim como, Hugo (que fez o desfile sob ameaça de demissão) e outros.

Além dos protestos de mães, que ao saberem do lançamento se dirigiram para lá, havia também o protesto de grupos de defesas dos animais, ao saberem que a empresa agora utilizava peles de animais, bem como acessórios de couro.

—Que história é esta de peles de animais, Daniel? Não queremos problemas com estas ONGS protetoras.

—Ora, Roberto, sabe como são exagerados!

—A Imprensa está noticiando. Isto pode se tornar um escândalo!

—Bobagem!Sei o que estou fazendo. Estes produtos que contratamos tem qualidade.

—E estes não são os únicos protestos, papai. –disse Armando, se aproximando a tempo de colocara seu pai a par do que estava acontecendo.

—Não vai começar a encher a cabeça de Roberto com bobagens, Armandito.

—Sabemos que não é bobagem!

—Não consegue aceitar que perdeu? -disse Daniel, debochado

—Papai!

—Os protestos parecem muito sérios, Daniel.

—Estão repercutindo até lá fora, papai. Pergunte à Camila o que falam de Ecomoda e envolvimento de empresas de moda.

—Bobagens! Se não quer falar do sucesso do lançamento de mais uma coleção, falemos da beleza de sua acompanhante. Realmente, deve admitir que isto sabe fazer: arrumar mulheres cada vez melhores para acompanhá-lo mesmo sendo um fracassado. Quanto deve ter custado essa beleza assim tão natural?

Armando fechou os punhos. Sua vontade era socar Daniel, pois a moça que o acompanhava nada mais era que Betty, com um vestido azul-marinho que um decote em V que destacava seus seios, as mangas 3 quartos, o comprimento era abaixo do joelho com uma fenda lateral. Os cabelos negros lisinhos caíam sobre os ombros. Realmente despertava olhares.

Margarita também estava intrigada e não havia gostado nada de ver seu filho acompanhado de uma mulher que não era a sua Marcelinha.

—Mas quem é esta mulher. Armando?

—Não a conhece, mamãe?

—De novo acompanhado de modelos? Mas ao menos teve a consideração de não vir acompanhado com a tal feia!

Armando riu, embora não houvesse gostado de como sua mãe havia chamado sua namorada.

—Pois esta moça, ainda que não a reconheça, é ela, minha Betty, Beatriz Pinzón, a que chama de feia, mas que para mim é a mulher mais incrível deste mundo!

—O quê? –disse Margarida com os olhos arregalados, surpreendidos.

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Beatriz servia-se de um copo de suco, quando Daniel se aproximou.

—Não prefere algo mais forte?

—Não mesmo, estou bem assim.

—imagino. Deve estar acostumada a se contentar com pouco, haja vista ser acompanhante de Armandito.

—O que quer dizer?

—Sabe bem o que quero dizer! Se quiser um homem de verdade, moça, posso lhe mostrar!

—Tenho um homem de verdade! Armando é tudo o que uma mulher pode querer!

—Não pode estar falando sério! Ou se contenta com pouco?–lambendo a borda da taça –Só é adepta de vanilla?

—Vanilla?

Armando não gosta nada de ver Daniel próximo de Betty, de modo que pediu licença a sua mãe e foi até ela.

—O que acontece aqui?

—Ah, Armandito, estava aqui convidando esta bela mulher a comemorarmos meu sucesso em um hotel qualquer! Quero lhe mostrar muitas coisas, pois ao que parece só conhece vanilla!

—Olha seu!

Betty vê o ódio nos olhos de Armando e prevendo o pior, o pega pelo braço, e o tira dali. Daniel sorri debochado, enquanto se afastam.

—O que falava com este tipo? Sabe que é me inimigo e tudo que está fazendo com a empresa de minha família.

—Sei quem é, o detestável Daniel Valencia e me lembro como me tratou. Que nojo! E agora me convidou para fazer... coisas!

—Não queria que passasse por isso.

—Não se preocupe que sei que apenas me propôs porque agora lhe pareço bonita. Doutor, o que ele quis dizer com vanilla? –perguntou Betty com sua característica inocência.

Armando sorriu, com timidez. Falar de coisas assim com Betty em público não era fácil.

—Desculpe-me é algo indiscreto?

—Bem, Betty sim.

—Desculpe-me, então.

—Sabe que sua inocência me põe louco e mataria qualquer um que lhe tocasse.

Aquela noite, Armando ao levar Betty à casa quis mostrar-lhe um pouco o que seria vanilla e o que não seria.

—Agora, vou lhe mostrar o que quer saber.

Armando a segurou pela cintura com firmeza, apertando-a contra a parede. Segurou seu pescoço com uma das mãos, vendo-a entregue e suspirando a seu toque mesmo agressivo, seguiu colocando a mão dentro de sua roupa, para provocá-la, enquanto apertava seu pescoço, devorava sua boca. Betty, apesar de surpreendida, estava excitada com o apetite voraz dele, que depois arrastou-a para a cama, onde a depositou. Com olhar de tigre faminto, ele tirou sua gravata e amarrou suas mãos na cabeceira da cama,

—Caso seja demasiado rude contigo quero que me peça que pare e diga: vermelho.

—Sim, mas...

—Shiu... O jogo vai começar. –disse, colocando o dedo enorme em sua boca para calá-la,

Depois ele tirou sua camisa, dançando sexualmente (aos olhos admirados de Betty) e tratou de tampar os olhos de Betty com outra gravata.

—Sei que quer me ver, mas tudo isto faz parte.

—Faça como queira!

—Assim gosto, palomita!

Sua voz estava rouca e entrecortada. Depois beijou-a com paixão, começou a despi-la deixando-a de roupa íntima (a que o deixou ainda mais excitado, pois era um conjunto preto de renda, com certeza, foi Aura Maria que a havia ajudado a escolher isso). Betty suspirava e mordia os lábios a cada carícia dele, estava totalmente exposta e disponível ao que ele quisesse e sem poder ver o que elefaria, apenas sentir.

Armando lambeu cada parte do seu corpo do pescoço aos pés, sem tocar-lhe intimamente. Betty estava praticamente implorando que fizesse o serviço. O que ele só fez ao subir em cima dela e ao comprová-la totalmente molhada, a segurou pelo pescoço com uma das mãos, com a outra puxou seu cabelo, enquanto a penetrava com vigor de uma só vez. Betty gritou, mas cedeu ao prazer, enquanto ele a possuía com rudeza. Não demorou nada a chegarem ao prazer.

—Isto que te fiz, não foi nada vanilla! Gostou?

—Muito. –disse com timidez. –Não havia feito assim.

—Sim, na verdade, contigo, picarona, já tive vontade de tomá-la assim com elementos de sadomasoquismo ou bondage, Já fizemos um pouco uma vez.

—Sim, já me tomou assim, mas sem amarrar. –disse massageando as munhecas,

—Te machucou?

—Não. Me surpreendeu, mas não machucou.

A aproximou ainda mais para beijá-la.

—A verdade é que –lambeu seus lábios- me excitou a ponto de fazer isto contigo quando me perguntou. Sua inocência me excita.

—É que... –disse vermelha.

—Nunca teve um homem –beijo –para fazer e lhe ensinar isto.

—Não era...

—Shiu... –beijo –Para mim fui seu primeiro homem, o homem que te ensinou o que é desejo e prazer, pois –beijo –sei que sente comigo.

—Sim –beijo –só prazer, nada de dor.

—Sabe, queria há muito fazer-lhe o que fizemos hoje, mas ainda gosto mais muito mais de como fazemos –beijo –lento, doce, demorado.

—Quer dizer vanilla? Ojojo!

—Sim, gosto de ser vanilla contigo. –beijo – Não me importo de parecer brega, de ser carinhoso. –beijo.

—Que seja como queira.

—Vai dizer que gostou mais de como a tomei agora há pouco?

—O que gosto. –disse, beijando-lhe o peito –É de estar aqui em seus braços. –beijou os músculos de seus fortes braços. –Sei que por sua experiência sempre sabe a melhor forma de ficarmos juntinhos.

—Sim, e a senhorita, doutora espertona, está ficando experta nisto. –colocando-a em volta dele, até penetrá-la com delicadeza.

—Tenho um bom professor! O melhor!

—Assim é minha aluna aplicada. É a melhor, melhor mulher que um homem pode ter! Ah!

Fazem amor do jeito que mais gostavam de fazer, de forma terna, lenta, sentindo cada fibra estalar de prazer pelo choque de seus corpos até serem um do outro mais um prazer.

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